Sábado, 15 de janeiro de 2011 - 11h05
Leia, no pé da coluna, o comentário Tragédia Anunciada.
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Por que a Prefeitura porto-velhense não copia a de Cacoal que estabeleceu áreas próprias de estacionamento para motocicletas?
PERDAS
Três perdas importantes para a história de Rondônia nestes 15 dias finais do primeiro mês de 2011: Dia 19, em 1958, faleceu o patrono do Estado, marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e, no mesmo dia, só que em 1987, foi a vez do último governador do Território e primeiro do Estado Jorge Teixeira de Oliveira; em 2009, dia 17, faleceu o historiador, professor e muitas outras coisas mais Esron Penha de Menezes.
BODAS DE PRATA
A Academia de Letras de Rondônia manterá em todos seus eventos este ano a logomarca relativa ao 25º aniversário de fundação da entidade, cuja data é 10 de junho. O primeiro evento será o sarau, dia 29.
COMO ESTOU DIRIGINDO?
A pergunta, para permitir que o cidadão comunique irregularidade do condutor, tem uma finalidade boa, mas sabe lá quem está apagando números do telefone respectivo. Aparece o 0800 mas aí ficam apagados alguns números, o que se observa em veículos diversos.
Será que só o cidadão é que vê isso e não os responsáveis pelas frotas?
EXPECTATIVA
É grande a expectativa dos guajaramirenses em que dessa vez o Governo realmente recupere o museu da Madeira-Mamoré, caindo aos pedaços há algum tempo. O secretário estadual do Turismo, jornalista Júlio Olivar, esteve no local na segunda-feira e gerou, conforme membros daquela comunidade, muita esperança de que agora a coisa ande.
FALAR EM ANDAR...
A prefeitura de Cacoal está devendo: buracos, lama, matagal e sujeira nas ruas. Visitantes estão comparando e quase mais de dois anos depois da nova administração entrar a coisa parece estar desandando. Quem anda por lá, inclusive moradores que disseram terem votado no atual prefeito, reclama muito.
DATAS DE RONDÔNIA
(15 a 17 de janeiro)
Dia 15 – Em 1873 – O imperador D. Pedro II assina o decreto 5.024 abrindo a todas as nações o tráfego pelo Rio Madeira (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé)
Dia 15 – Em 1942 – O 2º tenente reformado da Marinha Emiliano de Melo Sampaio instala em Porto Velho a Agência da Capitania dos Portos, à Rua Barão do Rio Branco 534 (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
15 – 1949 – O governador Joaquim de Araújo Lima inaugura o prédio do Relógio para ser a superintendência da ferrovia Madeira-Mamoré (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé)
Dia 17 – Em 2009 – Falece em Porto Velho, aos 94 anos, Esron Penha de Menezes, principal fonte viva de pesquisa da História de Rondônia, selecionador da primeira turma de soldados da Guarda Territorial (atual Polícia Militar), professor, jornalista, primeiro comandante do Corpo de Bombeiros, há quase 70 anos membro da Loja Maçônica União e Perseverança e fundador da Academia de Letras de Rondônia (Site gentedeopiniao.com.br)
TRAGÉDIA ANUNCIADA
O que está acontecendo no Rio de Janeiro, com dosagem menor, mas não menos desastrosa, conforme o noticiário, em São Paulo, é apenas o que se poderia chamar de “tragédia anunciada”: há muitos anos a mesma cena, nesse período, vem acontecendo sem qualquer ação real dos governos (federal, estaduais e municipais), afora sobrevôos, “ora veja”, e outras manifestações do gênero, sempre com promessas de que serão tomadas “as devidas providências” – e talvez a única real seja a mobilização popular para ajudar na tentativa de mitigação da dor e do desastre.
No final, quando a coisa secar, a chuvarada deixar de cair, voltará tudo ao que era antes: novas invasões em áreas consideradas de risco; descarte de todas as sugestões dos que entendem do assunto, os técnicos; o mesmo cenário que agora retorna ao morro da Bumba, em Niterói, devastado ano passado e já apresentando os mesmos problemas que levaram àquela situação.
No contexto, um segmento que nunca deixa de lado é aquele a quem o governo sempre desrespeita: a sociedade. Sabedores de que a sociedade sempre se sensibiliza com a dor alheia, incentivada até por programas de TV cujos âncoras e emissoras deveriam também mostrar publicamente o que e quanto estão contribuindo, afora falar e explorar o fato para encher a grade da programação, inicia-se a romaria de todos os anos, que antes era só para socorrer os flagelados da seca nordestina mas que, agora, direciona-se aos flagelados da irresponsabilidade político-administrativa em cidades de dois dos mais ricos estados brasileiros, São Paulo (cujos naturais gostam de esnobar alegando que é o Estado que sustenta o Brasil) e Rio de Janeiro.
Uma situação, em muito menor escala, felizmente, que acontece há muito tempo aqui em Rondônia, em Guajará-Mirim, em Ji-Paraná e em Porto Velho: os rios sobem, alagam as áreas chamadas “de risco”, famílias ficam dentro d´água e aí começa o drama de todos os anos: gente alegando que “perdeu tudo”, locais públicos transformados em abrigos, dinheiro público sendo direcionado para atender aos atingidos e a sociedade sendo chamada para doar aos desabrigados.
Em 1978 a senhora Gilsa Guedes, esposa do governador Humberto da Silva Guedes, com o Ramal São Domingos, área na região do bairro do Triângulo onde todos os anos há alagação, retirou os moradores e os colocou no que a seguir transformou-se no bairro Pedacinho de Chão. Na época políticos do então MDB criticaram duramente a retirada, alegando coisas bizarras, na realidade uma reação meramente política, porque não ofereciam soluções. A grande maioria dos alagados de então voltaram para o mesmo local, de onde o prefeito Roberto Sobrinho conseguiu retirar até agora, para os apartamentos da estrada de Santo Antonio, pouco mais de 50 famílias.
Dizer que já vimos esse filme antes pode até parecer desrespeito ao desespero dos que estão sendo duramente atingidos pelo problema. Mas acusar, como fez o prefeito paulistano, a natureza, é também fugir da realidade e tentar transferir, ao imponderável, a falta de coragem de tratar administrativamente (e sem injunção política) a questão. A chuva é previsível, assim como são previsíveis os desabamentos, lá, e as alagações, cá.
A natureza não tem culpa pela falta de educação dos que atiram em qualquer canto o que lhes parece lixo, ou os que ocupam áreas sabidamente impróprias para construções, causando todos os tipos de entraves a que a própria natureza siga seu fluxo normal. Também a natureza não tem culpa da falta de coragem político-administrativa dos gestores públicos que preferem deixar de lado situações urbanas absurdas do que tomar providências mas, aí, correr o risco de perder votos na próxima eleição.
Lá e cá, em escalas logicamente diferentes, a questão é sempre a mesma e a natureza apenas cumpre seu ciclo.
Inté outro dia, se Deus quiser
Fonte:Lúcio Albuquerque jlucioalbuquerque@gmail.com
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