Lúcio Albuquerque
Talvez seja até a velocidade da vida hodierna, a facilidade de uma notícia correr mundo ou, quem sabe, a eterna mania que temos de sermos "eternos insatisfeitos". Como, você não conhece uma só pessoa que se possa classificar de "eterna insatisfeita?".
Já viu como tem gente que anda reclamando que "está chovendo muito", ou da chuva que cai justo na hora em que você está longe de um abrigo? E também já viu como tem gente, os mesmos que reclamam das chuvas e que, quando chega setembro ou outubro reclamam da falta de chuva.
Tudo bem, vivemos numa democracia, ainda que capenga, na qual tem gente que acha que, apenas porque um cidadão ascendeu à Presidência da República, ele não pode ser processado. Ou então que se permite a um grupo de porraloucas agredirem uma visita, como fizeram com a blogueira cubana, mas aquele mesmo grupo se mostrou incapaz de reagir quando policiais brasileiros entregaram à polícia política cubana atletas que apenas pretendiam exercer o direito de ir e vir - o que, aliás, está na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Está certo, vamos voltar aos "eternos insatisfeitos". Às vezes essa posição é tomada porque não fazem qualquer correlação com a história do lugar. Por exemplo: você sabia que o Mercado Público de Porto Velho, incendiado na metade da década de 1960 e onde funciona atualmente o Mercado Cultural, pois é, você sabia que o Mercado Público levou mais de 30 anos para finalizar sua construção?
E ainda tem gente que reclama das obras do nosso ex-alcaide Roberto Sobrinho, só porque algumas delas ultrapassaram em muito a marca prevista em cada placa. Ora, se para construir uma obra simples como é um mercado levaram mais de 30 anos, até que os viadutos não estão demorando muito, apesar de já estarem com mais de cinco anos de iniciado.
É apenas uma questão de tempo, porque se depender do exemplo do Mercado, talvez a próxima geração assista ao ato inauguratório.
EM TEMPO: Local que expõe o símbolo da cidade de Porto Velho, as três caixas d' água, a praça do mesmo nome está entregue à escuridão. Será desleixo do Poder Público municipal ou estão fazendo economia e abandonando aquele espaço tão representativo para a capital rondoniense?
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)