Quinta-feira, 6 de setembro de 2012 - 05h50
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Você acredita que o caso do médico que espancou o Rubinho vai virar processo judicial?
IMAGINA SE ELES TIVESSEM INTENÇÃO DE MATAR!
A promotora pública Eliza Bastos de Carvalho ingressou com recurso, junto ao TJ do Rio de Janeiro, para que cinco elementos espancaram um jovem que tentou defender um mendigo que estava levando uma surra da quadrilha, sejam levados a júri popular. Ela se insurge contra a decisão, porque o juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal aceitou a argumentação da defesa de que os agressores “não tiveram a intenção de matar”.
O caso aconteceu na madrugada de 2 de fevereiro deste ano, quando Vitor Suarez Cunha tentou impedir que um mendigo continuasse a ser espancado por um grupo de agressores, e por isso Vitor levou uma surra para ninguém botar defeito.
Para o juiz Murilo Keling, o bando não teve a intenção de matar. Como diz um amigo meu, o universitário não é “morredor” ou, como diz outra pessoa que conheço, “a hora dele não havia chegado”.
Bom, para quem não conhece o fato, Vitor Suarez Cunha, “sofreu 20 fraturas no crânio, teve um braço quebrado e precisou colocar 63 parafusos, oito placas e duas telas de titânio na cabeça, além de ser submetido a um enxerto ósseo e uma cirurgia de reconstituição facial”, segundo noticiou a Agência Estado, inserido no site uol.com.br.
Eu gostaria de saber do doutor juiz efetivamente por que ele mudou a acusação de tentativa de homicídio para lesão corporal. E, mais ainda, o que ele classifica como “intenção de matar”. Quem deixa uma pessoa dessa forma, teve intenção de quê?
É por causa de decisões como essa do juiz carioca que a Justiça, a cada dia, perde mais a credibilidade que deve ter perante a sociedade, ao mesmo tempo que cresce a ousadia dos bandidos, como esses agressores, porque usam o exemplo anterior para imaginar que não serão punidos.
Eu fico sempre me perguntando até quando vamos continuar vendo a deterioração da ética e o aumento do desrespeito para com o ser humano, num país como o nosso, em que temos decisão como a desse juiz carioca.
Há algum tempo escrevi que não posso concordar com a forma como a imprensa trata marginais e criminosos, chamando-os de “jovens” ou de “rapazes”, como, nesse último caso, trata a mesma fonte onde busquei a informação.
Um adolescente que chegue à maioridade sem mácula em relação à lei é tratado da mesma maneira, quando completa 18 anos, com quem comete crimes de todas as formas quando antes dos 18 e que, quando completa essa idade, zera tudo, como se nada tivesse feito de condenável. Não posso concordar, porque se estará nivelando por baixo e, indiretamente, incentivando os “di menor” a fazer e acontecer, na certeza de que quando ingressarem na maioridade estarão nivelados a outros jovens que sempre respeitaram a lei.
Por isso também não concordo com o juiz, até porque quem faz o que aquele bando fez atentou efetivamente contra uma vida, ainda mais porque se pode argumentar ter sido uma associação para o crime, e o resultado de sua violência não pode ser nivelado com quem numa briga de bar acerta um murro na cara de um desafeto, sem passar disso.
Inté outro dia, se Deus quiser!
DATAS DE RONDÔNIA
(5 a 7 de setembro)
Dia 5 – Em 1919 – Circula em Porto Velho o número 1 do jornal A Luz da Verdade, de linha espírita, primeiro veículo de comunicação de caráter religioso na região. (Lúcio Albuquerque, Da Caixa Francesa à Internet, Um século da Imprensa em Rondônia).
Dia 7 – Em 1867 – Sob pressão internacional, o Governo brasileiro abre a navegação do Rio Amazonas aos barcos de todas as nações (Nelson de Figueiredo Ribeiro, A Questão Geopolítica da Amazônia).
Dia 7 – Em 1911
A ferrovia Madeira-Mamoré chega a Abunã, a partir de então entroncamento rodoferroviário. Na localidade os trens que saíam de Porto Velho paravam para pernoitar (José Valdir Pereira, Rondônia: De pedaço em pedaço, uma história).
Dia 7 – Em 1915 – Pela Lei 1011, aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas, o povoado de Porto Velho passa à categoria de cidade, pertencente ao município amazonense de Humaitá (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
Dia 7 – Em 1922 – Porto Velho festeja o centenário da Independência com inauguração de um obelisco em frente onde é (atualmente) o palácio Presidente Vargas. Em Santo Antonio é colocada uma placa com mensagem de homenagem à Independência (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).
Dia 7 – Em 1922 – Duas cerimônias marcam, no que mais tarde seria Rondônia, as comemorações do centenário da Independência brasileira. Em Santo Antonio (então município de Mato Grosso), foi colocada uma placa de mármore com nomes de todas autoridades locais) e em Porto Velho (então município amazonense) foi inaugurado o obelisco na praça em frente ao atual Palácio “Getúlio Vargas” (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho).
Dia 7 – Em 1922 – A adolescente Labib Aiéch (depois senhora Labib Bártholo) lê um poema, na inauguração do obelisco em frente ao Palácio, em homenagem ao centenário da Independência. Torna-se a primeira mulher local a participar com destaque de um ato solene (Lúcio Albuquerque, A Mulher em Rondônia).
DONA LABIBE, PRIMEIRO NOME FEMININO
NA HISTÓRIA DE PORTO VELHO
Senhora Labibe Bártolo, chegou a Porto Velho
em 1912, aos 4 anos de idade.
Quando a adolescente Labibe Aiéch, amazonense nascida em 1908 e vinda para Porto Velho em 1912, leu o poema durante a inauguração do obelisco no descampado onde, mais de 40 anos depois, seria construída a sede do Governo de Rondônia, naquela manhã de 7 de Setembro de 1922, perante as autoridades e a população em geral da futura capital do Estado, ela não sabia, mas ali tornou-se a primeira voz feminina a aparecer na história de Porto Velho.
Sete anos e alguns meses antes a ata de instalação do município não registrara qualquer nome feminino, o que não representava discriminação, pelo entendimento da época. Deitado numa rede em sua casa na esquina da Rua Rio Branco com a José de Alencar, o sr. Abdon Jacob Atallah, que esteve presente à instalação do município, disse ao autor deste livro, quando perguntado sobre a razão de nenhuma mulher ter assinado a ata de instalação de Porto Velho: “Mulher naquele tempo não se metia em política. Era para cuidar da casa e da família”.
Mas, voltando à figura da senhora Labibe, que assumiu o nome Bártolo pelo casamento, desde bem criança, antes do 7 de setembro de 1922 quando contava 14 anos, ela já participava de apresentações teatrais, conforme nota publicada em edição do jornal Alto Madeira de 1920, existente no Centro de Documentação do Estado. Com muito gosto pela arte e pela cultura, com 19 anos de idade a jovem Labibe (ainda Aiéch) era uma das participantes do bloco do Noroeste, no carnaval de 1927.
Dia 7 – Em 1977 – Ainda em fase experimental a Rádio Alvorada (Ji-Paraná) faz sua primeira transmissão externa ao vivo, o desfile de 7 de Setembro (Jornal A Palavra).
Fonte: Lúcio Albuquerqu
jlucioalbuquerque@gmail.com
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