Quarta-feira, 17 de setembro de 2014 - 22h06
Lúcio Albuquerque
Diz um dito popular uma coisa sábia – aliás, como todos os ditos populares. O a que me refiro é assim: “Dize-me com quem andas que eu te direi quem és”. Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, jornalista e humorista brasileiro falecido em 1973, fez uma paródia desse dito e eu sou mais o que ele construiu. Pregou ele, que também se auto-intitulava Barão de Itararé, a frase: “Dize-me com quem andas que eu direi se vou contigo”.
É o caso quando escuto propaganda eleitoral – sou fã de rádio e por isso mal boto o pé no carro e já está o “papagaio” ligado. Por isso que acabo escutando a turma tentando convencer o eleitor, mas sem qualquer criatividade.
Há os que se apresentam assim: “Eu sou ficha limpa”. Pelos exemplos das últimas legislaturas e do momento político que estamos vivenciando há de se perguntar: “Se você é o que alardeia por qual motivo está no partido fartamente denunciado por corrupção”. Aqui se aplica a máxima do Barão de Itararé, “dize-me com quem andas que te direi se vou contigo”.
Tem candidato dizendo que vai fazer "por Rondônia e pela família" - vai ver refere-se à própria. Uma outra, candidata a deputado federal a frase "Vai que cola". E tem um lote de pretensos montadores de capitanias hereditárias, procurando gerar um feudo como há em outras regiões do país e cujos resultados não são os que a população precisa.
Uma grande parcela de candidatos vai para a linha do “Conheço todos os problemas do Estado e sei as soluções”. Duvido. O que o pretendente quer, com tal discurso, é encontrar uma solução para si próprio.
É o tipo do discurso que temos ouvido sempre que somos chamados a – coercitivamente – cumprir com um “direito” de cidadania. Que droga de direito é esse que se eu não quiser usar estarei sujeito a penalização? Conta outra piada.
Ainda há dias as duas senhoras candidatas apareceram em atividades que, não entendo qual a razão das entidades feministas não protestarem, historicamente têm sido mostradas como tipicamente femininas: uma fazendo a bainha de uma saia e a outra cozinhando. Qualquer dia vai aparecer um candidato engraxando sapato, coisa que era tida como tipicamente masculina.
A senhora Roussef, no debate da TV-Aparecida, confrontada com a pergunta sobre o que considera constituir uma família, preferiu sair pela tangente. Foi montada uma blindagem em torno de Marina nos moldes daquela idiotice do “Mexeu com Lula mexeu comigo”. O PSDB de Aécio cresceu 4 pontos mas parece não ter ainda se recuperado do jab recebido com a substituição de Eduardo Campos. E os outros candidatos a presidente? Bom, alguém tem dúvida de que estejam ali apenas para fazer figuração?
Do noticiário político dos últimos dias só uma coisa de boa, e nem foi dita por pessoa filiada a qualquer partido, mas a um cidadão prestou enormes serviços ao Brasil e que, em palestra em São Paulo deu sua posição: Contra a reeleição, preferindo mandato único de cinco anos; contra a quantidade de partidos políticos no país, e vai por aí.
O cidadão que tem no sobrenome o mesmo de outro grande brasileiro, Rui Barbosa. Trato aqui de Joaquim Barbosa. Não precisa escrever mais nada. Ele tem razão.
Inté outro dia, se Deus quiser!
DATAS DE RONDÔNIA
17 a 19.9.14
Dia 17 – Em 2014 – O professor, escritor e historiador Emmanoel Gomes da Silva, autor de vários livros sobre a História rondoniense, morre em Vilhena. (Site Extrarondonia.com.br).
Dia 18 – Em 1946 – Promulgada a nova Constituição Federal. Ela estabelece que o Território terá direito a eleger um deputado federal (Francisco Matias - Pioneiros)
Dia 19 – Em 1944 – O decreto 19 do Governo do Território cria a Banda de Música da Guarda Territorial, com 27 membros. O maestro era o GT Antônio Pires (Vitor Hugo - Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé)
Dia 19 – Em 1947 – O governador Frederico Trotta assina o decreto 47, criando o Curso Normal Regional Carmela Dutra. A patronesse é a esposa do presidente Gaspar Dutra (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
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