Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Lucio Albuquerque

Um Natal bem diferente


 
Lúcio Albuquerque, repórter

Pelo que sei o principal personagem desta minha história de Natal já nem mora mais aqui. Há uns oito anos que sumiu do meu radar. Mas aconteceu na noite de natal de 1979, quando o ALTO MADEIRA funcionava em frente à Praça Jonathas Pedroza.

Antes de continuar, uma explicação: já passei natal de muitos jeitos, inclusive fazendo matéria sobre como era a “noite de natal” num Pronto Socorro, atolado na BR-364, numa lancha amarrada numa árvore para que o temporal não a afundasse, por aí. Nesse caso foi dessa maneira:

A família tinha ido passar o final de ano em Manaus e eu fiquei por aqui, trabalhando. Tinha uns convites para “passar o natal” em casa de alguns conhecidos, mas optei por tomar um lanche e, depois, levar um lanche para o “Seu” Boy, nosso impressor e seu auxiliar do qual já não lembro mais o nome.

Cheguei lá por volta das 23, bati papo com os dois, o “Seu” Boy disse que já ia acabar, acabou, lancharam, ele fechou a porta do jornal e foram os dois embora. Eu fiquei sentado na praça e quando começaram os fogos resolvi dar uma volta pela cidade. Entrei no carro e acessei a Sete de Setembro lá pela Farqhuar.

A sorte é que eu ia, creio, que a uns 30 por hora, quando vi um cara saltar na frente do carro, gesticulando, gritando e pensei que era um bêbado. Já ia desviar pensando ser um bêbado, quando vi uma mulher perto dele, segurando uma barriga enorme. Parei.

“Me ajude. Minha mulher tá tendo o menino. Eu preciso chegar na casa da tia dela que é parteira”. Botei os dois no carro e fomos no rumo do Bairro Santa Bárbara, num lamaçal de fazer inveja ao que era, então, a BR-364.

A tia parteira estava festejando o Natal. Os dois desceram, eu ainda comi um pedaço de bolo e ia saindo quando uma mulher, que depois soube ser a mãe (agora avó) da grávida. “Fique. Vamos festejar. Meu neto nasceu graças ao senhor”. Agradeci, mas como não sou afeito a homenagens, fui embora.

Dias depois o pai me procurou no jornal. Contou que o garoto estava bem e que o nome seria Lúcio – não me convidou para padrinho porque já haviam decidido por um parente. Depois, durante muitos anos, sempre nos encontrávamos. Até que sumiram, os pais, a criança.

Bem, um Bom Natal para todos! E um grande 2017 de muitas realizações!!!!!!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (II)

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (II)

Conheci o Teixeirão (de 1979 a 2005 governador de Rondônia) no final da década de 1960, em Manaus. Nunca fomos o que se pode chamar de amigos. Quando

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (I)

Há 37 anos morria o homem-lenda da Amazônia (I)

A 28 de fevereiro de 1987 o homem que virou lenda na Amazônia foi para o Valhalla. Se Getúlio Vargas escreveu que saía da vida para entrar na históri

Já deu na imprensa, mas... (É bom ver de novo)

Já deu na imprensa, mas... (É bom ver de novo)

O desabamento de fachadas de prédios no domingo, em Porto Velho, pode ser um aviso para possibilidades de eventos similares ocorrerem na “cidade vel

O DIA NA HISTÓRIA 6 de janeiro de 2024 – BOM DIA!

O DIA NA HISTÓRIA 6 de janeiro de 2024 – BOM DIA!

RONDÔNIA1918 – O tabelião José Vieira de Souza registrou os oito novos oficiais da Guarda Nacional em Porto Velho: um coronel, um major, quatro capitã

Gente de Opinião Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)