HISTÓRIAS DO LÚCIO: A FALHA AO EMPRENHAR URNA

Até a instalação do Poder Judiciário, em 1982, porque aqui era Território, qualquer recurso eleitoral tinha de ser analisado em Brasília, então um funcionário da Justiça Eleitoral era designado para levar a urna, e os partidos designavam fiscais para acompanhar a viagem.

Na década de 1960 o avião decolava do aeroporto do Caiari, aquele platô que vai do ginásio Cláudio Coutinho até o complexo Rio Madeira e pernoitava em Cuiabá. Na disputa de 1962 houve impugnação de uma urna, seguindo-se o rito normal. Só que o funcionário responsável pelo pacote estava acertado para “emprenhar” a urna no pernoite em Cuiabá.

Mas quando a urna foi aberta nada havia sido emprenhado. Na volta,quando apertaram o encarregado ele explicou: até que tinha tentado, mas quando estava abrindo ouviu baterem na porta do apartamento. Deu um tempo e bateram de novo. Aí ficou com medo e não mexeu.

Depois se verificou que quem “bateu” fora o fiscal do grupo ao qual o funcionário era ligado e que estava levando um pacote de votos para o “emprenhamento”, porque o que estava com o funcionário era pequeno.

Lúcio Albuquerque, repórter

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Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

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