Quarta-feira, 16 de junho de 2010 - 06h22
LIVRO
Autor de três obras anteriores, o ex-prefeito de Ariquemes Confúcio Moura lançou, na noite desta terça-feira, no shopping, sua mais nova produção literária, o0 livro de crônicas Caleidoscópio com boa participação de público.
DESIGUAIS
É justo tratar desiguais de maneira igual? A pergunta me foi feita outro dia, logo depois que tive uma conversa sobre cidadania com um grupo de estudantes. Não, respondi. E o mesmo interlocutor perguntou Então por que manter legislação ultrapassada no caso da idade penal? Minha saída foi sugerir que ele exerça sua cidadania e comece a pressionar os deputados federais e senadores para que mudem a Lei – o que eu duvido que eles tenham coragem.
DEU NA INPREMÇA
Seu Benu, sempre atento, e ligadão em futebol como foi, desde a metade o início da década de 1930 quando foi titular do time do bairro da Colônia em Itacoatiara, acompanha de perto tudo que se noticia na atual Copa do Mundo.
Camisa amarela, taça de vinho na mão (sim, aos 97 anos ele continua consumidor emérito de vinho!), aboletado em frente à televisão, assistia, ouvidos sempre atentos, ao pré-jogo da Bandeirantes, quando deu um pinote: Esse repórter acabou de dizer uma besteira!
Eu, que não sou amante de futebol e estava ali apenas fazendo companhia, meio dormindo, quis saber qual era a novidade. E ele: Você não ouviu? O locutor disse que a última vez que o Brasil empatou, num seu primeiro jogo de Copa do Mundo, foi na do México, em 1970. Naquele ano o Brasil meteu 4x1 na antiga Tchecosclováquia.
Bom, que eu sabia ser verdade isso nem tinha dúvida, mas só para espicaçar o velho bardo, perguntei: O senhor tem certeza disso?. E ele nem pensou. Discorreu sobre o jogo e lembrou que o primeiro gol foi do atacante checo e que quando o Jairzinho fez o gol único contra a Inglaterra e persignou-se, explicou que pretendera fazer isso quando marcasse o seu primeiro gol na Copa, mas o checo fizera antes.
Depois dessa lição de história do futebol eu recolhi os flapes e tentei enxergar qualidade no time do Dunga.
TEM RAZÃO
Seu Benu tem razão. Fui lá, pesquisar no site da CBF e estava tudo confirmado. Para que o leitor se informe aí vão, segundo o site da CBF, todos resultados dos primeiros jogos brasileiros nas Copas: 1930 – 1x2 Iugoslávia; 1934 – 1x3 Espanha; 1938 – 6x5 Polônia; 1950 – 4x0 México; 1954 – 5x0 México; 1958 – 3x0 Áustria; 1962 – 2x0 México; 1966 – 2x0 Bulgária; 1970 – 4x1 Tchecoslováquia; 1974 – 0x0 Iugoslávia; 1978 – 1x1 Suécia; 1982 – 2x1 União Soviética; 1986 – 1x0 Espanha; 1990 – 2x1 Suécia; 1994 – 2x0 Rússia; 1998 – 2x1 Escócia; 2002 – 2x1 Turquia; 2006 – 1x0 Croácia e 2010 – 2x1 Coréia do Norte.
16 a 19 de junho
Dia 16 – Em 1981 – Criação dos municípios de Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Espigão d´Oeste, Colorado do Oeste e Costa Marques (Lúcio Albuquerque, 20 anos da nossa história)
Dia 16 – Em 1981 – O Bamerindus se torna a primeira agência bancária em Rolim de Moura (João Batista Lopes, Rolim de Moura, seus pioneiros e desbravadores)
Dia 17 – Em 1972 – O Incra instala a agência do Projeto Integrado de Colonização Gy-Paraná.
