Domingo, 28 de junho de 2015 - 08h50
Em meio à pompa, sorrisos, gestos de carinho com estudantes de outra escola, o ministro da Educação inaugurou a escola Lydia Johnson, uma homenagem justa à professora sobre a qual vamos nos reportar outro dia. O assunto hoje é a relação entre o prédio, citado como de alta qualidade para a aplicação do processo educacional e as condições que se dão aos que vão operar o sistema – o chamado “fator homem”.
Recentemente um sorteio semanal concedeu a uma pessoa um carro tido como de alta tecnologia e de primeira qualidade e um repórter do AM foi às ruas perguntar o que as pessoas, se ganhassem, fariam com o veículo. Da maioria a resposta foi que iriam vender porque a tecnologia poderia ser difícil de operar, mesmo para aqueles que já tinham carro.
É a relação “alta tecnologia” x “fator homem”. O caso pode ser aplicado agora com a escola nova. Fica a questão: “De que adianta um prédio com toda aquela estrutura se quem vai aplicar o processo “ensino”, buscando formar no público alvo a “aprendizagem” é do grupo profissional menos respeitado pelos governos, o professor, sempre incensado como moldador das sucessivas sociedades e responsáveis pelas formações de futuras gerações, mas cujos contra-cheques ficam cada vez menores, tanto pela falta de respeito dos governantes quanto, também, devido ao atrelamento do sindicato da categoria a uma central que tem forte cordão umbilical com o partido que há mais de 12 anos comanda o Palácio do Planalto.
Este é um país onde se invertem todos os fatores. Planos e mais planos educacionais são anunciados, atualmente vivemos sob o slogan “Pátria Educadora”, que em recente corte feito pela presidente Dilma Roussef, anunciadora do slogan, atingiu a Educação em 15% da previsão, ou mais um pouco que 9 bilhões de reais.
Nenhum profissional, por melhores que sejam as suas condições materiais de trabalho, consegue ter tranquilidade e produzir bem se não estiver com um salário digno, capaz de lhe prover aquilo que precisa para viver, para comprar material de pesquisa, para poder desenvolver sua tarefa sem ter de ficar, ao mesmo tempo, pensando que “a cada vez sobra mais mês no meu salário”.
Ter uma escola de alto padrão, atendendo às exigências dos engravatados burocratas da Educação em Brasília ou aqui mesmo em Rondônia, gente que em maioria faz muito tempo que não sabe o que é enfrentar um colégio público na sala de aula, com todas carências humano-materiais inerentes, pode ser bom apenas para tirar fotografia, porque enquanto o professor não for valorizado financeiramente e não tiver segurança jurídica para o exercício de sua missão, inaugurar escolas padrão vai servir mesmo só para o ministro posar para a fotografia.
Considere-se dito!
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