Quinta-feira, 12 de outubro de 2006 - 21h35
Eleições
Houve de tudo um pouco na disputa pela Prefeitura de Porto Velho em 1985. No final o candidato do PMDB Jerônimo Santana foi eleito prefeito e, alguns meses depois, um importante membro do PMDB me confirmava que, para conseguir ganhar ele próprio até importara em torno de 2 mil eleitores, de Ji-Paraná, que teriam votado em Jerônimo aqui.
O governador era Ângelo Angelin e até as pedras sabiam que Jerônimo era candidato do PMDB ao governo, no ano seguinte, sendo a Prefeitura apenas um estágio rumo ao palácio Presidente Vargas.
A disputa municipal, a primeira desde quando Porto Velho foi criada, nem chegou a empolgar, porque a 'máquina' municipal, liderada pelo prefeito-tampão José Guedes e a estadual, por Angelin, jogavam duro a favor de Santana. Além disso...
Os jornais sofreram uma pressão danada do próprio TRE e a Tribuna chegou a ter empastelada uma edição. Nas vésperas do pleito o TRE convocou a Imprensa para uma entrevista, onde editores foram informados que, basicamente, nem poderiam noticiar a própria eleição.
No dia seguinte ao pleito, o Alto Madeira dava uma síntese do que fora a escolha, com uma frase do seu diretor-superintendente Luiz Tourinho, onde ele classificava o pleito como 'A eleição da vergonha'.
Naqueles tempos as urnas ficavam numa casa da Prudente de Moraes, bem no centro de Porto Velho. Soldados do Exército na porta, ninguém passava pela calçada, enquanto partidários de candidatos se postavam a noite toda, na vigília, do outro lado da Prudente de Moraes, na calçada. Tudo para fiscalizar que ninguém emprenhasse a urna. No dia seguinte, muitas delas vinham recheadas e faltando até votos dos fiscais de partidos, como no caso do gráfico Zé Paca.
Ele fora indicado fiscal numa urna num dos seringais do rio Madeira. Com todas dificuldades, membro da oposição, Zé Paca acompanhou a urna, verificou que na abertura da votação estava tudo correto, votou, assinou a ata, não dormiu até que retornou a Porto Velho, sempre de olho na dita cuja. Aí se postou em frente ao prédio, esperou o dia amanhecer, viu a urna ser aberta e, para grande surpresa sua, nem o próprio voto apareceu. Todos foram contados para o candidato do governador. Zé Paca, que votara na oposição, não sabia explicar como o seu voto desaparecera.
O que a turma não sabia é que o prédio onde guardavam as urnas tinha o forro conjugado com uma casa, ao lado, pelo qual alguém, durante a noite, entrava, descia através do alçapão dentro do local onde as urnas estavam, fazia a troca de votos e depois saía.
Há muitas estórias e histórias de eleição. A segunda instância era em Brasília, e qualquer recurso era para lá. A urna era mandada sob escolta para a Capital Federal, de avião, fazendo escala em Cuiabá. Uma eleição a oposição impugna uma urna. Segue o caminho normal, mas o condutor dela está orientado para, no hotel na capital mato-grossense fazer a troca, um serviço tranquilo e que daria certo, como das outras vezes, não fosse por um motivo: na hora dele iniciar a operação, alguém bateu à porta. Nervoso, ele não mudou nada.
Pode ser, pode não ser, mas neste ano pela única vez antes de 1970 o Território teve um deputado federal que era da oposição.
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