Quarta-feira, 9 de janeiro de 2019 - 16h52
Enquanto uma parcela grande de jornalistas continua, certamente por
razões óbvias, debatendo a frase da ministra, rosa x azul, e tenho certeza que
isso acontece mais por razões outras do que pela capacidade, que sei eles têm
meios para interpretar a frase pelo que ela representa – que criança deva ser
tratada como tal e não como peças de um modismo, o país aos poucos vai
sendo tomado por uma guerrilha urbana, situação em que já vivia o Rio de
Janeiro, depois Manaus e agora, com mais força, o Ceará, mas isso, pelo visto,
não interessa a quem tem um microfone nas mãos e que preferem virar de costas
pra os grandes problemas que afetam o país.
Uma evangélica assume um Ministério – pronto, o mundo desaba, ninguém
considera seu currículo, que é um fator que tudo quanto é pessoa de bem sempre
vem cobrando: ao invés da indicação política, a meritocracia. A Funai não faz
nada pelo índio, mas tão logo temos a proposta de uma mudança no tratamento
para com os indígenas, aí os mesmos que criticavam abrem espaço e são os
primeiros a soltar falas que levam a pensar que a Funai estava certa.
Uma surda, com um currículo compatível com o cargo, assume função
importante na administração, aí então “formadores de opinião” criticam. A COAF
pegou transferências em contas de pessoas direta ou remotamente ligadas ao
presidente da República, então haja textos haja falação. Claro, e também
prefiro que haja esclarecimentos, mas onde estava a COAF em casos envolvendo
infinitamente muito mais dinheiro nos governos passados? Como se diz na gíria,
em relação ao “carnaval” feito no caso primeiro, aquele foi merrequinha se
comparado com os outros citados a seguir.
Pegado de surpresa pela reação fulminante do novo governo com relação à
situação de insegurança e de autêntica guerrilha urbana em seu Estado, o
governador cearense se viu obrigado a dar uma entrevista (*) elogiando Sérgio
Moro e Bolsonaro. A surpresa fica por conta da rapidez do atendimento, ao
contrário das demoras nas tantas vezes em que a Força Nacional era solicitada –
lembram da novela do Rio de Janeiro, Roraima e outros?
Dessa vez os novos “donos do poder” em menos de 24 horas já desembarcava
em Fortaleza as equipes da Força. Privilégio? Não. Foi apenas ação de governo
que não pode ficar esperando a mídia nem resolver picuinhas políticas.
Lógico: o país foi herdado de modo tão esculhambado que praticamente se
encontra numa situação em que “se tapa um buraco aí aparecem mais dois”.
Ninguém espere que Bolsonaro e companhia vão fazer o Brasil que nós queremos
seja o que ele vai entregar a seu sucessor. O que se espera é que vícios de
muitos anos de clientelismo político e de incompetência gerencial reduzam, e
para isso é fundamental que a Imprensa também dê sua participação, mas pelo
visto, isso é difícil haja vista interesse maiores que desde várias décadas se
encastelaram e que num período bem recente se transformaram em autênticos
bunkeres onde não se considerava o interesse público, mas a prática do discurso
“republicano” que, na realidade, era mais um jogo de cena e não seriedade
administrativa.
DATAS DE RONDÔNIA
JANEIRO
Dia 11 – Em 1975 – Ainda como Guarda Territorial, um contingente da
futura Polícia Militar se instala em Vilhena, sob comando do sargento PM
Marlúcio Souza (Pedro Brasil, Vilhena conta sua História).
Dia 13 – Em 1750 – Portugal e Espanha admitem que violaram o Tratado de
Tordesilhas e assinam o Tratado de Madri, fixando as fronteiras das suas
colônias na América do Sul (Nelson de Figueiredo Ribeiro, A Questão
Geopolítica da Amazônia).
Dia 13 – Em 1945 – O Ministério da Guerra determina ao Exército criar a
2ª Companhia Rodoviária Independente, sendo uma das suas missões abrir uma
estrada no sentido sul do então Território, a partir de Porto Velho (Vitor
Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).
Dia 13 – Em 1961 - O presidente JK
inaugura em Cuiabá (MT) a rodovia BR-29 (depois BR-364), ligando a capital
mato-grossense a Porto Velho e daí se estendendo a Rio Branco, AC (Juscelino
Kubistchek, Por que construí Brasília).
HISTÓRIAS DO LÚCIO
CORRUPTOS E CORRUPTORES
Vou a um tipo de sessão legislativa que não gosto –
aliás, faz tempo que minha paciência esgotou, depois de 25 anos no dia-a-dia da
Assembleia, mas aquela reunião tinha algo de especial, porque meu compadre e
jornalista Lenílson Guedes foi receber o título de Cidadão Honoráro do
Estado. Convidado, espero a hora de começar a sessão e sou apresentado a um
deputado recém-eleito. Na conversa ele conta que um jornalista o teria
pressionado (o termo seria bem outro, mas vamos ser um pouco elegantes...) a
conceder uma gratificação de gabinete em troca de cobertura no site do
proponente.
Eu já conheço a história que é comum, apesar de
publicamente não confirmada, e acontece não só na relação (parte da)
imprensa com gabinetes legislativos, mas também em outros cargos de gestão.
A coisa aconteceu e ficou mais viralizada no meio
porque houve pressão do interessado a que o sindicato se posicionasse, mas a
presidente respondeu que não era assunto do Sinjor - aplausos para a professora
Sara, e recomendou ao deputado que não atendesse.
Aí lembrei de outro caso, há alguns anos quando eu chefiava o
Departamento de Comunicação da Assembleia e fui convocado por um grupo de
deputados. Lá chegando, eles expuseram o problema, o mesmo do caso de agora, e
eu pedi para falar:
“Vocês sabem por que tem chantagista?” Eles ficaram me olhando. E
completei: “Porque tem chantageador. Só dá certo assim”. Anos depois, um
ex-deputado e membro daquele grupo, conversando comigo disse que aquelas
pequenas frases “foram uma boa lição para ele”.
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