Domingo, 9 de maio de 2010 - 21h02
Leia no pé da coluna o comentário: A hora de discutir nossa história
LUZ
Que é que está acontecendo com o fornecimento de energia elétrica em Porto Velho? Os cortes têm sido constantes e o cidadão fica sempre com a pergunta, querendo saber o que há. Antigamente, no tempo em que Arena e MDB disputavam a eleição, era comum acontecerem cortes na época de eleição, e aí os arenistas culpavam os aliados do então deputado federal Jerônimo Santana, infiltrados no sistema. Outros, os peemedebistas, acusavam a incompetência do Governo. Naquele tempo nós tínhamos bispo e aí poderia alguém mandar que se queixassem ao bispo. Agora temos arcebispo. Será que vamos ter de nos reportar a ele?
PREÇOS
Eu continuo sem entender: tudo subindo, máquina de remarcar preço atuando a todo vapor, a cada dia sobra mais mês no final do salário da gente, mas o noticiário alimentado pelos órgãos oficiais continua brandindo a informação de que há deflação, ou que a inflação foi de 1,xis por cento. Não é o que vejo quando tenho de pagar a conta do rancho mensal. Ou será que esses economistas e informadores oficiais não vão ao supermercado?
CONTINUO
Três jogos seguidos sem vencer, até o time do Ceará derrotou a gente. Mas nem perguntem: Eu continou tricolor (o verdadeiro, não o paulista nem o gremista), Fluminense.
TRÂNSITO
A cidade está cheia daquele pessoal da prefeitura, agentes de trânsito, e os PM do setor estão atuando. Mas não se iluda, leitor, não é para ir para o meio da rua orientar a circulação de veículos quando falta energia no semáforo. Agora, que eles estão sempre prontos para multar, aí.....
RECUPERANDO
O escritor Antonio Candido está em fase de recuperação depois de um cateterismo. Segundo familiares, foi tudo bem com o acadêmico membro da Academia de Letras de Rondônia.
A hora de discutir nossa história
A enorme afluência de publico, entre estudantes, professores e outros interessados em conhecer a história desta terra de muitas histórias, mostrou que foi acertada a programação realizada pela Academia de Letras de Rondônia, conjuntamente com o Departamento de História e Arqueologia da Unir, com apoio da prefeitura, na última quarta-feira, quando mais de 200 pessoas lotaram o teatro Banzeiros para ouvir e debater duas palestras, uma sobre â influência positivista na missão Rondon e a outra sobre o fator colonial no trabalho realizado pelo patrono do Estado.
A importância desse evento pode ser vista de vários ângulos, mas a intenção dos organizadores foi buscar tirar o foco da discussão sobre Rondon daquele aspecto comum a eventos sobre a vida e obra do Marechal, via de regra centrada na implantação da linha telegráfica, quando hoje muitos questionam se aquele foi realmente o fato mais importante.
Está certo, sair puxando fio de Mato Grosso até à cachoeira de Santo Antonio, não era fácil para ninguém. E quem já teve a oportunidade de ler sobre o assunto, inclusive o trabalho do falecido acadêmico Amizael Silva, "Da chibata ao inferno", pode ter uma noção aproximada do que foi o inferno vivido por aqueles homens.
Agora, retornando ao fato inicial, da importância da realização daquele evento, dia 5 último, talvez tenha sido isso que motivou o deputado estadual Lebrão a mandar publicar uma nota dizendo da necessidade do sistema de ensino do Estado conhecer como se formou cada um dos Poderes e o próprio Estado.
A torcida nossa, sem qualquer dúvida, é que a posição do deputado não tenha sido um fato isolado nem, tampouco, gerado pela repercussão positiva da proposta da ACLER e da Unir, e que não deverá ficar só aí, porque há um entendimento nos dois segmentos de que tem-se de valorizar e debater a história e a literatura local, especialmente para que se conheça c omo está se formando o povo rondoniense.
Tenho a certeza de que de parte da Academia de Letras e do Departamento de História e Arqueologia da Unir o interesse é grande. Espera-se agora que os setores responsáveis do setor, como a Seduc, as Semedes, a Secel e as entidades oficiais ligadas a essas áreas se integrem e venham também participar.
Está provado que interesse existe, público existe, então é hora de somar esforços.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
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