Sábado, 8 de outubro de 2016 - 13h18
Muita gente pode ter estranhado o fato do senador Ivo Cassol ter deixado de lado seus problemas no STF, e na Justiça em Ariquemes, para usar da tribuna do Senado e dali fazer declaração de voto ou, talvez até melhor, uma declaração de fé.
Mas se visto do ponto de coerência política, o discurso do ex-governador perante seus pares no Senado está correto, não há o que discordar, afora que ele próprio preferisse não se posicionar.
Afinal, Cassol é o presidente estadual do PP, partido ao qual pertence o médico Amado Rahal que é o vice na chapa liderada pelo petebista Léo Moraes, então é mais que natural que Cassol tenha se posicionado.
Do lado de cá, do candidato Léo, a questão é uma só: “É bom que venha esse apoio público?”. Aí só o eleitor vai dizer, até porque há muitos bolsões de resistência a Cassol dentre o eleitorado portovelhense, e essa preocupação não é desmedida nem tampouco escondida por segmentos que apoiam Léo.
Haverá quem diga ser tal preocupação uma besteira, mas sem qualquer dúvida é pertinente. Nessa questão de apoiamentos em tal período eleitoral sempre surge a dúvida entre o bem e o mal, ou o uso daquela frase do Barão de Itararé, “Dize-me com quem andas que te direi se vou contigo”.
De qualquer forma ao fazer tal pronunciamento o senador Ivo Cassol ressurge, no maior eleitorado do estado, em ação bem distante do que tem sido notícia nos últimos dois anos, mudando o foco para um posicionamento político que pode, caso ele consiga se desvencilhar dos problemas judiciais, mostrar que pretende, outra vez, disputar o Senado, ou o Governo.
E seu discurso, ainda ontem, já mexia com assessorias de nomes inclusive que pretendem candidaturas para esses mandatos.
Ala do PT quer Lula longe da executiva
Oficialmente ninguém fala, mas segundo o jornalista Josias de Souza (uol.com.br), uma ala do PT está querendo que a principal “estrela” do partido, o ex-presidente Lula, fique fora da executiva partidária e se dedique apenas a se defender dos processos movidos contra ele.
Essa ala quer a antecipação da eleição do futuro presidente petista, inicialmente marcada para final de 2017 e que já havia sido antecipada para abril, seja realizada em janeiro, já de olho na reorganização rumo à disputa da Presidência da República em 2018 e dos governos estaduais.
Segundo jornalista, no entanto, Lula estaria resistente às propostas e pode acabar aceitando ficar na presidência do PT em próxima eleição, apesar de ter alguns nomes como seus preferidos, dentre eles o ex-ministro Jaques Wagner.
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