Terça-feira, 17 de outubro de 2023 - 16h12
Como não poderia ser diferente a grande vontade de regatar a preciosa
história do meu avô materno grego João COURINOS, nesta foto ilustrativa do meu
grande pesquisador Anderson Leno, que traduz o exemplo dos manuseios de entrega
de dormentes.
Embora que não tive o prazer de conhece-lo, mas vamos memorizar alguns
fatos pesquisados e contados por sua esposa e filhos.
Nos idos anos de 1908, veio da Grécia, Ilha de Creta, para trabalhar na
construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que na sua primeira investida,
teve uma feliz iniciativa, em construir um ramal, no km 192 da extinta Estrada
de Ferro Madeira-Mamoré, para realizar ao fabrico de dormentes de madeira de lei
Itaúba, para assentamentos dos trilhos da ferrovia. Já que naquela época os
dormentes eram importados, naturalmente muito mais dispendiosos para a
ferrovia.
Uma afirmativa deste empreendimento, conforme consta no livro
reminiscências do saudoso amigo ferroviário Hugo Ferreira artigo “A
Madeira-Mamoré e os dormentes” pag. 34: Tempos depois aí por 1920, foi
construído um ramal de penetração no km 192, lado do rio, com a extensão de 10
quilômetros, para atender os 60.000 dormentes que eram substituídos em toda a
linha.
Esse foi o RAMAL DO COURINOS, que funcionou até quase ao fim da
Administração Inglesa e foi demolido no ano de 1940.
Às vezes eu me pergunto, porque nunca mencionaram no histórico da
Madeira-Mamoré? Acho que não despertou nenhum interesse, de divulga-lo para
ficar no esquecimento o maior e único, na época, no fabrico de dormentes.
Teve seu valor significativo para nós seus descendentes, pois através desse
ramal ficaram as lembranças do avô COURINOS, filho de um casal de gregos, que
veio muito jovem para Porto Velho Amazonas, trabalhar na construção da Estada
de Ferro Madeira Mamoré.
Agora tendo a certeza de tudo sobre esse monumental empreendimento construído
e deixado por meu avô, assim decorridos muitos anos só nos resta conceber as
saudosas lembranças de um passado tão distante e precioso daqueles que viveram
felizes nesta terra e ficaram esquecidos pela nossa história.
Meu avô materno COURINOS, sempre teve disposição e boa vontade de vencer
os desafios da vida. Após deixar seu fabrico de dormente, construiu na Vila
Presidente Marques, Mato Grosso, hoje Abunã, um engenho de cana de açúcar e
seus derivados, movido a tração animal.
Deste investimento, com resultados positivos o fizeram vender após anos
ao grego Sr. Caralambos Vassilakis e esse posterior veio comercializá-lo a
outro grego Sr. George Gregório Papafanorakis, vejamos as coincidências que
foram comercializados de gregos para gregos.
Após a venda do engenho transferiu seu domicilio para Guajará Mirim,
construindo o Mercado Público, e comercializando a venda de carne bovina, já
que constituiu sociedade de fazendas, com o Sr. Cury, no vizinho país boliviano
(Cachoeira Esperanza).
Para realizar este empreendimento realizou junto a prefeitura, que não
cobraria os impostos, mediante a uso de 50% do espaço, para alugar aos
feirantes. Como também estabeleceu que quando não realizassem o uso, venderia a
própria prefeitura, que na ocasião era administrada pelo Sr. Manoel Boucinhas
de Menezes.
Após longos anos tentei buscar notícias dos pais e irmã do avô grego
Courinos, fomos informados por amigos gregos da Grécia, que todos eram
falecidos, de forma que só existem nós aqui, representando a pequena família em
numerosos descendentes.
Somos agora uma referência deles que honramos em conter familiarmente o
seu sobrenome com muito afeto e carinho.
Assim decorridos muitos anos só nos resta conceber as saudosas
lembranças de um passado tão distante e precioso que viveu meu avô, nesta vida
terra e ficaram esquecidos pela nossa história, mas mantidos e revividos por
nós seus únicos herdeiros.
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