Há 25 anos a primeira eleição estadual em Rondônia

CONTA-GOTAS: Leia no pé da coluna o comentário Há 25 anos a primeira eleição estadual em RO

EDUCAÇÃO

Importante a leitura do artigo que compara investimentos e resultados em Educação no Estado, assinado pelo mestrando em  Gestão de Políticas Públicas pela UniVale/Itajaí (SC), o conselheiro-substituto Hugo Pessoa, do TCE/RO. O material está no link publicações do site www.tce.ro.gov.br. Um tema que deve ser bem lido e analisado por quem tem o dever, familiar, profissional ou gestorial, de tratar com Educação.

ABUSANDO

O presidente Lula dessa vez abusou com relação à clara falta de capacidade crítica de grande massa da população brasileira. Refiro-me à afirmativa, a ele atribuída, de que só quem ganha muito reclama da CPMF. É uma afirmação absurda, haja vista que mesmo o mais pobre dos brasileiros, quando vai comprar o pão ou o cigarro, paga, embutido no valor, o percentual da CPMF que, no efeito cascata, é deduzido de todos os que se envolvem no produto final, do plantador do trigo ao padeiro.

PODRIDÃO

Quem usa a estrada velha que liga o aeroporto à cidade tem de se submeter ao cheiro nauseabundo que exala do córrego existente no percurso. Tudo por conta de pessoas que, atiram animais mortos ali, sem serem importunadas.

HÁ 25 ANOS A PRIMEIRA ELEIÇÃO ESTADUAL EM RO

Dois fatos devem ser lembrados na história política, do Brasil e de Rondônia, neste 15 de novembro, e nenhum passa pela proclamação da República, ocorrida em 1889 nesta mesma data. Em nível nacional foi a primeira vez, desde 1962, que foram eleitos os governadores pelo voto direto.

Já em Rondônia foi a primeira vez que houve eleição, de vereador a senador em todos os municípios e para prefeito, nesse último caso à exceção de Porto Velho. Estado criado a 22 de dezembro do ano anterior, Rondônia, ou a Nova Estrela no Azul da União como era apresentado nas peças publicitárias, não elegeria seu governador porque a LC 41, que determinara o surgimento da nova Unidade Federativa estabeleceu que o posto continuaria ocupado por alguém nomeado por Brasília.

Em relação ás outras disputas estaduais as peculiaridades da eleição daquele ano em Rondônia não paravam por aí. Aqui se elegeriam três senadores, dos quais o primeiro colocado teria o mandato de oito anos, e os dois outros só quatro.

Além disso, os a serem eleitos para a Assembléia estadual, preconizada na Lei Complementar 41, seriam, da posse à promulgação da Constituição Estadual, período em que o governador legislaria por decretos, deputados constituintes e só após a colocação em vigor da Carta (o que aconteceu a 6 de agosto de 1983) é que os deputados estaduais teriam atividades legislativas.

A primeira reunião do Poder Legislativo Estadual aconteceu a 9 de agosto de 1983. E a primeira lei aprovada foi de autoria do deputado Arnaldo Martins,t ratando sobre limites de municípios.

Inscreveram-se para disputar a eleição de 1982 em Rondônia quatro partidos, o PDS (ex-Arena), o PMDB (ex-MDB), o PDT e o Partido dos Trabalhadores. Na realidade quem disputou para valer foram o PDS comandando pelo governador Jorge Teixeira e o PMDB comandado pelo deputado federal Jerônimo Santana – que tentava a eleição ao Senado.

Na noite anterior à eleição o governador Jorge Teixeira ocupou horário nas emissoras de  televisão e de rádio, onde fez uma espécie de proclamação: a disputa do dia seguinte não seria apenas uma questão partidária, mas, ele deixou bem claro isso, uma espécie de consulta popular para saber se o cidadão rondoniense aprovava ou não a sua administração.

O PDS ganhou todas as prefeituras, fez maiorias folgadas em todas as Câmaras, elegeu 15 dos 24 deputados estaduais e 5 dos oito federais, além dos três senadores. Mas a vitória do partido do Governo, presidido pelo médico Claudionor Roriz, um dos eleitos para o Senado por quatro anos, deve-se basicamente ao carisma do próprio governador.

Majoritário, o PDS já chegou à disputa rachado: Durante a escolha dos três nomes para disputar o Senado, ao serem preteridos os pré-candidatos Leônidas Rachid, Antonio Morimoto e Coronel Godoy saíram da reunião distanciados do governador, os dois últimos se bandearam para a oposição.

Houve fatos curiosos na disputa, como quando alguém se referia aos candidatos ao Senado pelo PDS. Poucos falavam do advogado Odacir Soares, do agrônomo Galvão Modesto ou do médico Claudionor Roriz. Mas poucos em Rondônia desconheciam que os candidatos do PDS – "do Teixeirão", como muitos afirmavam, eram o 10, 11 e 12, respectivamente.

Foi eleito o empresário mineiro Múcio Athayde, o mais votado para a Câmara Federal, que ganhou a vaga distribuindo chapéus e vestido de noiva, mas que ao chegar à Câmara nunca mais veio a Rondônia, alegando que todos os votos aqui ele comprara e que, por isso, ele nada devia ao Estado.

Inté outro dia, se Deus quiser!

Lúcio Albuquerque

jlucioalbuquerque@gmail.com