Quinta-feira, 24 de outubro de 2019 - 11h46
GOSTO DE “QUERO MAIS”
Quem foi, disse ter gostado. Quem não
foi, lamenta e diz que não perderá a próxima. O assunto é o projeto Roda de
Conversa, do Sindicato dos Jornalistas, Sinjor, cuja primeira edição foi dia 17
passado, com apoio da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa e com o
tema “A Imprensa e a Eleição de 2018 – Ganhamos ou Perdemos?”, para lá de explosivo, porque levou à
reflexão a própria postura dessa categoria profissional. Numa discussão
técnica, sem que houvesse qualquer exacerbação, o projeto do Sinjor começou a
andar, e várias pessoas, não só jornalistas, têm perguntado à presidente Sara
Duquestrada e a mim mesmo, quando terá seguimento a “Roda”.
Para a segunda rodada, que deve
acontecer em janeiro do ano que vem, já há uma proposta que me parece
interessante, tratando não só sobre o futuro da profissão, mas, ainda, sobre as
novas tecnologias aplicáveis à prática do jornalismo, interessante ainda mais
para quem como a minha geração, passou por mudanças radicais de uso de
equipamentos da área jornalística e que, em menos de 20 anos saiu da máquina de
escrever, descobriu o telex, o fax e desaguou, ainda que contra a vontade, na
internet.
A pergunta que não quer calar deve
balizar a próxima "Roda": "E agora?
UMA LIÇÃO NUM ESPORTE QUE NÃO GOSTO
Com a casa cheia de amigos e família,
para “fazer sala”, assisti quase todo o jogo Flamengo x Grêmio. Não nego a
ninguém que não gosto de ver futebol por motivos diversos desde a falta de gols
(chato ver um 0x0 90, 120 minutos). Decisão nos pênaltis tira a tesão. A falta
de modernização também. O que em
handebol é falta, o “jogo passivo’, no futebol é o que mais se vê: fez 1x0 é só
passe lateral esperando o tempo passar. Daí por diante. Mas se não gosto de ver o jogo em si, procuro
saber das leis do jogo, até porque às vezes posso ter de entrar numa conversa
sobre o esporte e aí tenho de saber o que digo.
Antigamente, nem faz tanto tempo, era
mal visto quem não fumava. Nas redações, nem pensar em não ser fumante. Vai daí
que como a imensa maioria dos brasileiros tenho um time de fé: O Fluminense.
Mas em termos de time de futebol sou igual àqueles caras que dizem ao
recenseador do IBGE que são “católicos” e não praticam nada. Mas porque gosto
dos detalhes estava vendo o jogo e pensando na importância de um treinador com
experiência em competições de alto nível, do que nem se aproxima a nossa
Libertadores cujos campeões, já há alguns anos, muitas vezes nem conseguem
passar de terceiros colocados naquele Mundial Interclubes.
Daí que observo o treinador do
Flamengo. A dinâmica que ele vem dando ao time é um fato a ser bem analisado.
Pode ser até que ele perca a final contra “los Hermanos”, mas o que ele vem
mostrando é um bom exemplo para nossos técnicos que, pelos resultados – vide
seleção brasileira – mais parecem
“entregadores de camisas” do que treinadores.
Aliás, é bom lembrar que o técnico do
Flamengo tem um bom cartão de visitas: De 2009 a 2015, como técnico do Benfica, ganhou dez títulos (recorde do
clube) e alcançando duas finais da Liga Europa.
O EXEMPLO DOS OUTRO ESPORTES
Se a CBF realmente pensar em
modernização e retorno do time verde-amarelo a ter respeito no mundo, tem muito
a mudar. O handebol foi campeão mundial
feminino, com um treinador estrangeiro; o basquete deu uma melhorada idem; a
ginástica, a esgrima, e por aí afora, inclusive a seleção brasileira de futebol
feminino, desde que a atual sueca, assumiu já vem mostrando outra boa face ao
mundo. Quer dizer: o exemplo não está muito longe da sede da CBF: está numa
sala da confederação, certamente sem a majestade da sala do treinador do
masculino,
Talvez essa ideia esbarre no que se
chama de “futebol da beira do túnel para os gabinetes”. Mas, pelo que se tem
visto ultimamente, em termos de valorização do futebol brasileiro. Ainda na
última data Fifa em quanto “los Hermanos” pegavam a Alemanha, o Brasil
enfrentava a “fortíssima” seleção do Senegal.
HISTÓRIAS DO LÚCIO
E porque não tem?
Garota de 10 anos pergunta o que é
“feminicídio”. A mãe responde, explica, demonstra com casos que conhece, etc e
tal. “Caso encerrado”, pensou ela, mas a garota tinha mais um “por que”.
“Mãe, feminicídio então é quando o
homem mata a mulher?”. A mãe, querendo se ocupar com outra coisa, apenas disse
“É”.
E a garota, ainda querendo saber mais
sobre o assunto, mandou ver: “Mãe, e quando a mulher mata o homem é o quê?”
A mãe responde o óbvio. “É
homicídio”. A menina tinha mais uma pergunta.
“Mãe, então se “homicídio” é quando a
mulher mata o homem, por que quando o homem mata a mulher não é mulhercídio”?
Em tempo: a conversa foi entre uma
menina que conheço e a esposa de um amigo meu.
Inté outro dia se Deus quiser!
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