Segunda-feira, 10 de maio de 2021 - 21h00
Vai começar o futebol, pois é, com muita garra e emoção. São onze de cá, onze de lá. E o bate bola do meu coração. É a bola, é a bola e o gol! Numa jogada emocionante. O nosso time venceu por um a zero. E a torcida vibrou. Vamos lembrar. A velha história desse esporte. Começou na Inglaterra. E foi parar no Japão. Habilidade, tiro cruzado, mete a cabeça, toca de lado, não vale é pegar com a mão. E o mundo inteiro se encantou com esta arte. Equilíbrio e malícia, sorte e azar também. Deslocamento em profundidade, pontaria na hora da conclusão. Meio-de-campo organizou. E vem zaga rebater. Bate, rebate, é de primeira. Ninguém quer tomar um gol. É coisa séria, é brincadeira. Bola vai e volta, vem brilhando no ar. E se o juiz apita errado. É que a coisa fica feia. Coitado da sua mãe. Mesmo sendo uma santa, cai na boca do povão. Pode até ter bolacha, pontapé, empurrão. Só depois de uma ducha fria, é que se aperta a mão. Ou não! Vai começar... Aos quarenta do segundo tempo. O jogo ainda é zero a zero. Tá lá um corpo estendido no chão, são os minutos finais, vai ter desconto. Mas, numa jogada genial. Aproveita o lateral, um cruzamento que veio de trás, foi quando alguém chegou, meteu a bola na gaveta. E comemorou.
A presente coluna retrata na íntegra, através do cronista esportivo Simeão Tavernard, agora transcrito por seu filho Sidney Rivero Tavernard, o amor e motivação que o futebol despertava nas décadas de hum mil novecentos e sessenta e setenta em Porto Velho. O presente texto foi transcrito sem referência cronológica, em razão dos arquivos não apresentarem detalhes sobre o dia, mês e ano em que foram publicados.
Sidney Rivero Tavernard
COMENTANDO
Simeão Tavernard (*)
O torneio Mineirão teve seu início no sábado passado. Ypiranga e Cruzeiro mediram forças em busca dos dois pontinhos. Este encontro teve de tudo. Avalanche de tentos. Palhaçada. Arbitragem truncada. Erro técnico, enfim, uma série de coisas. Nada menos de 7 tentos, foram consignados. O Cruzeiro venceu por 4 X 3 depois de estár perdendo por 3 X 1. O jogador Bebe, achou de dar “show”. Marcou três gols e saía em direção aos dirigentes do Cruzeiro, para fazer gestos graciosos. A direção técnica do Ypiranga achou de mexer no time que estava vencendo e jogando certinho. O resultado foi que transformaram uma vitória em derrota. Para completar, Nascimento não esteve feliz na sua mediação. Cometeu muitas falhas. A principal foi a não expulsão do atacante Bebe, quando sentou em cima da bola em pleno jogo. A atitude do jogador foi desrespeitosa ao adversário. Campo de futebol não é picadeiro de circo.
A partida agradou no que diz respeito aos imprevistos. Ninguém julgava que o Ypiranga perdesse o jogo. Há muito que não desopilava o fígado com tantas e boas gargalhadas. Tirando estes fatos pitorescos o Ypiranga deveria ter vencido o encontro. Começou jogando fino. Não teve dificuldades em marcar três belos tentos. Depois a sua direção técnica achou de mudar o padrão tático e também alguns jogadores. O resultado levou o campeão do ano passado à derrota. Foi uma pena.
O Cruzeiro muito embora vencesse a partida, não agradou. Jogou sem entrosamento. Veio a melhorar quando foi humilhado, reagiu transformou-se, chegando ao triunfo. O que valeu por um espetáculo à parte foi o golaço do ponteiro Wilibaldo. Até o presente momento o guardião azulino está procurando por onde a bola passou. A sua vitória pode ser considerada de Vitória Moral.
O juiz Nascimento falhou e muito. Deveria ter mais pulso. Principalmente para aqueles que não sabem se comportar em campo. Caso contrário suas arbitragens terão consequências desfavoráveis.
Piada do garoto. Sabia que o Presidente Alfredo Silva é ótimo navegador.
Porque menino? Não vê que ele não “pereceu” nas marolas havidas. Cuidado menino!
(*) Simeão Tavernard foi goleiro do Paissandu em Belém e jogou pela seleção paraense na década de 1940. Veio para Porto Velho em 1948, no auge do futebol e além de jogar foi também policial e jornalista do jornal Alto Madeira
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