Segunda-feira, 30 de dezembro de 2019 - 08h37
O rio é como se fosse a vida. suas águas, são comparadas aos anos. Esse rio é como se fosse eu.
É um rio caudaloso e barrento, apresentando que o autor do Gênesis têm razão. Afirmando que realmente o homem foi feito de barro. Igual sua água é suor que escorre pelo corpo depois de um dia de labuta na colheita da seringa, castanha, pescado, açaí, garimpo...
Suas águas vão mudando o leito, ao atingirem as margens com bravuras, desabam os barrancos e levam com elas tudo que se opõem, árvores enormes, médias e pequenas. Assim é a vida, quando o poderoso cai, leva com ele seus servos e seus dependentes.
Assim é a vida, assim são os anos.
O rio caudaloso de sonho do eldorado do ouro branco, que tornou-se quartel, subdivido , em alojamentos conhecidos como seringais, para abrigar aventureiros em sua maioria arigós.
Quantas histórias teria para contar o rio de nossa infância, porque não o nosso rio, cantado e decantado por seus poetas e cantores que nasceram em suas beiradas.
Nesse momento suas águas continuam correndo, iguais os anos que continuam passando, aquelas que por aqui passaram não retornam nunca mais, nem nos maiores dos repiquetes.
Os anos que também passaram, não retornam mais, nem oportunidades, nem os amores, surgirão outros que passarão também.
Essa águas que correm nos dão uma lição de vida,
Alguns anos abundantes demais, outros tomados pelas escassezes.
Águas são como sonhos ano a ano se renova,
Banham a madeira de lei da mesma que banham as canaranas.
Balançam as lanchas valiosas, como fazem nas pranchas de lavar roupas,
As águas que carregam troncos, folhas, matupás, lixos...nunca foram seletivas.
As águas são como os anos, vão passando que nem percebemos, desviando de ilhas, praias, pedras...
Como se fosse os homens o rio caminha rumo a eternidade após a morte, que chamamos de paraíso e o rio chama de oceano.
Feliz 2020! Que nossas águas continuem correndo por muitos e muitos anos.
*O autor é funcionário público, poeta, radialista e ativista da cultura de Humaitá
Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (II)
Conheci o Teixeirão (de 1979 a 2005 governador de Rondônia) no final da década de 1960, em Manaus. Nunca fomos o que se pode chamar de amigos. Quando
Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (I)
A 28 de fevereiro de 1987 o homem que virou lenda na Amazônia foi para o Valhalla. Se Getúlio Vargas escreveu que saía da vida para entrar na históri
Já deu na imprensa, mas... (É bom ver de novo)
O desabamento de fachadas de prédios no domingo, em Porto Velho, pode ser um aviso para possibilidades de eventos similares ocorrerem na “cidade vel
O DIA NA HISTÓRIA 6 de janeiro de 2024 – BOM DIA!
RONDÔNIA1918 – O tabelião José Vieira de Souza registrou os oito novos oficiais da Guarda Nacional em Porto Velho: um coronel, um major, quatro capitã