Domingo, 23 de fevereiro de 2014 - 16h59
REFLITA
“O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas.” Martin Luther King
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Os doadores para pagar as multas dos mensaleiros poderão descontar essas “doações” do Imposto de Renda?
É CULPA DAS USINAS OU HÁ EXPLORAÇÃO POLÍTICA NA ENCHENTE?
É preciso, como no contexto bíblico, sempre, “separar o joio do trigo”. É o caso de agora, quando toda a carga, especialmente dos mesmos de sempre e dos chamados “inocentes úteis”, no caso da enchente braba, todas as baterias se voltem para um único alvo: as hidrelétricas do Madeira. Elas são o que os aiatolás chamam sempre de “o grande satã” dessa turma.
Tenho lido e ouvido muita coisa que me parecem mais “achismos” ou a empolgação de alguém pelos chamados “15 segundos de fama”. “É a maior enchente dos últimos 100 anos”, garantia um jornalista há dois ou três dias, falando em rede estadual de rádio. Gostaria de ter acesso aos dados que mostram a evolução desde 1914”, ou está falando porque entrou na linha do ouvir dizer?
ASSISTA ENTREVISTA DESTE DOMINGO DE
VIRIATO MOURA COM ANA CRISTINA STRAVA
Aqui dou uma de São Tomé: preciso ver, para crer. Na TV um cidadão, bem idoso, garantia que nunca vira desbarrancamento no Rio Madeira, apesar de alegar morar na beira do rio há mais de 50 anos. Essa afirmação conduziu-me a outro raciocínio, de que ele está dizendo isso para, como muitos outros, ir na mesma onda dos que apontam uma direção apenas.
Na Assembleia Legislativa o presidente anuncia que vai querer instalar uma CPI para apurar responsabilidades das usinas por causa da enchente. E não duvido que aprovem. Afinal é ano eleitoral e quanto mais espaço na mídia, melhor para amealhar mais votos.
O que nenhuma dessas vozes está querendo que se diga é a realidade das coisas. Bom, de cara é preciso atentar para um fato que salta à vista: a questão analisada fora do âmbito eleitoreiro, casuístico ou emocional, mas vista pelo ângulo técnico.
Admito: as usinas até podem ter culpa, mas muito menos do que ouço falar.
Prefiro me ligar a dois fatores: a natureza e o aspecto técnico. Ora, desbarrancamentos e enchentes nesta região não são novidades nem, tampouco, acontecem todos os anos de formas iguais. Aliás, é bom lembrar que em 2013 praticamente não tivemos o período de verão comum, começando em maio e acabando no fim de outubro. Choveu o tempo todo, o que não é considerado pelos que tratam da questão, de olho apenas nas usinas, talvez, até sem saber, seguindo uma cartilha datada de 1981, quando mundo tomou conhecimento de um documento do Conselho Mundial de Igrejas, sediado em Genebra, determinando que houvesse toda resistência possível a projetos de utilização do solo e dos recursos naturais amazônicos – se alguém quiser ler eu a tenho comigo.
Sobre o assunto fico com opiniões de quem entende de natureza, e de quem entende de questões técnicas. Por exemplo, o advogado e folclorista Paulinho Rodrigues está com dois artigos importantes sobre o assunto, sem emotividade e sem paixão. Saiu um neste sábado na coluna do Zé Katraka, e outro para domingo, 23. É bom serem lidos, até por quem só vê um lado da questão e não admite discutir o outro.
O professor aposentado Abnael Machado de Lima, da cadeira de Geografia da Amazônia, é didático quando aborda a questão: “Pode ter havido erro das usinas, mas muito menos que apregoam. O Rio Madeira é uma via em formação, assentado sobre terrenos areno-argilosos, com áreas planas e aluvionais inundáveis, as várzeas. Quanto à alagação isso é um fenômeno natural. Ciclicamente, quando se somam o aumento além do normal do índice , isso ocasiona a inundação de vastas extensões de suas margens”.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Lúcio Albuquerque
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