Terça-feira, 14 de maio de 2019 - 10h25
Num debate, há alguns anos, sobre liberação da venda de armas no país, eu, que não gosto de nenhum tipo de arma (aqui entendida por “arma de fogo”) divergi da posição de um amigo meu, procurador do MP, totalmente contrário à liberação. Quem me conhece sabe: eu não tenho e não quero ter qualquer arma de fogo em casa.
Não por falta de oportunidade. Uma vez um amigo meu, delegado de Polícia levou um revólver e entregou para dona Fátima. Ela deu um chega tão grande no camarada que ele pegou a arma de volta e levou nem sei para onde. Foram muitas as oportunidades de ter uma, e sempre consegui descartar. Há uns 20 anos fui fazer uma matéria na Bolívia e lá encontrei um amigo que insistiu que eu trouxesse um calibre 22, todo niquelado. Na travessia simplesmente deixei a arma cair no Rio Mamoré.
No entanto quem já leu o que escrevi a respeito, ou me assistiu nas vezes que tenho discutido do assunto com alguém, sabe que, mesmo sendo contra a qualquer ideia de ter um instrumentos desses sou inteiramente favorável a que se dê ao cidadão o direito de ter ou não ter, respeitado o que a normas regulamentadoras estabelecerem.
Não é contradição, já escrevi e falo sempre disso. Deve ser dado ao cidadão o direito a ter uma arma, ou não a ter. Quanto ao manuseio e forma de utilização são temas que devem ser tratados pela norma legal. E a responsabilidade inerente.
Creio que em 2004 estava fazendo uma matéria no Rio Guaporé, quando intercedi a favor de um ribeirinho que teve apreendida uma espingarda, daquelas de carregar pela boca. Tiver de “gastar o latim” para que o delegado deixasse o homem ir em paz com sua arma, que ele usava para sua subsistência e para defesa quando ia em busca de castanha na selva.
Sou favorável a que o cidadão, observadas todas as normas estabelecidas, tenha o direito de ter uma arma em casa. Sou contra o porte fora dela.
FALANDO EM ARMAS....
É possível que uma “arma branca” saia por aí assaltando ou matando alguém? Antes de você, leitor, responder, é preciso lembrar a possibilidade que alguém não saiba o significado do termo “arma branca” no noticiário policial. Para simplificar, vamos convencionar o que já é deveras convencionado no setor: “arma branca” refere-se a faca, instrumento naturalmente cortante e que pode tanto causar um acidente, como corte de um dedo durante descascar a cebola ou um assassinato.
No entanto, voltando à “vaca fria”, quer dizer, a possibilidade de uma “arma branca” sair por aí esfaqueando alguém, assaltando e matando é zero. Trata-se de um objeto que não “anda” por ele mesmo afora que caia de algum lugar mais alto ou em “pastelões” de estórias de terror.
Mas, pelo visto, a manchete de um veículo de comunicação em Santa Maria (RS), tenta provar o contrário: “Armas brancas são responsáveis por metade dos assaltos a pedestre e homicídios em Santa Maria” (*).
Já o site bemparana.com.br, com a manchete “Carro passa atirando e quatro são baleados em frente a panificadora em Curitiba” (**). Nos dois casos – da arma branca e do carro pistoleiro – eles não age por contra própria. O delito é cometido por quem manuseia essas armas – aliás, quem gosta de filme de espionagem já deve ter visto muitas vezes que até a ponta de um cabo de guarda-chuva pode servir de arma, mas ela por si só não fere ninguém.
PARA LEMBRAR
Quando ouço falar em jogo da seleção brasileira de futebol lembro de uma cena antológica: na final de 1958 a Suécia marcou primeiro. Nenhum desespero no time brasileiro, nenhuma acusação a ninguém. Didi vi ao fundo das redes, bota a bola debaixo do braço e coloca no centro de campo. Quantas vezes você tem visto isso acontecer com a seleção pentacampeã? A diferença chama-se “liderança”. Em tempo: se você não viu ainda entre na internet e peça o jogo final da Copa de 58.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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