Sábado, 28 de dezembro de 2019 - 09h05
Menos 365 dias na vida de cada um de nós. Dessa maneira, com certeza, pode ser visto este ano de 2019 que está terminando, e para quem tem projetos definidos para 2021, um recado: tenha mais paciência, porque 2020 é ano bissexto, exato, aquele que tem um dia a mais em fevereiro.
Mas, deixando de lado aquela sensação de que a única coisa certa que temos, irremediavelmente, imutável, por isso a primeira frase desse comentário, os próximos 366 dias que teremos pela frente terão renovadas muitas promessas que fizemos para 2019, eu, pelo menos, tenho meia dúzia delas, e as manteremos para a partir da próxima quarta-feira – tipo aquelas de “começar a fazer exercícios a partir da próxima segunda-feira”, e sempre adiar para a próxima.
2019, em meu entendimento, não foi assim bom no todo (afinal, qual o ano que é bom para todos?), como para os que conseguiram se eleger em 2018, até porque alguns conseguiram sem manter nos galhos onde se encastelaram há algum tempo, dentre eles os que se enquadram naquele grupo como dizem os maledicentes, “não têm currículo” mas, sim, “prontuários”.
Mas 2019 teve alguns bons destaques, por exemplo a insistência do professor Síllvio Corsino que, apesar de ter sempre que remar contra a maré conseguem apresentar resultados, como ter sido treinador de base de atletas paraolímpicos ganhadores de medalhas no Para-pan do Peru, ou a “volta por cima” que se observa estar acontecendo na Escola do Legislativo.
De outro lado quem perdeu um bocado foi a nossa cultura, com a passagem que tomaram no “expresso da meia noite” o decano da Imprensa rondoniense jornalista Euro Tourinho, os acadêmicos da Academia de Letras de Rondônia Abnael Machado de Lima, professor de tantas gerações e Cláudio Feitosa, autor de várias obras importantes inclusive do Hino da 17ª Brigada de Infantaria de Selva. Outra perda importante na cultura foi o mestre-sala Cabeleira, sem dúvida uma grande atração do nosso combalido carnaval.
Na cultura houve bons ganhos, como os benefícios para melhor realização do Arraial Flor do Maracuja, a recuperação do prédio do Relógio, agora sede da Prefeitura portovelhense e a revitalização do principal prédio religioso da capital rondoniense, a catedral do Sagrado Coração de Jesus.
Particularmente muitas coisas boas, felizmente, uma delas a oportunidade de conhecer e conviver alguns dias com um grupo de estudantes do curso de Jornalismo da Uniron, o que revirou neste velho repórter a crença de que, apesar dos fakes, ainda há vida na profissão.
HISTÓRIAS DO LÚCIO
Quem roubou as mangas da dona Júlia?
Tinha aquela do padre surdo, que era para onde iam os seminaristas em fila, deixando os outros confessores de boa audição a “contar carneirinhos”, o “ruim das oiças” tinha de enfrentar sabe-se lá quantos futuros ex-colegas.
Mas também tem outras estórias (ou seriam histórias?) envolvendo padres surdos, daqueles que, em realidade, de “moucos” não tinham nada, eram só casos de pegar os maus arrependidos.
E essa, pelo que me contaram realmente aconteceu e a fonte ouvida por mim garante que o causo foi verdadeiro, ainda à época de seminarista, quando correu a notícia de que um dos padres escalados para as confissões não ouvia nada.
Aí a fila foi grande, de o primeiro era um candidato a pároco que atualmente trabalha numa das igrejas bem concorridas de Porto Velho, e que teria contado seu “fora” durante uma conversa com fiéis.
Nosso “herói” disse que tinha a certeza que nada de mais fizera na última semana, mas de qualquer forma entrou na fila da confissão que, naquele dia, também tinha alguns fiéis leigos.
Nosso futuro padre chegou e disse que tinha se comportado bem, nem tinha tomado uma dose do vinho da missa, e aí contou:
- Ah! Eu roubei mangas da casa da dona Júlia.
O confessor pediu para que ele falasse mais alto e ele repetiu, um pouco mais, de novo, três, quatro, cinco vezes, até que o seminarista gritou: “Eu roubei mangas do quintal da dona Júlia”.
Moral da história: Dona Júlia era a próxima da fila, e tanto ela e seu grupo de oração, ficaram sabendo do “pecado” quanto no seminário até as paredes passaram a desconfiar de todos os padres “surdos”.
Inté outro dia, se Deus quiser!
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