Quinta-feira, 28 de setembro de 2006 - 08h07
Na madrugada desta quarta-feira o celular do Tiago vibrou. Eram 2h30 e ele até pensou que já era hora de levantar para ir ao restaurante onde trabalha. Não era. Do Hospital de Base alguém ligava para cumprir uma das piores missões que se pode atribuir a uma pessoa: comunicar a outra que alguém falecera. Do outro lado da linha alguém avisava ao Tiago que seu pai havia acabado de falecer na Unidade de Terapia Intensiva do HB.
O pai do Tiago era o jornalista baiano Paulo Raimundo dos Santos Correia, o Paulinho Correia ou o PC na linguagem de todos nós que com ele convivemos, brigamos, reafirmamos a amizade e, para mim e alguns outros, mais que isso, pelo entrelaçamento familiar.
E certamente depois de assinar a ficha de hospedagem no lugar que Deus o reservou, Paulinho deve ter começado lá a reencontrar os amigos que, como ele acabara de fazer, há muito ou pouco tempo dependendo da medida de tempo que você tenha já passaram para o outro lado do balcão e que conviveram conosco por aqui.
Encontrou logo o Sérgio - Serginho - Valente esperando logo após a verificação da bagagem. O Sérgio, como era do seu estilo, começou a mostrar detalhes da vida e da nova hospedagem do PC, falando muito e querendo saber notícia de tudo daqui para o programa que, com certeza, também faz por lá.
Mais adiante, já avisado da chegada pelo Sérgio, estava o hiper-magro Vinícius Abrahão Coutinho Danin que o deve ter saudado com o adjetivo que detonava quando encontrava um amigo ali pelo extinto café Santos: Como vai, deletério? E aí o papo emendava, e pelos mais de 15 anos que o pai do Copão passou para o outro lado, com certeza a conversa foi longa.
O Danin queria saber notícias do compadre Euro Tourinho, do Esron, do João Tavares, do Paulo Queiroz, do Johnson, da Ivalda Marrocos, do Antonio Queiroz, do Sindicato que ele ajudou a fundar, do Carlinhos Neves, do Lúcio, do Montezuma, do rolo da Assembléia. E o Paulinho ainda estava na conversa com o deletério Danin quando ouviu o grito que o saudava todos os dias quando trabalhávamos no jornal Alto Madeira, aí pela década de 1980.
- Fala Veadinho!
O PC nem precisava olhar para saber de quem era a voz e o grito. Sabia que era o jornalista Ivan Sobral Marrocos Filho, que há 11 anos e pouco, também no HB, pegou o expresso da meia-noite e deixou na bagagem da gente muita saudade de uma amizade (em meu caso especial de mais de 20 anos de convivência diária em Manaus e aqui).
PC largou o Danin e foi em busca do abraço do compadre Ivan, mas antes deu o troco:
- Fala Menina Veneno!
O Ivan queria notícia da dona Graça, da afilhada Luana, do Tiago, a fila era enorme. O Ivan explicou que não veio esperar na recepção porque estava terminando uma reunião de pauta com uma turma daqui mesmo, os jornalistas Pedro Sá, Jorge Santos, Ubiratam Sampaio, Pedro Torres, Simeão Tavernard, o Velho Dió, o Edgar Lobo de Vasconcelos, o Gegê Maia (que faz pouco tempo preencheu a ficha de hospedagem), o Roberto Azevedo, a Kleon Máryan, a Marizete. O Ivan lembrou que na parte gráfica estavam o Velho Dió e o Manoel Miguel, gente conhecida do tempo que todos palmilhavam este vale de lágrimas.
Aí o Ivan soltou a frase:
- A gente tá precisando de um editor de Cidade....
E nem precisou terminar, nem dizer que era um convite.
- Aceito. Começo quando? Quem são os repórteres? Quanto é o salário? Já tenho até uma pré-pauta, porque a viagem teve alguns poréns. O prefeito daqui também enche a cidade de placa para dizer que está trabalhando? E eu posso trazer para cá a Coluna do PC?
Daí a conversa engatou nas amenidades e foi, claro, para as gozações do futebol. O Ivan Menina Veneno flamenguista fanático vibrando ainda com a conquista da Copa do Brasil e o Paulinho Veadinho defendendo seu Vasco, até porque o outro time do coração, o Bahia, faz tempo que nem ele mesmo se defende.
A conversa foi em frente, mas os dois foram para a redação onde o Paulinho já entrou gritando para os demais, como o Enéas Rômulo Araújo, desculpem, o Dalton di Franco lembrou no seu programa na Rede TV na quarta-feira:
- Vamos fechar o jornal do homem, cambada!
P.S. Eu não consigo lembrar dos outros com saudade. Sempre procuro o lado divertido, bom, especialmente daqueles com os quais convivi e aos quais devo muito.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Fonte: Lúcio Albuquerque
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