Terça-feira, 30 de julho de 2013 - 19h45
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
Frase 1 - “Se a Igreja não vai às ruas, se converte em ONG.”
Frase 2 - "Eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi. Ele não saiu."
Duas frases ditas por personalidades diferentes, uma do líder da Igreja católica, sem qualquer duvida o líder religioso mais conhecido e respeitado do mundo. A outra, da presidente brasileira.
Deixo ao leitor analisar as duas frases. A segunda, típica da confirmação daquilo que qualquer brasileiro não inflado por paixão partidária ou por fisiologismo já sabia há tempo, só não se imaginava era que o fato seria confirmado publicamente, e por quem foi: A leitura que pode ser feita é que o senhor Luiz Inácio nunca deixou a Presidência. E quem deixou claro isso foi a senhora Dilma, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
A primeira frase daquele que, com a responsabilidade de gerir a Igreja Católica, sabe como colocar cada palavra, o papa Francisco, que vem pregando, que a esperança não deve acabar.
Ao dizer que a Igreja deve ir às ruas, o papa não está se referindo, certamente, aos chamados padres de passeata, como rotulou na década de 1960 o genial Nelson Rodrigues. Mas está evocando as decisões geradas pelo Concílio Vaticano II, aquele realizado por decisão do papa que mudou a relação da Igreja com os fiéis e com fiéis de outras religiões, João XXIII.
O jovem que Francisco encontrou no Rio de Janeiro está anos-luz do jovem do início da década de 1960, da mesma forma o pensamento do católico de então para o de agora. Por isso o papa disse ser preciso não deixar que a Igreja se torne uma ONG, mas deixou claro com isso ser fundamental que os agentes religiosos e a própria instituição se façam, cada vez mais, presentes em defesa do que Cristo pregou. Um recado duro para uma ala mais conservadora da Igreja.
É importante que não desapareçam no imaginário dos que o ouviram, as frases de Francisco. O que ele afirmou não pode ficar restrito apenas a um discurso, mas levado em conta como uma postura frente aos problemas que afligem hoje a humanidade, e o Brasil. Ele disse: “Não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma". Não se referia apenas ao Brasil, mas a frase tem muito a ver com nosso país.
Finalizo o comentário inserindo texto de Andréa Cordoniz - consultora de Recursos Humanos, instrutora de Treinamentos Empresariais e palestrante, no site http://www.administradores.com.br.
1ª) Empatia – mostrou-se preocupado e atento aos sentimentos dos outros o que o aproximou de todos. Demonstrou estar em sintonia com as emoções das pessoas.
2ª) Humildade – em momento algum se portou como superior seja em seus atos, ao dispensar mordomias e esbanjamentos, seja com suas palavras sempre tão simples, privilegiando sempre o ser e não o ter. E a humildade nos leva às próximas duas lições.
3ª) Exemplo – mais do que dizer o que um líder deve fazer, papa Francisco mostrou em cada gesto o que um líder deve fazer. O quanto nossos atos falam muito mais alto do que nossas palavras.
4ª) Comunicação – seus pronunciamentos foram todos em uma linguagem simples, objetiva e absolutamente voltada para seu público alvo. Nada de jargões ou dialetos rebuscados que distanciam as pessoas. Comunicou-se com um vocabulário simples e se utilizou de metáforas e exemplos comuns aos seus ouvintes. Chegou a incorporar algumas expressões populares brasileiras. Dessa forma sua mensagem foi compreendida sem qualquer dificuldade. Francisco falou a linguagem do povo. E soube escutar.
5ª) Positivismo – mostrou-se positivo, otimista e inspirador, incentivando que as pessoas acreditem em um mundo melhor e que cada qual seja o protagonista da sua história. “Não tenham medo!”.
6ª) Servidor – transmitiu com maestria mais uma vez, não só em gestos como em palavras, o papel que todo líder tem como servidor. Isso tem sido uma das lições mais difíceis de grande parte dos líderes aprenderem. E o papa Francisco deu um show nesse sentido: “Ide sem medo para servir”, disse ele.
7ª) Sorrisos e senso de humor aproximam pessoas. Seu sorriso foi uma constante. E sorriso é uma linguagem universal e um gesto que nos aproxima uns dos outros. Assim também reforça suas mensagens positivas e encorajadoras.
8ª) Respeito às diferenças. Suas mensagens e seus gestos sempre se mostraram respeitosos com quem quer que fosse: mulheres, homens, negros, índios, ateus...Mostrou como devemos aceitar e respeitar as pessoas como são.
9ª) Cooperação mútua e amor ao próximo – O papa Francisco demonstrou abertamente amar pessoas. Mais ainda: demonstrou gostar de gostar das pessoas. Abraçou e beijou pessoas de forma espontânea. E ainda incentivou a cooperação mútua e o trabalho em equipe como uma força que faz a diferença. Valorizou a equipe e não as vaidades individuais. “Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos.”
10ª) Inspiração – como décima lição, quero terminar como comecei: mostrando o quanto todas essas características reunidas fazem com que um líder como o papa Francisco sirva como fonte de inspiração. Como alguém que, por ser admirado, serve de modelo e exemplo levando cada um a procurar dar o seu melhor e a se aprimorar arregaçando as mangas e fazendo com que as coisas aconteçam. “Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor.”
Inté outro dia, se Deus quiser!
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