Segunda-feira, 27 de janeiro de 2014 - 06h30
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
Seriam risíveis, se não fossem trágicas e prejudiciais à sociedade, declarações de figurões em situações diversas, como foi o caso da semana passada, conforme ouvi no noticiário da Rádio Jovem Pan, de que o prefeito paulistano reclamou da falta de aviso por parte do Denarc/SP que fez uma ação para prender traficantes em uma região, já conhecida mundialmente por cracolândia, da cidade de São Paulo.
Para justificar sua crítica à ação na cracolândia paulistana o prefeito alegou que a ação do Denarc/SP ia de encontro ao programa desenvolvido pela prefeitura para atender viciados – programa que tira dinheiro municipal para pagar uma espécie de “bolsa-vício” e, enquanto faz a festa de traficantes, tira dinheiro da saúde, da educação e de outros assuntos essenciais pelos quais o cidadão paga e não recebe o serviço do governo municipal que prefere sustentar e incentivar o vício e seus tentáculos.
Pelo que entendi o raciocínio do risível protesto do prefeito de São Paulo é o mesmo que já ouvi outras vezes, de pessoas investidas em cargos que às remetem à condição de autoridades, mas que deixam dúvidas sobre se realmente agem como dizem.
E acabou me remetendo – a tal exigência do prefeito paulistano de que o Denarc dê publicidade antes de agir contra traficantes – a dois fatos que acontecera e em ambos eu estava presente, em Manaus.
Eu era repórter-policial do jornal A Notícia e o delegado do 2º Distrito (bairros de Educandos, Santa Luzia e mais dois), nos chamou – eu e o Luiz Otávio de A Crítica, para anunciar que na noite do dia seguinte faria uma grande blitz na região onde havia sinais claros de ocorrências. O Luiz virou para ele e questionou: “Doutor, se o senhor autorizar a matéria, amanhã não haverá um infrator nas ruas”. O homem garantiu que não, que podia ser noticiado. À noite foi a mais calma da região, reconhecidamente, àquela altura, a mais violenta da cidade. Nem briga de bêbado aconteceu.
De outra feita eu já morava aqui e estava em Manaus, na redação de a Crítica. O editor me fez um pedido: “Lúcio, o Romeu Tuma vai dar uma entrevista sobre o narcotráfico em Rondônia. É teu Estado, vai lá e cobre prá gente”. Entrevista no Palácio Rio Negro, ainda sede do Governo amazonense.
Dr. Tuma começou a falar, disse que a Polícia Federal faria no mês seguinte uma grande operação contra o narcotráfico em Rondônia. Um colega perguntou se aquela informação poderia ser publicada e o Dr. Tuma disse que sim. Aí eu perguntei se ele sabia que quando se quer pegar uma galinha não se grita “Xô!”. Ele disse que sim e perguntou: “Por quê”.
E eu: “Doutor, porque se essa notícia sair, mês que vem o senhor é capaz de só pegar bagrinho”. Quem se lembra da operação da PF no início da década de 1990 em Rondônia deve saber dos resultados.
MATEMÁTICA RUIM
Na edição de 4, 5 e 6 de janeiro o jornal Diário da Amazônia publicou uma página inteira sobre o aniversário de instalação do Estado. E já no primeiro parágrafo algumas incongruências: citar que já no século XVI bandeirantes estiveram na região sul de Rondônia, através da Província de Mato Grosso foi, pelo menos uma confusão. O Século XVI referiu-se ao período 1500/1599 e nem o que se conhece por “bandeirantes” existia. No final da semana andei lendo que Porto Velho estava comemorando seu centenário. O centenário da criação será no mês de outubro e o da instalação do município só em 2015. A matemática anda ruinzinha em uma parte da turma que se arvora a escrever.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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