Segunda-feira, 30 de maio de 2011 - 06h43
Leia, no “pé” da coluna o comentário SOU DO TEMPO....
HOMENAGEM
Nesta quinta-feira, dia 2, a Seresta promovida pela Fundação iaripuna no Mercado Cultural vai homenagear o compositor, músico e cantor Walter Bártolo. Letras de suas composições foram distribuídas c om os artistas que se apresentam todas as quintas naquele espaço, para que façam o Tributo a Walter Bártolo, autêntica lenda da nossa música.
PRECONCEITO
Do jeito que a coisa vai, tudo é preconceito no nosso Brasil. Será que essa turma que vê preconceito em tudo, não está tendo preconceito também contra aqueles que não pensam como eles?
INSCRIÇÕES
Interessados em participar da programação do Jubileu de Prata da Academia de Letras – ACLER, dêem se inscrever através do emeio aclerencontrodeescriotres@gmail.com.
TRANSPARÊNCIA
O site transparência.org.br publicou quanto custa um deputado estadual: 5 milhões, 250 mil e 830 reais por ano. Cada habitante paga 84,39 desse total.
ESTACIONAMENTO
A cidade está cheia de estacionamentos particulares, de órgãos públicos e empresas privadas. Será que a Lei permite isso ou estamos mesmo naquele estado de anomia?
PRECIOSISMO
A placa colocada na entrada de acesso ao pátio da Madeira-Mamoré não poderia exercitar mais preciosismo. Tem o desenho de um caminhão cortado por uma linha oblíqua, o que representa proibição de circulação. Mas na parte de baixo está escrito “Exceto veículos pequenos”. Será que a auto-escola frequentada pelos responsáveis da placa foi quem deu essa orientação?
DATAS DE RONDÔNIA
Dia 27 – Em 1983 – Criado a 31 de janeiro de 1983, o Tribunal de Contas do Estado começa a funcionar (Francisco Matias – Pioneiros – Ocupação Humana e Trajetória Política de Rondônia).
Dia 29 – Em 1998 – O primeiro administrador de Vila Rondônia, Abel Neves, falece em Ji-Paraná (Revista Ji-Paraná e suas histórias)
Dia 31 – Em 1944 – Pelo decreto-lei federal 6550 o município de Lábrea retorna à posse do Amazonas, deixando de fazer parte do Território Federal do Guaporé que agora fica com três municípios - Porto Velho, Guajará-Mirim e Santo Antonio do Rio Madeira que, mais tarde, seria incorporado a Porto Velho como um bairro (Abnael Machado de Lima, Terras de Rondônia)
Dia 1 de junho – Em 1948 – O governador Frederico Trotta assina o decreto 83, criando a Biblioteca Pública “Raimundo Morais”, inaugurada no mesmo dia (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
Dia 2 – Em 1776 – Começa a construção do Real Forte do Príncipe da Beira, hoje na região do município de Costa Marques (José Valdir Pereira, Rondônia: De pedaço em pedaço, uma história)
Dia 2 – Em 1909 – À frente de uma comitiva formada por militares e cientistas, Rondon inicia, na serra da Juruena (MT) a caminhada para a Serra do norte e o Rio Madeira (Amilcar Botelho de Magalhães, Pelos Sertões do Brasil)
Dia 3 - Em 1908 – O presidente da Província de Mato Grosso, Generoso Paes de Leme Ponce, assina a lei 484 criando o município de Santo Antonio do Rio Madeira (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
SOU DO TEMPO....
Um estudante, defendendo a cartilha do MEC na qual se propõe entender como correto o “nois vai”, reclamou que eu “peguei pesado” no programa ‘Ponto de Vitas”, da TV-Record, sábado passado, quando o assunto foi exatamente a famigerada cartilha e eu disse que sou contra seu uso porque em 20 páginas, a partir da página 15, propõe o nivelamento por baixo.
E ele pergunta se eu não vivo o tempo (atual) que vivo hoje. E quer saber de que tempo eu sou. Bom, explicar a alguém de que tempo é uma pessoa pode dar um compêndio e ainda sobrar assunto.
Tirando aquela coisa de se ter de atravessar a rua para pedir a bênção ao padre que ia na calçada paralela, eu até que posso responder que, tirando questões que tais, eu defendo meus pontos de vista porque entendo que deve ser assim. Daí eu (já ter inclusive escrito a respeito) sou contra o “politicamente correto” por entender que essa construção é exatamente a proibição do livre pensar e de que cada um tenha sua opinião.
Ora, sou do tempo da “sabatina”. Imagine-se hoje a professora de um dos meus netos reunir os alunos no sábado (“sabatina” , segundo o dicionário, significa “Trabalho escolar oral, geralmente realizado aos sábados, para recapitular a matéria da semana. Reza própria para o sábado. Fig. Discussão, debate, altercação”). Só que a “sabatina” tinha uma palmatória (pequena peça circular de madeira com cinco orifícios em cruz e provida de um cabo, us. como instrumento de castigo para bater), e quem errava a pergunta, feita por um colega ou pelo professor, levava um “bolo” de palmatória do perguntador. No mínimo o professor seria execrado, inclusive por este redator que é contra qualquer violência.
Sim, sou do tempo em que se fazia “ditado”, “cópia”, “interpretação de texto”, e quando se errava uma palavra a aprendizagem era que o autor do erro escrevesse 50 vezes a mesma palavra.
Mas sou também do tempo em que professor era um cidadão da mais alta respeitabilidade, até no trajar. Imagine se um professor daquela época iria dar aula de camisa sem manga ou de sandália havaiana. Ou sentava em cima da sua mesa de trabalho na sala de aula. Nem pensar.
Sou do tempo da meritocracia: só passava quem sabia. Nenhum do meu tempo passou por decreto. Para ingressar na 1ª série ginasial (hoje algo em torno de 5ª série) fazíamos o “exame de admissão”. E a partir daí provas mensais escritas e orais.
Sou do tempo em que o uniforme escolar e os livros eram comprados pelos próprios pais, e passavam de um para outro irmão, no ano seguinte. Sou do tempo em que se estimulava o aprendizado, e não a aprender a usar calculadora para fazer uma simples conta de 3 vezes 8.
Pois é, meu caro estudante: Sou do tempo em que para ser ministro da Educação não precisava ser filiado ou ser protegido de qualquer partido político, mas, sim, ser reconhecido como educador.
Ah! Sim! Sou do tempo em que Educar não era responsabilidade deixada somente à escola que frequentávamos. A escola era para ensinar. Educar era com os pais, com a família.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Fonte:Lúcio Albuquerque jlucioalbuquerque@gmail.com
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