Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Lucio Albuquerque

FOGO AMIGO PODE PREJUDICAR, E MUITO, BOLSONARO


FOGO AMIGO PODE PREJUDICAR, E MUITO, BOLSONARO - Gente de Opinião


Há algumas colunas anteriores escrevi que o então candidato Jair Bolsonaro tinha problemas muitos, e que não eram apenas os adversários. Citei que um dos problemas eram os agentes do “fogo amigo” – um termo militar que representa quando artilharia e outros bombardeamentos ao invés de atingirem os amigos acertam, mesmo, os aliados que estão na vanguarda.

Sou dos que entendem não haver como admitir a teoria de que “se os outros erraram, por que eu também não posso errar”. Na campanha parentes de Bolsonaro e aliados várias vezes deram “munição” aos contrários, e estes só não conseguiram melhor êxito por uma mistura de incompetência, excesso de autoconfiança e porque estavam tão desacreditados que ninguém lhes dava qualquer crédito afora, lógico, os envenenados pela incapacidade de pensar, mas que não conseguiam sucesso em suas perorações porque não tiveram o aval da chefia.

Já no dia da posse – dispenso aqui até porque foi interessante o discurso em libras da mulher do Bolsonaro, e dos dois selinhos, porque isso serviu até para dar uma aura diferente e relaxante a uma cerimônia que durou mais de seis horas – a presença de um camarada sentado atrás do presidente e esposa, que, segundo a mídia, era um dos filhos dele, representou, pelo menos, um símbolo desrespeitado, haja vista ser aquele carro um símbolo da própria Presidência (*).

É só olhar as fotos das posses de Lula e Dilma e não se vê qualquer parente ou aderente sentado como se viu no caso da posse da última terça-feira.

Agora um grupo de amigos, colegas da igreja onde a esposa do presidente frequenta no Rio de Janeiro, foi convidado a visitar a nova residência do casal, um fato normal, afinal é comum que as pessoas convidem aqueles que lhes são caros a ir conhecer suas novas residências.

Mas no caso do novo endereço do casal presidente aí é outra coisa e, pelo menos, uma regra de compostura básica os visitantes deveriam ter mantido. Pelo que se viu, a coisa descambou para a bagunça e, pelo visto, mais “fogo amigo” para alimentar a artilharia dos adversários (ou seriam inimigos, mesmo?).

O que este eleitor, que continuar acreditando não ter jogado fora seu voto, sugere é que o presidente, com relação aos efeitos perniciosos do “fogo amigo”, não esqueça de Voltaire e seu dito famoso: “Que Deus cuide dos meus amigos, que dos inimigos cuido eu”.    

(*) Aqui em Rondônia outro símbolo desrespeitado foi a transmissão da faixa governamental, tradicionalmente de governador a governador, mas que entre nós acabou sendo uma espécie de aconchego familiar.

Considere-se dito!

DATAS DE RONDÔNIA

JANEIRO

Dia 5 – Em 1981 – Reativados, para fins turísticos, dois trechos da extinta Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: de Porto Velho a Santo Antonio -7 km e de Guajará-Mirim a Bananeiras - 8 km (Ovídio Amélio, História e Colonização do Estado de Rondônia).

Dia 7 – Em 1952 – Jesus Burlamaqui Hosana assume o governo do Território do Guaporé, seu 5º governador, de fevereiro de 1952 a novembro de 1953 (Tereza Chamma, Calendário de Guajará-Mirim).

Dia 7 – Em 1989 – Primeiro vestibular da Universidade Federal de Rondônia no campus de Rolim de Moura (João Batista Lopes, Rolim de Moura, seus pioneiros e desbravadores).

 

HISTÓRIAS DO LÚCIO

PROJETO JÁ INCLUINDO VERBA DA CORRUPÇÃO

No auge da campanha presidencial de 1989, uma palavra entrou definitivamente no vocabulário do brasileiro: corrupção, e derivados como corrupto – mas ela já estava sendo citada por aqui desde 1986, porque segundo o deputado Zuca Marcolino ao anunciar sua candidatura a governador em 1986, ele definiu “corrupção” como “palavra científica que intelectual usou para justificar ladrão”.

O  candidato Fernando Collor tinha como meta grande o combate à corrupção, e a coisa era tão falada que não deu outra: virou uma espécie de contumaz componente no discurso de qualquer deputado estadual, vereador e até em Brasília.

Deputados de oposição, e alguns nem tanto, revezavam-se na tribuna da Assembleia  rondoniense para falar sobre corrupto e corruptores, corrupção etc.  Duas, três vezes por dia e a lenga-lenga era a mesma.

Talvez porque estivesse já de saco cheio um dos que mais falavam e discutiam presença de corrução nos órgãos de governo, e apontando, muitas vezes sem qualquer prova mas baseado em “informações”, um deputado decidiu acabar com  a “festa”.

E apresentou projeto de lei determinando que em todos os projetos dos órgãos do governo já deveriam trazer em seus textos a determinação de que 10% deveriam destinados para a verba de corrupção.

Pelo visto, aqueles departamentos das grandes empreiteiras brasileiras flagradas na Lava Jato, devem ter sido constituídos sob inspiração do projeto do legislativo rondoniense.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (II)

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (II)

Conheci o Teixeirão (de 1979 a 2005 governador de Rondônia) no final da década de 1960, em Manaus. Nunca fomos o que se pode chamar de amigos. Quando

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (I)

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (I)

A 28 de fevereiro de 1987 o homem que virou lenda na Amazônia foi para o Valhalla. Se Getúlio Vargas escreveu que saía da vida para entrar na históri

Já deu na imprensa, mas... (É bom ver de novo)

Já deu na imprensa, mas... (É bom ver de novo)

O desabamento de fachadas de prédios no domingo, em Porto Velho, pode ser um aviso para possibilidades de eventos similares ocorrerem na “cidade vel

O DIA NA HISTÓRIA 6 de janeiro de 2024 – BOM DIA!

O DIA NA HISTÓRIA 6 de janeiro de 2024 – BOM DIA!

RONDÔNIA1918 – O tabelião José Vieira de Souza registrou os oito novos oficiais da Guarda Nacional em Porto Velho: um coronel, um major, quatro capitã

Gente de Opinião Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)