Segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013 - 18h41
Lúcio Albuquerque
Em outubro de 1978 eu era repórter do jornal Alto Madeira e correspondente de O Estado de São Paulo em Rondônia e fui ouvir o bispo Dom João Batista Costa, de Porto Velho, sobre a figura de Paulo VI, que falecera. Com sua tradicional batina negra, Dom João recebeu-me num escritório acanhado que tinha no prédio do bispado (onde depois foi instalada a Faculdade Católica).
Falou sobre o falecido papa, fez-lhe os elogios ao trabalho desenvolvido a favor da missão que lhe fora atribuída, esticamos a conversa um pouco sobre trivialidades enquanto eu tomava um cafezinho, e nos despedimos.
Menos de dois meses depois, um telefonema do jornal um pouco antes das 7h30 locais e lá vou eu novamente ao mesmo prédio, em busca do bispo portovelhense. Outra vez para que ele falasse sobre a morte do "Papa Sorriso" - cuja motivação e ocorrência ainda são fatos controversos.
Entrei no prédio e fui informado que Dom João estava em determinado local e que eu fosse lá. Encontrei o bispo com seu passo já cansado de, como diz um amigo Consome, “juventude acumulada”, nos cumprimentamos e sem nem perguntar se ele sabia da morte do sucessor de Paulo VI, pedi que fizesse uma análise da – má – nova.
Eu – Dom João, o que o senhor tem a me dizer sobre o papa João Paulo I?
Ele começou a falar e eu interrompi. “Não, Dom João, o novo papa morreu. Foi encontrado morto. O senhor não sabia?".
O bispo parece que havia tomado um choque e então começou a lamentar, dizendo da perda para a religião católica e, lógico, estranhando - como todo o resto do mundo - a morte tão rápida.
Lembro bem que até eu fiquei sem jeito. Depois dele falar um pouco mais, despedi-me e ouvi dele um recado/conselho, até porque eu não tinha costume de frequentar a diocese, só quando ia em busca de notícia:
- Meu filho, você só me traz notícia de morte de papa! Veja se traz alguma notícia boa da próxima vez.
Não deu. Na próxima eu escrevi um texto sobre Dom João. Ele acabara de morrer.
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