Segunda-feira, 3 de dezembro de 2018 - 11h24
Ouço no noticiário da Pan o Fernando
Hadad discursar. Seguindo a linha do seu partido, o PT, o candidato derrotado à
Presidência da República critica tudo, cita haver problemas diversos na
estrutura do país (nisso aí, tenho de concordar, ele, como eu e qualquer
cidadão com um minimo de senso crítico, concordamos). Mas há diferenças.
Minhas filhas e meus netos têm ouvido
seguidamente de mim uma frase: ouça, analise, tenha o direito à crítica, mas
caso identifique erros, não fique só nisso. Aponte sugestões justas.
Cai a cortina, vem o segundo ato do
espetáculo, Hadad continua dizendo que há muitos erros mas não faz duas coisas
que em meu entendimento são fundamentais: incluir na lista dos responsáveis
pela situação do país os 13 anos de (des) governo petistas e, ainda admitir que
lhe falte coragem para encarar o chefe e a sub, guindada à condição de
porta-voz do chefe, daí que seu discurso não me permite vislumbrar mais
que o choro dos derrotados, mas não dos que perdem e reconhecem a derrota
partindo para a autocrítica e a coerência. O discurso de Hadad vem sendo o dos
derrotados que sempre ganharam e são incapazes de admitir o ditado "a fila
anda". Ou, como se diz no interior amazonense, "é melhor jogar uma
penca fora do que perder todo o cacho da banana".
NOVO TEATRO?
No site uol a colunista Mônica
Bergamo abriu o espaço desta segunda-feira com a informação (ou seria um balão
de ensaio??) de que "mesmo pressionado" Lula não quer deixar a
carceragem da PF curitibana e ir para prisão domiciliar. A pressão estaria
vindo dos "amigos" (será que os mesmos que disponibilizam sempre as
coisas para ele?) e de membros do PT. Segundo ela, o chefe, também conhecido
como "plantador de postes" estaria resistindo porque prefere sair
pela porta da frente. Um novo teatro para manter o chefe nas manchetes ou um
fake plantado?
FLUMINENSE
Pois é, apesar de toda a torcida
contrária, o time que voltou à Série A para poder salvar o nível da competição,
permanece nela. Interessante que há muitos analistas criticando, mas ninguém
fala que o "curintia" ficou na classificação abaixo do Flu.
Parodiando Juca Chaves ("Caixinha, obrigado"), "o futebol é o
ganha-pão da imprensa".
CLÁSSICO
De quebra, o Ceará ficou na A e
teremos ano que vem um dos maiores clássicos regionais, para superlotar o
Castelão, entre o Leão do Pici e o Vovô. Por aqui as torcidas já começam a se
arregimentar.
BOLSONARO
E o Bolsonaro de camisa, troféu e
volta olímpica com o Palmeiras, provocando críticas a ele (deem uma olhada no
que vários jornalistas ou torcedores travestidos de jornalistas?) divulgaram.
Interessante: quando o Lula botou o boné da CUT na cabeça e disse que ia mandar
o "exército do Stédile" pra rua ninguém criticou. E olhem que domingo
era uma festa.
HAJA FUTEBOL
Fico por aqui, até porque futebol não
é minha praia mesmo.
Em tempo:
A última eleição mostrou que há
uma nova modalidade de posicionamento do eleitor. Mas será que vai ficar por
aí? Que tal começar - ainda que você não tenha votado em nenhum mas isso não
importa porque eles vão decidir sua vida nos próximos quatro anos, a cobrar
deles que cumpram o prometido. Ou vamos novamente esperar mais quatro anos
reclamando mas sem coragem de exercer, realmente, a cidadania?
HISTÓRIAS DO LÚCIO
Putêncio era o nome dele
Não perguntem de quem foi a ideia nem
como alguém ideou tal "nome", mas desde pequeno, quando foi adotado
pelas minhas filhas, o cachorrinho preto, bem pequeno, feio que nem a palavra
"tô cum fome", o que ficava pior porque tinha os dois caninos
inferiores enormes e todo tempo fora da boca, era chamado assim:
"Putêncio".
Nós já tivemos muitos cães, mas o
único do qual quem nos visitou e a turma aqui de casa têm lembranças constantes
é justamente o "Putêncio", nome que já cacei em dicionários não
encontrei qualquer definição. Será que você sabe?
Brabo que só ele, apesar de eu não
conhecer qualquer pessoa que diga ter sido mordida pelo nosso herói, de vez em
quando ele aprontava, ou alguém "facilitava" para ele aprontar.
Um domingo estou sentado na área em
frente de casa e ele vem numa velocidade enorme, salta pela grade e se esconde
debaixo do carro. Dois minutos depois chega, também esbaforido, o
"cabo" Chico, nosso vizinho e dono de uma loja na rodoviária.
"Lúcio, o cachorro é seu?".
Respondo positivo e o amigo contou:
"Ele foi na loja e brigou
com a imagem dele próprio no espelho, acabou quebrando". Ta bom, pedi
desculpas, pedi para ver quanto era o prejuízo e paguei.
Uma madrugada acordei com um tumulto
na rampa de entrada da casa. Tínhamos absorvido uma cadela mista de doberman
com fila brasileiro, muito maior que o "Putêncio". Ela estava no cio
e como não dava para nenhum macho entrar no quintal o camarada resolveu fazer
as "honras da casa", mas o problema era a altura, porque quando de pé
a cabeça dele ficava abaixo das tetas dela.
Meu cunhado Antonio resolveu o
problema: colocou a cadela na rampa com a cabeça voltada para a parte baixa,
levantou o "Putêncio" e ele, mesmo pendurado, aproveitou. Bom, não
sei se nasceram filhotes, porque uma semana depois demos a cadela para um
morador de Ji-Paraná, mas pelo menos o "Putêncio" pôde ter uma noite
inteira para "descarregar o óleo".
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