Segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 - 10h16
Lúcio Albuquerque
É atribuída a importante político brasileiro uma frase – que eu, particularmente, não acredito que ele tenha dito, apesar de tudo – quando da explosão da base de Alcântara: “Há males que vêm para bem”.
Guardadas as devidas proporções, porque em Alcântara morreram técnicos brasileiros que buscavam, pela ciência, o desenvolvimento do país, então a citação àquela altura se tornou totalmente absurda. Por isso não posso acreditar que o tal importante político a tenha pronunciado. Já a frase, se usada no contexto do brasileiro fuzilado na Indonésia, considerando-se o motivo da condenação e o ranço gerado pela posição da presidente Dilma Roussef, talvez sua aplicação tenha alguma coerência.
E por que o uso da frase no contexto da posição assumida pela nossa presidente? Bom, é preciso ver que quando há uma situação dessas é lógico que o primeiro mandatário do país se posicione, mas daí a fazer ameaças é preciso olhar a reação que se sentiu do povo com relação ao cumprimento da condenação.
E também olhar dentre seus pares, como a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em sua conta na rede de microblogs Twitter concluiu seu raciocínio da seguinte maneira: O sujeito não era herói, era traficante.
Ike, comandante-em-chefe das forças Aliadas na invasão da Normandia, em 1944, quando se previa que as tropas aerotransportadas teriam pelo menos 70% de baixas fatais, ao ser informado de que ficara em torno de 20%, disse a quem o informou: “Um só já seria motivo para lamentar”.
A morte de uma pessoa, seja quem tenha sido, é de se lamentar. Mas transformar isso numa reação com ameaças a um país com o qual o Brasil tem interesses é além da conta no caso específico. É de se perguntar: Afora tentar mostrar força (para quem?), em que vai adiantar ao Brasil a presidente chamar ao país seu embaixador para consultas. Consultar sobre o quê? Seria menos dispendioso para o país fazer tais consultas pela internet.
Ah! Mas isso não daria o impacto midiático num momento em que a presidente se vê jogada em meio a um inferno de noticias ruins, geradas por pessoas das quais é amiga, ou que manteve (e mantém) a pedido de seu amigo maior, inclusive em ministérios.
Sim, mas em que fazer cara dura com a Indonésia pode servir para alguma coisa? Claro, ela tem uma chance de tentar desviar um pouco o olhar da mídia sobre os escândalos palacianos e aparecer como pugnadora dos cidadãos do Brasil – ainda que, como disse a ex-ministra Maria do Rosário: O sujeito não era herói, era traficante.
Talvez a presidente tente, assim, melhorar sua imagem perante a população, ainda mais porque depois de anunciar que o lema de sua nova administração será: Brasil, pátria educadora, justamente este setor tenha levado um primeiro baque, conforme o jornal Folha de São Paulo, edição deste dia 19, com corte de 7 bilhões de reais no orçamento.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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