Domingo, 17 de novembro de 2013 - 18h57
Lúcio Albuquerque, repórter
Uma pergunta que não que calar: “E o dinheiro? Cadê o dinheiro que gerou a investigação e o processo judicial, além da respectiva condenação dos envolvidos?”.
Ora, convenhamos, a pergunta, quando o assunto é prisão de envolvidos em corrupção, que tenho ouvido seguidamente e, tenho certeza, outros também escutem nas quebradas da vida, ela não quer calar.
O assunto é tanto comentado que basta ir à feira para ouvir. Como falou neste domingo o vendedor onde compro frutas há mais de 20 anos. “Só prender não basta. Tem de fazer devolver o dinheiro, com juros e correção”.
O taxista que me conduziu sábado do centro da cidade até ao BB da Nações Unidas partiu de outro raciocínio, também lógico, para o caso: “Se você deve à Receita Federal, a um banco ou ao boteco da esquina e perde prazo tem de pagar com juros e correção. Então deve ser feita a mesma coisa com esses camaradas”.
Pelo que tenho ouvido nas ruas há forte irritação com relação aos condenados por corrupção, pelo fato de não se saber se eles devolverão os valores dos quais são acusados de terem participação nos desvios. Se não devolverem então não se fez justiça plena. É hora de, além do Judiciário, outros órgãos agirem.
Para quem já foi (ou seja) repórter policial ou foi (ou seja) policial, não soa novidade afirmações de presos, seja lá que crimes tenham cometido, de que sejam inocentes. E quando leio afirmações de que pessoas condenadas por corrupção alegarem serem inocentes, faz-me lembrar a frase do roteiro do filme “Carandiru”, em que um dos líderes do presídio diz a um companheiro de cela recém-chegado: “Aqui, como você diz ser, todos são inocentes”.
Mas esses presos do final da semana realmente não são iguais aos outros, a julgar pelo que andei vendo e lendo. Um deles teve atendimento de um médico particular na prisão. Ora, nada contra ninguém ter necessidade de atendimento médico e ter direito, ainda que preso, a receber tal atenção. Mas quando se lê e escuta que um dos detentos teve tratamento diferenciado, é bom começar a prestar mais atenção sobre privilégios concedidos a uns, e a outros não. Será interessante saber o que vai fazer o juiz da Vara de Execuções Penais responsável pelo caso, porque a ideia que se tem disso é que nem na prisão a lei é igual para todos.
Em tempo: Um grupo de apoiadores aos presos no caso do “mensalão” iniciou um abaixo assinado via internet. E começam o texto com uma frase grandiloquente: “Somos um grupo grande de brasileiros iguais a você, que deseja um país melhor”.
Eu também me considero igual a qualquer outro, e também desejo um país melhor. Convenhamos, mas para que todos sejam iguais e nosso país seja melhor, é preciso que quem já tem sentença transitada em julgado pague pelos seus atos e, como é voz corrente nas ruas, devolva o dinheiro que gerou o caso.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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