Quarta-feira, 10 de dezembro de 2014 - 15h36
Lúcio Albuquerque
Tive bons professores e um deles foi o de Sociologia, no curso de Pedagogia da velha Faculdade de Filosofia da (hoje) UFAM. O professor André Araújo gostava de dar uma aula bem aberta à discussão, estimulava – num tempo em que professor dava aula sobre um tablado, talvez para nos dizer que era superior aos outros, o que fazia, para muitos de nós, parecer serem eles de outro planeta.
Mas a questão que quero abordar não tem nada de ETs. É que o professor em questão costumava nos dar temas para discutir e incentivava a formação de grupos de debates e estudos. Àquela altura dois temas já nos incomodavam. 1) Coincidência de calendário escolar zona ribeirinha/zona urbana; 2) o excesso de disciplinas que entram no currículo escolar brasileiro para um mesmo ano letivo o que, sem qualquer dúvida, acaba se tornando prejudicial ao aluno e ao país.
Há muitas coisas que precisam ser mudadas na Educação deste país, e com certeza uma delas é essa tal carga horária. O site uol publicou ontem matéria sobre o assunto, dentro de texto sobre índice de reprovação e de dificuldades que estudantes encontram para conseguir superar a questão desse excesso.
Há estudiosos que preferem sugerir até ao 6º ano que apenas matérias básicas, Português, Matemática, Ciências e Conhecimentos Regionais – mais Educação Física, mas sem aplicação de prova, estejam no currículo desse grupo. E é fácil de entender que não se está longe da mossa realidade, a de que precisamos, se queremos deixar de ser um país desenvolvido efetivamente apenas na boca dos nossos políticos, reestruturar toda a Educação brasileira, incluindo aí o excesso de disciplinas que, ao final, massacram o educando.
E, pior: acaba o aluno não tendo tempo de aprender temas como Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, como atualmente, por redução das horas-aulas dessas disciplinas, ao lado da também redução de tempo para o estudante poder estudar.
Paralelo com isso há autêntica competição de escolas e professores a sobrecarregar alunos com tarefas, trabalhos, pesquisas, feiras, acumulando dessa forma de atividade essa garotada, prejudicando sua formação básica e sem prepará-lo efetivamente para sua vida cidadã.
Um dos resultados maléficos da situação atual, de acúmulo, é o que se observa, como agora mesmo o prefeito paulistano determinou, que os estudantes passem sem ter o mínimo necessário de aprendizado, numa clara demonstração de que vale mais a quantidade do que a qualidade.
Há, claro, até para confirmar a regra, garotos que superam essa barreira sem muito esforço, mas ao invés de serem a maioria são uma minoria, enquanto alguns passam porque se soma conceito de comportamento com resultado de provas, o que é injusto e amoral.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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