Quarta-feira, 27 de junho de 2007 - 18h20
A maneira como a Imprensa trata elementos envolvidos em crimes é, inegavelmente, diferente conforme o que alguns chamam de "classe social" à qual o envolvido pertença. Ainda recentemente cinco filhos de famílias de classe média, todos universitários, agrediram uma mulher no Rio de Janeiro e o noticiário chama o bando de "jovens". Ora, convenhamos, o ato praticado por eles foi típico de crime, bandidagem, então por qual motivo não tratá-los como seria se não fossem os agressores enquadrados como tais?
Pior que o bando deu a justificativa mais estúpida para a ação marginal: alegaram terem confundido a vítima com uma prostituta, como se pretendessem alegar que para agredir uma mulher depende da profissão dela. Pelo que vem sendo publicado a partir das declarações deles, seria justificável agredir uma prostituta pelo simples fato dela fazer comércio do corpo? De jeito nenhum.
Pelo seu lado, um dos pais dos presos (por incrível que possa parecer a Polícia carioca conseguiu prender os cinco, um deles, aliás, se entregou), pois é o pai de um deles protestou contra a prisão alegando não ser "justo manter presas crianças que fazem faculdade", como se o simples fato deles terem ascendido ao curso superior possa representar um salvo-conduto para fazer o que quiserem e nem ficarem presos (isso me remete àquele plástico que vi colado em carros onde se lia "Mexeu com o Lula mexeu comigo", como se o cidadão, na função de presidente da República, possa se colocar acima da Lei).
Bom, o pai mora num país em que muitos elementos acusados de cometer graves crimes, que muitas vezes chegaram a causar prejuízos sociais imensos, continuam à solta, arrotando grandeza, então não é de se estranhar o texto citado pelo jornal carioca. É de se lamentar. Num país onde uma ministra diz o que ouvimos da titular do Turismo - o "relaxa e goza", e ela continua aí no cargo, como se não tivesse agredido àqueles que, ao contrário dela, têm de enfrentar horas e horas em aeroportos onde o Código de Defesa do Consumidor não chegou e onde as suas administrações não estão nem aí para os usuários, não é de se estranhar frases como tais.
É mesmo de se lamentar.
FALANDO EM HONRA
O presidente do Senado, conforme o noticiário, teria dito "não vão assassinar minha honra". Hein? Pelo visto houve um claro processo de autofagia. Falta só assumir.
PAGAMENTO
É dever de quem contrata serviço pagar por isso. E pagar no tempo certo. Sempre fui contra esse tipo de notícia dizendo que esse ou aquele órgão público está pagando o mês trabalhado. Não é mais que obrigação. Está faltando criatividade editorial para assessorias de alguns órgãos. Quando o Governo, por exemplo, paga o funcionalismo (o que não é favor, mas dever patronal regido por Lei), uma dica: que tal gerar uma matéria ouvindo empresários sobre o aumento do fluxo de circulação da moeda no mercado? Ou fazer um texto lembrando da importância do trabalhador receber em dia (não seria necessário nem citar o fato do Governo pagar a folha) como forma dele (trabalhador) manter seu crédito e, com isso, ampliar a entrada de impostos no caixa do Governo? Ficam as dicas. Tem mais: é só raciocinar como aquela propaganda da Mac Donald, onde o simples fato do garoto abrir a porta para uma pessoa idosa é a mensagem principal. Subliminarmente claro que a empresa faz sua mídia, sem nem de longe mostrar sanduíche ou batata frita.
HISTÓRIAS
Defina-se, por favor...
Eu e o Zé Carlos Sá (coluna Banzeiros) estamos trocando figurinhas para contar nossas histórias (e de outros colegas de profissão). Vou começar com a do Carlos Souza, professor de inglês que, nas horas vagas, era repórter. Estou na Seduc (no prédio onde agora é a Junta Comercial) e o Carlos Souza, que conheci em Manaus como Ditão, chega e vai até a secretária: Diga ao secretário que o repórter Carlos Souza está aqui e quer falar com ele". A moça nem dá bola e o Ditão senta ao meu lado, que já estava na coxia para a entrevista. Meia hora depois o Ditão se exaspera e vai até a funcionária. Ela pergunta: "Qual o seu nome?". O Ditão: "Diga ao secretário que o jornalista Carlos Souza quer falar com ele". A secretária, do alto da sua eficiência, demonstra não entender: "Afinal o senhor é repórter ou jornalista? Uma hora diz que é uma coisa, outra hora diz que é outra. O que o senhor é mesmo?".
Sorte nossa que, nesse momento, a porta se abre e o secretário vem se despedir de uma pessoa e ao nos ver manda que entremos no gabinete. Até hoje nós dois rimos muito da cena.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
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