Dia 19 – Em 1939 – Instalada a primeira agência do Banco do Brasil em Porto Velho. Seu primeiro gerente foi o sr. Arnobio Rosa de Faria Nobre (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
Dia 19 – Em 1968 – O Incra instala o primeiro projeto de colonização em Rondônia, o PIC Ouro Preto sob coordenação do capitão Sílvio Faria e dos técnicos Ademar Sales e Assis Canuto (Francisco Matias – Pioneiros – Ocupação Humana e Trajetória Política de Rondônia)
OPINIÃO
PERSONAGENS DA (anti) HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Sem qualquer dúvida a morte de um ser humano, tenha sido ele quem tenha sido, ou representado o que tenha representado para a Humanidade é, sempre uma perda irreparável. Em 1980 ou 81, nem lembro mais, conheci Manoel Rodrigues Ferreira, autor da bíblia de quem quer conhecer a epopéia da construção da Madeira-Mamoré, o livro Ferrovia do Diabo.
Tive a oportunidade não apenas de entrevistá-lo diversas vezes, a última em companhia do jornalista José Carlos Sá, há alguns anos, na beira da piscina do Aquarius Hotel.
Lembro que, no auge das denúncias de que estavam vendendo o que restava da Madeira-Mamoré, como ferro-velho, no início da década de 1980, coube a Manoel Rodrigues Ferreira, por quase puro acaso, conforme ele me contou uma vez, saber do fato, denunciar e iniciar o movimento que acabou evitando que aquele acervo importante, e já naquele tempo tão pouco cuidado, tivesse o mesmo destino da Copa Jules Rimet (aquela, misteriosamente roubada da CBF), a fundição.
Apesar da Ferrovia do Diabo ser seu livro mais badalado, outros de sua lavra, como A causa do subdesenvolvimento do Brasil também merece ser lido e refletido por quem pretende estudar nessa área.
Numa região ainda em formação, mas na qual, por pura falta de interesse dos mandatários, a história, a recente e a mais antiga, está sendo varrida para debaixo do tapete (vide recente data de Rondon, patrono do Estado e cuja única comemoração local foi o seminário promovido pela Academia de Letras de Rondônia, em parceria com o Departamento de História e Arqueologia da Unir), é bem capaz que muitas autoridades, mesmo das áreas educacional ou cultural – não saibam identificar efetivamente quem foi esse personagem.
Aliás, não é preciso ir muito longe: milhares de migrantes conseguiram suas terras (e a prosperidade) em Rondônia graças ao trabalho comandando pelo capitão Sílvio Gonçalves de Faria. “Quem foi esse cara?”, perguntou, outro dia, um professor de História Regional (pasmem?!!?). E eu tive de explicar.
São fatos como tais que fazem com que familiares da professora Marise Castiel, sem qualquer dúvida nosso principal nome na área da Educação, se digam decepcionados por causa do seu esquecimento. Há algum tempo, por obra de pessoas que não reverenciam a história, a proposta de tornar a velha mestra patrona da Escola Carmela Dutra, acabou não dando em anda. Quem foi Carmela Dutra e que relação teve com Rondônia? Que eu saiba, e se eu estiver errado que me ajudem a consertar a gafe, apenas a esposa do presidente Eurico Dutra, uma cidadã que nunca veio aqui e que recebeu a homenagem apenas por causa do marido.
Há, nesse contexto, muitas pessoas, ou há em memória, na capital e nos outros municípios, que merecem aparecer no panteão da nossa História e apenas para ficar em alguns exemplos podem ser citados Osmar Costa (Vilhena), Izabel Quintão, dom Xavier Rey, capitão Alípio (Guajará-Mirim), apenas para ir de um a outro extremo do Estado.
É o mesmo questionamento que tenho feito a algumas pessoas que advogam e louvam a favor de Zumbi, esquecendo que tivemos uma heroína nas terras de Rondônia, negra, escrava, líder de um quilombo e que é esquecida até pelos muitos movimentos sociais, Tereza de Benguela – aliás, a primeira personagem que aparece na nossa História mas que, sabe-se lá por qual motivo, pouco aparece ou simplesmente é descartada da nossa história.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
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