Sábado, 27 de março de 2021 - 10h53
A 4 de julho de 1944 os
aliados invadiram a Europa Ocidental, uma ação que qualquer historiador é capaz
de narrar: os alemães e coligados poderiam ter expulsado os invasores, mas não
puderam fazer porque as melhores tropas nazistas, apesar de acantonadas a
poucos quilômetros não foram mobilizadas, porque Hitler era o único que poderia
ter dado a ordem, mas estava dormindo, e quando acordou, não tinha mais jeito.
O combate à covid em Rondônia
tem algo a ver com o sono de Hitler: enquanto faltam médicos para atuar na
linha de frente, mais de uma centena de rondonienses, que cometeram o pecado de
concluírem o curso de Medicina fora do país estão proibidos de trabalhar
naquilo para o que se prepararam porque, numa autêntica ação de reserva de
mercado, eles não podem ser mandados para a guerra.
Sim, é uma guerra e só os
néscios são incapazes de agir como Martin Borman, o secretário de Hitler que
proibia qualquer pessoa acordar o fuhrer. Mas, trazendo o problema para cá o
Conselho Regional de Medicina, seguindo a linha traçada pelo órgão do qual é
uma seção, prefere mandar um representante – que por ser médico deveria estar
trabalhando num dos hospitais contra covid, para inspecionar as Upas e outros.
Foi lá o embaixador do Cremero
e depois denunciou o óbvio: faltam médicos (devem estar faltando também
enfermeiros, auxiliares e muito mais gente e meios envolvidos). Alguma
novidade? Não. Se nos tempos normais também faltam médicos, UTIs e outras
coisas, claro que nesse período de guerra, que estamos perdendo, faltam também
médicos, enfermeiros e tudo o mais – no caso dos insumos ao fato de também
faltar gestão do problema ou um planejamento que, quando passou a primeira
onda, não deveria ter permitido a desmobilização. Falta de planejamento ou de
experiência de gestão?
Recentemente, numa outra
análise, sugeri que o CRM chamasse os seus membros e propusesse uma parceria,
envolvendo todos, mesmo aqueles que atendem só em gabinetes. Pelo visto não
tiveram a coragem de atender àquela proposta, e o que se vê agora é que, ao
invés de dar o exemplo indo para a frente de batalha, o Conselho limita-se a
mandar alguém, fazer um relatório e denunciar.
O denunciante certamente
desconhece que há uma enorme falta de profissionais, que há muitos graduados
capazes, e querendo trabalhar, mas prefere se aferrar a uma norma que não se
justifica num momento como o atual, onde vidas são perdidas diariamente, e não
é só por falta de médicos, da mesma forma quando vários e inúmeros médicos garantiam
que medicamentos como a ivermectina ajudam a reduzir os casos, e tanto o
Conselho Federal quanto os CRMs emendo, certamente, a mídia dos grandes centros
do país, preferiram criticar o uso.
A alegação mais comum, porque
ditada pela OMS, era de que “não há provas científicas”. Correto, mas há um
ditado jurídico que diz que quando a lei não impede ela permite. Imaginemos
quantas vidas teriam sido salvas caso os que exigem comprovação científica
tivessem deixado usar ivermectina e similares.
Aqui é interessante perguntar:
Se não há comprovação científica, em que se agarram esses negacionistas para
não deixar usar? Ora, se não há prova científica positiva, não há, também, uma
que proíba. Na dúvida, doutores, como diz o jurídico, “na dúvida, pró-réu”. O
doente que luta pela vida!
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