Domingo, 19 de janeiro de 2014 - 19h17
Uma frase de seis letras divididas em duas palavras e que, a frase, termina em interrogação, já o disse aqui há algum tempo, é um dos piores inimigos de quem é perguntado, especialmente de quem não tem argumento suficiente para sustentar uma tese. Trata-se de “por quê?”. E foi assim com algumas pessoas que me encontraram nas ruas, telefonaram ou mandaram mensagens via email.
Tudo em razão daquele último comentário que fiz, intitulado “ Há algo (e muito) Errado Na Questão Indígena”, comentando a absurda situação gerada em Humaitá e entorno depois que manifestantes acusaram índios Tenharin de terem morto três não-índios. O que afirmei ali, e mantenho – até porque não sou daqueles que mudam o discurso como fazem os que chegam ao Poder e, podem até se justificar alegando que Churchill teria feito coisa similar ao afirmar que “Se Hitler invadir o inferno eu apoiarei o diabo”. Só que Churchill não mudava o discurso conforme as benesses do Poder.
Escrevi naquele meu comentário “Ao índio que tem carro, moto, usa internet, tem opção religiosa fora da tradição de sua tribo, muitos deles contumazes presentes a bares e outros locais, por que tratá-lo como um elemento privilegiado em relação aos não índios dos quais se cobra impostos?”. E não mudo uma vírgula.
Interessante foram as reações de algumas pessoas. Uma mulher – cito apenas um caso, mas foram muitos nessa direção – acusou-me de ser “inimigo” dos índios. Aos que me xingaram na linha da mulher citada há pouco, repeti o que tenho dito a quem me conhece, e sabem que sempre falo com orgulho, que minha avó materna era índia mura, do baixo Madeira, sequestrada na aldeia pelo meu avô, espanhol, aí pelo final do Século XIX. Eles casaram em Barreirinha e o padre fez registrar na certidão que a “a noiva não tem nome cristão, por isso dei-lhe o nome de Deborata”, conforme relato de um primo morador em Itacoatiara, que mostrou a certidão. “Você é desses brancos que odeiam índios”, disse um camarada que alegou ser membro de uma entidade ligada à causa indígena.
Não tenho de me estender sobre “odiar índios” até porque há dois sentimentos não fazem parte da minha vida, a inveja e o ódio. Interessante que essas pessoas, como outras figuras carimbadas da política brasileira, não admitem debater um problema. Partem para a agressão por falta de argumentos ou porque estão amarrados em sentimentos nada republicanos.
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que a questão indígena, como o ECA, os programas de “bolsas” e da instituição de cotas raciais devem ser revistos. Geram exceções que ferem a legislação, mas que, dentro do modismo do politicamente correto, fazem que qualquer crítica seja tomada como atentado a direitos atribuídos a quem, realmente, não fizeram motivos para serem-lhes dados tais direitos.
Não é justo, no caso dos índios, eles cobrarem pedágio de quem pretende seguir numa rodovia federal, alegando que o dinheiro é para atender necessidades da tribo. Qualquer via pública é de uso público. Como não vejo justiça em que continuemos vendo nossos impostos serem usados para manter pessoas que votam como qualquer cidadão não índio, chegam a ter até parlamentares eleitos, mas que não contribuem com o erário da mesma forma que nós o fazemos, até de maneira arbitrária.
Repito: se o índio optar por permanecer na selva, aí a FUNAI deva oferecer-lhes o suporte necessário. Mas quem tem religião fora de sua cultura, têm carro, mora em casa com eletro-eletrônicos (que muitas vezes pessoas que pagam impostos não os têm) e outros benefícios da chamada vida civilizada, deve, sim, contribuir como qualquer um de nós.
Em tempo: Agradeço ao professor Abnael Machado de Lima, da ACLER e do IHGRo, pelo comentário feito no site gentedeopiniao.com.br e no jornal Alto Madeira sobre a minha coluna do dia 6 passado.
Ainda em tempo: Nunca neguei, e quem me conhece sabe disso, que meu pai foi do Partido Comunista e que, em razão disso nossa família sofreu dificuldades que só quem viveu 1964 sabe do que falo.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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