Sexta-feira, 7 de junho de 2019 - 17h11
Já escrevi várias vezes (antes mesmo da eleição) que o presidente Bolsonaro deveria, e deve, tomar cuidado com o chamado “fogo amigo”. E também que ele deve se portar como presidente da República e não, antes, como pai de três homens adultos. Não nego que meu voto a ele foi bem dado e já há muita coisa sendo feita, apesar da chamada “grande mídia” preferir se apegar a questões de somenos – que também devem ser noticiadas haja vista o principal ator ser o presidente da República, mas seria melhor que informasse tudo e não só o que interessa a um lado.
Bolsonaro parece não ter entendido que há adversários e “adversários”, e que o pior inimigo que um político pode ter é justamente aquele que faz juras de amor pelo chefe, mas que gera situações que acabam prejudicando aquele que lidera. Como é o caso do grupo de filhos e gurus que acabam complicando e dando munição aos que, como dizia minha mãe quando queria mostrar que alguém procurava criar dificuldades, “Tá procurando chifre em cabeça de cobra”.
Ouço quem apoiou Bolsonaro dizer que a oposição quer um terceiro turno. Não tenho qualquer dúvida disso, mas está passado o tempo de o presidente enquadrar, como se diz entre militares, seus próprios filhos e o guru deles. Ainda esta sexta-feira um deles soltou uma frase no twiter onde diz estar na hora do “presidente de verdade” voltar, clara citação em razão do pai estar na Argentina e a Presidência ocupada pelo substituto constitucional, o general Mourão.
Há uma frase que muitos citam ser de Voltaire, mas outros dizem ser do filósofo Jean Hérault de Gourville: “Que Deus me defenda dos amigos, que dos inimigos me defendo eu”.
No contexto atual de Bolsonaro a fase é bem aplicável.
OLHA O QATAR AÍ GENTE...
“Brasil supera tensão, lesão de Neymar e vence o Qatar com tranquilidade” (*). Com todo o respeito que se possa ter pela seleção de futebol do Qatar que, sabe-se lá a troco do que, ganhou o direito de sediar a próxima Copa do Mundo, dizer que a seleção brasileira (cheia de “craques que encantam os europeus”, conforme nos “vende” grande parte da mídia especializada), poderia estar tensa contra um time que nem existe no mundo do futebol é querer mais que demais. Mas foi essa a manchete do site da uol que se apresenta ao internauta como sendo o de “melhor conteúdo”.
NEYMAR, ATÉ QUANDO “UM GAROTO”?
Segundo aquela lei, o ECA, deve ser trado até como adolescente o camarada, mesmo que seja um marmanjo enorme, tudo porque não completou 18 anos, mesmo que tenha cometido crimes terríveis. A Lei, mesmo eu e muitos mais brasileiros a vejam como absurda, deve ser cumprida.
Neymar – e quero deixar bem claro, ao contrário de muita gente que já tomou partido a favor e contra ele, se meteu em uma enrascada cá pra nós desnecessária. E vem sendo tratado como “garoto”, até pelo Bolsonaro. Bom, o conceito de “garoto” certamente não se aplica a Neymar. Até quando um camarada aí com 25 anos, profissional muito bem sucedido, vai ser tratado assim?
P.S.
Ontem, segundo o noticiário, Neymar disse que não foi ele quem fez a postagem, teriam sido “assessores”, na linguagem da imprensa, “parças”.
Orientação de advogado ou mais uma vez vai sobrr pro mordomo?
HISTÓRIAS DO LÚCIO
E TUDO POR CAUSA DE UM PASTEL....
Essa foi contada a um amigo meu, segundo ele pelo “herói” da história, e esta semana a mim narrada. Uma comitiva de carros saiu de Porto Velho pela então BR-29 rumo a Cuiabá, logo na fase inicial da rodovia que depois virou 364. No tempo não havia os pontos de apoio como acontecem hoje, com bons restaurantes, hotéis, pousadas, etc. Era só selva e estrada de barro lama, poeira e lamaçal. Comida era em qualquer birosca.
A turma estava numa fome braba – em 1977 numa viagem no mesmo trecho, depois de 2 dias sem comer, não sei como apareceu um garoto vendendo limões e farinha: Sem açúcar, foi o melhor xibé que já comi. Mas, voltemos ao nosso herói porque não estou aqui para narrar meus causos.
O camarada, então um figurão da política local nos tempos das disputas entre cutubas e peles curtas, foi lá e repetiu o tal pastel, comeu uma coxinha frita e logo depois a comitiva chegou a Cuiabá.
Banho tomado, roupa trocada, um pouco de loção ou de estrato, comeram mais alguma coisa e foram todos para uma boate nas proximidades de Coxipó da Ponte, e lá cada um arrumou uma companheira para tirar o atraso. Nosso herói se pegou numa mulatinha paraguaia e daí a pouco foram para o quarto, com o preço da noitada já acertada.
“O problema é que na hora agá eu tive uma diarreia braba, saiu sem eu conseguir segurar, ficou uma fedentina danada e a mulher quase morre de tanto feder”.
Resumo da ópera: os dois foram para o banheiro, pegaram os lençóis e as toalhas para limpar a cama e o “óleo” ficou para ser trocado outro dia.
E para evitar que a mulher criasse problema ela aceitou receber, sem ter feito o serviço completo, o valor acertado, mas multiplicado por três.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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