Segunda-feira, 5 de setembro de 2011 - 12h18
Lúcio Albuquerque
O PMDB rondoniense deve à Imprensa do Estado, mais precisamente a alguns repórteres que tentaram fazer a cobertura da inauguração da sede do partido, um pedido formal de desculpas pela ação da assessora de imprensa do vice-presidente da República, filiado ao partido, e dos seguranças comandados por ela, pelas agressões físicas e morais ocorridas na ocasião.
E, também, uma representação firme perante o próprio vice-presidente da República que só chegou a essa função por ser filiado ao PMDB, haja vista as agressões terem atingido não apenas os jornalistas que foram escorraçados mas a toda a categoria e à população do Estado, cujo governador é filiado à sigla.
Um partido que alardeia sempre sua postura de ter sido o grande mentor político da retomada da democracia não pode ficar calado quando, na vinda de seu principal prócer permite que simples assessores determinem, e seja cumprido, que justamente o segmento de que muito se valeu, e continua se valendo, seja agredido - a imprensa.
De seu lado, faltou, pelo menos, de parte do PMDB rondoniense atenção para a imprensa local, permitindo um acesso melhor ao evento, e não podem, seus membros, tentar se esconder atrás da desculpa de que os atos tenham sido praticados por assessores do vice-presidente. O diretório regional deveria ter-se munido de pessoal competente para sua assessoria e feito com que o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, tivesse sido informado e tomado posição para evitar a situação constrangedora, para os repórteres, e troglodita, de parte daqueles que se arvoram acima do bem e do mal, literalmente agredindo jornalistas e mantendo o povo, do qual o PMDB sempre utilizou, bem à distância do evento.
Não vale a desculpa que ouvi de alguns dirigentes do PMDB local, de que não viram o que aconteceu: o partido sabia que haveria interesse dos veículos daqui para a cobertura e deveria ter-se munido de meios até para evitar que aquelas cenas acontecessem. Deveria ter feito uma ação prévia, até para evitar os destemperos de uma assessoria que só depreciou o próprio partido.
"Ah! Mas ela não estava a serviço do PMDB, mas da vice-presidência da República", poderá dizer alguém interessado em livrar a cara da responsabilidade. No entanto, o vice é filiado de alto nível do partido que um dia já lutou pela democracia mas que, atualmente, destaca-se mais por buscar acomodação de filiados em cargos diversos.
Tal postura faz com que o PMDB fique marcado pela postura constante de autêntico “papagaio de pirata” da política nacional, sem conseguir projetar qualquer nome capaz de atrair efetivamente o eleitorado, mas emprestando a legenda para que outro partido elegesse seu candidato a presidente. Conturbado por uma sequência enorme de denúncias de atos de corrupção, o PMDB nacional está muito distante do que já foi em outros tempos, em termos de confiabilidade e de respeito que impunha um nome como Ulysses Guimarães que sabia defender os interesses nacionais e respeitar a imprensa que tornou-se parceira das bandeiras defendidas pelo partido.
Para os colegas agredidos, minha solidariedade e a cobrança, ao diretório regional do PMDB que tenha a coragem de vir a público e, não serve muito mas ajuda a melhorar a auto-estiuma dos atingidos, pedir desculpas públicas.
Finalizo lembrando os versos que abrem dizendo que "Um dia vieram e levaram os judeus, mas eu não sou judeu e não tenho nada com isso....". Creio que todos aqueles que pretendem um país efetivamente democrático, em que cidadãos pagos com dinheiro público não se transformem em impedidores da ação daqueles que só querem cumprir sua obrigação profissional, terão um voto de repúdio ao que ocorreu e espram, do PMDB mais do que o silêncio.
Fonte:Lúcio Albuquerque jlucioalbuquerque@gmail.com
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