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Gente de Opinião

Lucio Albuquerque

CONTA GOTAS 04/07/10


 

Leia, no final, a coluna "Olá, doutor!", hoje com o tema "Só faltou a Peneira"

 

OUTRO BRAÇO DA CRUZ

Não li os jornais locais, então posso até estar errrado. Neste domingo, 4 de julho, pelo menos três fatos marcantes na região têm a ver com Rondônia e mereceriam até mesmo registros publicitários do Governo, da Assembléia Legislativa e da Prefeitura: 1878 - A locomotiva Coronel Church torna-se a primeira a circular na Amazônia. Está certo que não foi grande coisa, apenas alguns metros, mas aconteceu na segunda tentativa de construção da Madeira-Mamoré; 1909 - Edição pioneira do primeiro jornal impresso em Porto Velho, o The Porto Velho Times; 1960 - O presidente JK derruba, em Vilhena, a árvore que separava as duas turmas de construção da BR. Era o "Outro Braço da Cruz", como preconizou o governador do, então, Território Paulo Nunes Leal.

 

OUTROS TEMPOS

Já pensaram se em 1960 houvesse tantas entidades se dizendo defensoras da natureza? O JK, certamente teria feito a obra. Depois de botar o Lacerda no chinelo e construir Brasília.....

 

SEMINÁRIO

Para lembrar a abertura da BR29, que mais tarde tornou-se 364, a Academia de Letras de Rondônia vai realizar, conjuntamente com o Departamento de História e Arquelogia da Unir, quarta-feira, dia 7, o Seminário "50 anos da BR-364", com duas palestras: "Aspectos Históricos da rodovia" e "A BR029 e o desenvolvimentistmo: periferia do Brasil ou sudoeste da Amazônia".

 

INSCRIÇÕES

O Seminário vai acontecer das 14 às 18 horas no Teatro Banzeiros, e as inscrições podem ser solicitadas através do emeio aclerencontrodeescritores@gmail.com.

 

DIFERENÇA

A seleção argentina foi recebida com festa em Buenos Aires, para emoção dos jogadores e diretores técnicos. No Brasil foi preciso ums escolta armada (é só olhar as fotos nos sites) para garantir a integridade física do grupo no Galeão. Em São Paulo a comitiva saiu da pista para a cidade, nem passou pelos que aguardavam. Há diferenças, como o fato do Maradona ser um ídolo em seu país e, o mais importante, que o time dele perdeu, goleado, mas jogando.

 

ATENDIMENTO

O Tom Marron precisa dar mais agilidade ao atendimento no shopping. Neste domingo um cliente levou mais de 40 minutos entre fazer o pedido e tê-lo atendido.

OLÁ, DOUTOR!

"Só faltou a Peneira"

Sabe, doutor, tem vez que eu fico pensando que nesse mundo que a gente vive falta até espaço para falar de coisas que, quando éramos crianças, ouvíamos dos mais velhos. É, talvez o senhor também sinta isso, mas é que com tanto desenho japonês, de muita violência e nada da área educativa, na TV, com o beneplácito de nossas autoridades (?!), acaba que as crianças nem querem saber do que nos encantava, não é mesmo?

Lá em casa, doutor, nossos netos ouvem essas conversas de antigamente, e mula-sem-cabeça-que-bota-fogo-pela-venta ou saci pererê também são personagens citados, até para desviar das conversas de ben-10, jaspions da vida e outras tralhas que enchem as cabeças da garotada, ensinando sempre a violência e o desprezo pelos valores éticos.

Tá bom, doutor, o que isso tem a ver? Pois é, é que neste domingo estavamos eu e dona Fátima, passeando com os dois netos mais velhos, e na avenida dos Migrantes (aquela que muitos, inclusive algumas autoridades, ainda dizem ser a avenida Costa e Silva, pois é, doutor, e do carro vimos um pé-de-vento enorme, poeiral brabo levantando, com lixo e tudo, na área do Flor do Maracuja.

Aí, doutor, decidimos passar vagarosamente pela área, só para mostrar o redemoinho, ou pé-de-vento, e falar do texto de Monteiro Lobato, se não me engano no livro "O Sítio do Pica-pau Amarelo" - ou foi em "Caçadas de Pedrinho"? - onde o autor ensinava, através de um personagem preto velho, "Tio" Barnabé, que quem provoca o redemoinho é ninguém menos do que o saci-pererê, com seu barrete vermelho, moleque atrevido, uma perna só, cachimbo sempre na boca.

E "Tio" Barnabé ensina ao Pedrinho que o saci está ali fazendo a bagunça e que para prendê-lo só tem um jeito: pegar uma peneira e pular bem no centro do pé-de-vento aprisionando o saci-pererê.

Falamos isso aos netos. Espero que eles tenham aprendido, mas vamos continuar revendo a lição.

Como, doutor, está querendo saber por que eu não prendi o saci? Pois é, doutor, no carro não tínhamos o material necessário para fazer como "Tio" Barnabpe ensinou.

Faltou a peneira.

Inté outro dia, se Deus quiser!

Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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