Segunda-feira, 16 de julho de 2018 - 16h45
Dezesseis de julho. Uma data para o futebol chorar, porque em 1950 o Brasil perdia para o Uruguai a Copa cuja final foi disputada no Maracanã. Para o rondoniense, mais especificamente para a Educação, a Política, a Cultura neste Estado, uma data importante para lembrar: Há um século a 16 de julho, nascia em Belém do Pará Marise Magalhães, que depois acresceria o nome Castiel, e se tornaria a seguir na grande referência da presença feminina no Estado que ela ajudou a construir.
Em 1976, quando vim aqui para ficar apenas um tempo, o jornalista e advogado Rochilmer Rocha estava lançando um jornal (A Tribuna) e encarregou-me de, no primeiro número e daí em diante, construir textos sobre fatos e personalidades da História local – um dos alvos a professora Marise Castiel.
Como sempre faço quando vou entrevistar alguém, procurei informações sobre quem era e o que representava para o Território aquela senhora. “Foi a primeira diretora do “Carmela Dutra”, disseram uns; “Tem envolvimento político partidário” ouvi de outros; “É uma liderança não só na Educação”, acrescentaram; “É muito envolvida com cultura, a música e o carnaval”, ampliaram. “Ela é uma referência importante no Território”, alguém falou.
Não sou de “tietar” ninguém, mas a partir daquela primeira entrevista – fiz algumas mais com a importante participação do jornalista Zé Carlos Sá e aos poucos fui passando para o lado daqueles que a respeitavam, e ainda respeitam.
Uma lembrança do ativismo político de Marise Castiel foi ter sido ela a primeira mulher a ser eleita para a Câmara portovelhense, em 1976 e, depois, quando houve a tentativa na Constituinte de 1989 de interiorizar a capital do Estado recém criado, Marise outra vez se apresentou como líder, levando dezenas de moradores da capital para a mobilização que pressionou os deputados a não aprovarem a ideia.
Há alguns anos houve uma mobilização para mudar de “Carmela Dutra” para “Marise Castiel” o nome do colégio onde Marise foi professora, diretora e sempre lembrada pelo muito que fez. Lamentavelmente, talvez pela inveja sentida em relação à importância do nome dela, deputados arquivaram a proposta. Ela é patrona hoje de uma escola infantil do governo.
Numa das primeiras reuniões da Academia de Letras de Rondônia, onde Marise Castiel é patrona de uma das Cadeiras, propus que a ACLER realizasse uma sessão solene para marcar a data deste 16 de julho, mas sob alegação de estar ainda de luto pelo falecimento do esposo sua filha, a acadêmica Sandra Castiel, agradeceu mas pediu que a solenidade não fosse realizada.
Nome maiúsculo na História rondoniense, quando atuou não só na Educação mas também em campos diversos da política, da administração pública e da cultura, presto minha homenagem àquela senhora nascida no Pará mas a quem Rondônia deve tributos grandes.
Considere-se dito!
DATAS DE RONDÔNIA
Julho
16 – 1918 – Nasce em Belém (PA) Marise Barata Magalhães Costa, que em
1945 já professora normalista, mudou-se para Porto Velho e se destacou
na Educação, na política e na cultura. Após o casamento ela adotou o
sobrenome do marido, “Castiel” e entrou na história de Rondônia como
Marise Castiel. (Sandra Castiel, “Professora Marise Castiel e Rondônia:
Educação, Cultura e Política)
Dia 16 – 1972 – O Incra implanta o projeto Gy-Paraná - região de Cacoal (26)
Dia
16 – 1983 – Com 246 artigos, é aprovada a primeira Constituição do
Estado de Rondônia, pela Assembléia Estadual Constituinte (Lúcio
Albuquerque, “Assembleia Legisltiva – 20 Anos da Nossa História”)
Dia
17 – 1947 – A senhorita Carolina Figueiredo torna-se a primeira mulher a
pilotar um avião saindo de Porto Velho, numa viagem até Guajará-Mirim
(Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho)
17 –
1948 – O seringalista Joaquim Pereira da Rocha envia ao deputado
federal Aluízio Ferreira, com pedido de análise laboratorial, de
amostras de uma terra preta recolhida em sua propriedade. Os testes
confirmaram alto teor de cassiterita (Vitor Hugo, Cinquenta Anos do
Território Federal do Guaporé)
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