Quinta-feira, 26 de abril de 2012 - 05h14
Lúcio Albuquerque
Repórter e Membro da Academia de Letras de Rondônia e da Academia Guajaramirense de Letras
Seu Benu (*), para quem não sabe, é um cidadão, como ele mesmo se explica, “mais perto do primeiro centenário do que 99,9999999% da população mundial”. Toda essa esnobação só porque em fevereiro do ano que vem, como ele faz questão de explicar olhando-nos de cima para baixo, apesar da baixa estatura aí por volta de 1,70, se muito, porque no segundo mês de 2013 “vou bater martelo no meu primeiro centenário”.
Ele nasceu em 1913 em Itacoatiara, a segunda maior cidade amazonense e que ele faz questão de continuar chamando de “Velha Serpa”, como seus pais diziam, e durante a juventude viajou muito no trecho de Manaus a Porto Velho, entre as décadas de 1935 e 1950.
“Encostado nos cem”, mas sempre “muito ligado no que ocorre por aí”, entre um e outro gole de bom vinho ou uma boa pratada de peixe, preferencialmente cozido, com farinha d’água e pimenta, seguido de um cafezinho quente.
E para confirmar que “fica ligado”, ele está sempre monitorando o que a imprensa diz ou escreve, não perdoando “nem o de casa”, uma clara referência a mim mesmo que, como todo ser vivente, também erro.
De vez em quando Seu Benu tira umas férias, um autêntico paradoxo porque aposentado já está de férias ad-referendum. Mas seu amigo Paulo Saldanha, lá da margem do Rio Mamoré, em Guajará-Mirim, reclamou tanto que Seu Benu decidiu “voltar à ativa mesmo sendo aposentado”.
Ele diz que “estatuto do idoso” é para a juventude da terceira idade. “Meu negócio é viver e aproveitar cada novo dia, sempre lendo e fazendo palavra cruzada”. De quebra, sem descurar da observância do que jornalistas de todos os matizes falam ou escrevem, “até de você que não gosta de ser chamado de jornalista”, ele aponta o dedo em minha direção.
“E não é só daqui não”, lembra, mostrando a coleção onde há um espaço especial para as “mancadas” da chamada “grande imprensa”, tudo catalogado e, como não tem mesmo no que gastar, comprou agora um programa que o ajuda a selecionar por assunto e autoria do que ele acha que está mal colocado. Ele só não gosta mesmo é de noticiário político: “Eu tenho mais o que fazer”, reclama.
Portanto, preparem-se, o ferino Seu Benu, que tem muitos fãs por aqui, está de volta, ainda mais porque estou lançando um site, o culturarondoniense.com.br (que está em fase de montagem), e aí é que ele se escalou para ter “um bom lugar, mas só aceito participar sem censura”, exigiu o ex-ponta-esquerda reserva do time dos coroinhas da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, na “Velha Serpa”.
Quem sou eu para dizer o contrário?
Lúcio Albuquerque.
(*) Seu Benu existe mesmo: é tio-pai de criação da dona Fátima e pessoa que conheço desde quando eu tinha 6 anos, lá no Beco do Macedo, em Manaus.
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