Terça-feira, 10 de setembro de 2013 - 19h25
Lúcio Albuquerque
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Por que quem pratica corrupção não é chamado de ladrão?
INFLAÇÃO
A senhora Roussef, conforme andei lendo recentemente, teria feito a aventura de circular em Brasília numa motocicleta. Bom, se é verdade ou não, talvez tenha sido para tentar sentir o povo. Bom, mas seguidamente ela, e seus ministros e acólitos, anunciam que a inflação está controlada. Senhora Roussef: que tal a senhora dar uma chegada aos supermercados? Mas pagando do seu bolso e não com cartão corporativo.
COMENDAS
Em Guajará-Mirim, neste sábado, 14, a Academia Guajaramirense de Letras vai entregar uma comenda a personalidades locais que tenham contribuído com a cultura e o desenvolvimento da região da fronteira. O ato acontecerá na Casa de Eventos Laje de Pedras, em sessão solene a ser dirigida pelo acadêmico Paulo Saldanha (camisa branca na foto), durante um sarau cultural que vai marcar os 4 anos da AGL.
TEM RAZÃO
Repasso a quem queira responder, mas a pessoa que perguntou está coberta de razão na sua pergunta: “Por que condenados por corrupção deveriam, além da pena, devolver, com juros e correções, a grana que meteu a mão?”. Pergunta veio por email e espero que alguém se candidate a dar resposta.
ABANDONO
Em qualquer cidade do mundo há campanhas para as pessoas praticarem exercícios físicos. Em Porto Velho a Prefeitura, e não é de agora, só aparece naquela disputa basbaque do “desafio”, uma vez por ano. Locais como o Parque da Cidade estão em abandono. Quem frequenta o local antes do dia raiar tem de fazer exercício às escuras e usando equipamentos sem manutenção. Será que custa muito caro colocar algumas lâmpadas e ver os equipamentos?
ESPIONAGEM
Parece brincadeira, mas talvez só os atuais donos do poder não sabiam que países espionam, uns aos outros, como amantes fazem comumente, ou como técnicos desportivos o fazem. Claro que o festival de caras feias contra o “grande irmão do norte” faz parte de um show para exercitar a vitimologia. Ao invés de providenciarem mecanismos que reduzam a possibilidade do acesso a informações ou simples email, ficam gerando casuísmo, como se não tivessem mais nada a fazer.
MASCARADOS
No Rio de Janeiro a polícia prendeu durante manifestação um homem com mochila e nela um sinalizador (daqueles que alguém na torcida do Corinthians soltou e matou uma criança no jogo na Bolívia). A esposa dele “negou que o marido estivesse em posse de qualquer armamento e disse que o único objeto que ele carregava era um sinalizador do tipo usado pelas torcidas em partidas de futebol.”, conforme a coluna diariodopoder.com.br. E o que ele pretendia com um sinalizador na mochila durante uma manifestação?
Dia 7 – Em 1922 – Duas cerimônias marcam, no que mais tarde seria Rondônia, o centenário da Independência brasileira. Em Santo Antonio (então município de Mato Grosso), foi colocada uma placa de mármore com nomes de todas autoridades locais) e em Porto Velho (então município amazonense) foi inaugurado o obelisco na praça em frente ao atual Palácio “Getúlio Vargas” (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho).
Dia 7 – Em 1922 – A adolescente Labib Aiéch (depois senhora Labib Bátholo) lê um poema na inauguração do obelisco em frente ao Palácio, em homenagem à Independência. Torna-se a primeira mulher local a participar com destaque de um ato solene (Lúcio Albuquerque, A Mulher em Rondônia).
DONA LABIBE, PRIMEIRO NOME FEMININO NA HISTÓRIA DE PORTO VELHO
Quando a adolescente Labibe Aiéch, amazonense nascida em 1908 e vinda para Porto Velho em 1912, leu o poema durante a inauguração do obelisco no descampado onde, mais de 40 anos depois, seria construída a sede do Governo de Rondônia, naquela manhã de 7 de Setembro de 1922, perante as autoridades e a população em geral da futura capital do Estado, ela não sabia, mas ali tornou-se a primeira voz feminina a aparecer na história de Porto Velho.
Sete anos e alguns meses antes a ata de instalação do município não se registrara qualquer nome feminino, o que não representava discriminação, pelo entendimento da época. Deitado numa rede em sua casa na esquina da Rio Branco com a José de Alencar, o sr. Abdon Jacob Atallah, que esteve presente à instalação do município, disse ao autor deste livro, quando perguntado sobre a razão de nenhuma mulher ter assinado a ata de instalação de Porto Velho: “Mulher naquele tempo não se metia em política. Era para cuidar da casa e da família”.
Mas, voltando à figura da senhora Labibe, que assumiu o nome Bártolo pelo casamento, desde bem criança, antes do 7 de setembro de 1922, já participava de apresentações teatrais, conforme nota publicada em edição do jornal Alto Madeira de 1920, existente no Centro de Documentação do Estado.
Com muito gosto pela arte e pela cultura, com 19 anos de idade a jovem Labibe (ainda Aiéch) foi atriz de teatro, incentivadora cultural e era uma das participantes do bloco do Noroeste, no carnaval de 1927.
(Dona Labibe faleceu a 13 de fevereiro de 2013, com mais de 104 anos de idade)
Dia 7 – Em 1977 – Ainda em fase experimental a Rádio Alvorada (Ji-Paraná) faz sua primeira transmissão externa ao vivo, o desfile do 7 de Setembro (João Vilhena, Retalhos da História de Ji-Paraná).
Dia 8 – Em 1976 – A repetidora da TV-Ji-Paraná entra em fase de experiência. Seria oficialmente inaugurada em 1977 (Lúcio Albuquerque, Da Caixa Francesa à Internet, Um século da Imprensa em Rondônia).
Inté outro dia, se Deus quiser!
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