Quinta-feira, 22 de novembro de 2012 - 17h09
Lúcio Albuquerque
Em 118 edições, a Festa do Senhor do Divino Espírito Santo tem suas místicas, personagens e conceitos. Alguns deles: DOM REY Falar da Festa do Divino e não destacar a importância do religioso franco- brasileiro dom Francisco Xavier Rey, que foi bispo de Guajará-Mirim e todo o vale do rio Guaporé, é deixar de lado uma parte importante da história da região e do evento.
Na década de 30 do século passado foi graças a dom Rey que a Festa se afirmou e ganhou a estrutura mantida até agora, com poucas variações. Na época a celebração resumia-se às vilas de Ilha das Flores, Rolim de Moura do Guaporé e Pedras Negras. Dom Rey criou um estatuto que normatizou comportamentos e como a Festa seria realizada em cada localidade - sendo expandida até chegar agora a oito cidades, de Surpresa até Pimenteiras, e entrando pelo rio Paraguá até Piso Firme (Bolívia), num total aproximado de 800 quilômetros de percurso fluvial - ida e volta - a partir de Guajará- Mirim.
Para Walter Bártolo (Vídeo do programa CLOSE, AQUI), fiel do Divino há 40 anos, a alma de dom Rey paira sobre o vale, "trazendo as bênçãos do Espírito Santo que aqui é médico, advogado, o remédio capaz de curar o guaporeano, um povo que precisa de mais atenção".
Qualquer romeiro da Festa do Divino, especialmente os mais antigos, e é muito fácil encontrar quem tenha mais de 40 anos de caminhada, é capaz de dar um testemunho sobre alguma passagem de dom Rey, quando ele construiu um internato em Guajará-Mirim, para formar professoras, jovens nascidas na região e por isso mais fácil de se adaptarem do que outras vindas de fora. A figura de dom Rey é tão forte que a Irmandade do Espírito Santo não permite que os Símbolos do Divino saiam do Guaporé, mas na virada do milênio Guajará-Mirim teve um dia especial, quando os Símbolos foram levados até lá para uma visita e homenagem no túmulo de dom Rey, localizado na basílica construída por sua orientação e dedicada a Nossa Senhora dos Seringueiros. Pouco antes de morrer dom Rey fez um apelo ao novo bispo guajaramirense, dom Geraldo Verdier, para que mantivesse o apoio à Festa. E isso, conforme os participantes, vêm sendo feito, sendo que agora foi indicado um assessor espiritual para a romaria, o padre Zezinho.
PERSONAGENS
A Festa tem personagens que praticamente estão associados a ela. Alguns deles: Rolim de Moura do Guaporé: "seu" Ladislau Gomes, 74 anos, fiel do Divino, 12 filhos e um só casamento. Ele já foi de tudo um pouco, de remeiro, no tempo em que tudo era feito no remo, até imperador. Pedras Negras: "seu" Ambrósio Paes de Azevedo não faz parte da Irmandade. Explica o motivo: ele tem vários casamentos, mas se classifica como um fiel autêntico, só que não pretende entrar em qualquer dos dois grupos - Irmão de Roda ou Irmão de Copo, porque considera que teria problemas de consciência. Costa Marques: os irmãos, o violonista Tiago Ribeiro (falecido) e o caixeiro Saturnino; Durante mais de 60 anos foram responsáveis pelo ritmo simples e emocionante que acompanha os romeiros. "Seu" Saturnino, 84 anos, vive em Costa Marques e passou a função ao sobrinho-neto Adão Ribeiro, 25 anos. Ainda em Costa Marques a presença de Dona Anita é um baluarte da tradição. Pimenteiras: dona Alice Paes Serrati, natural de Pedras Negras e que já exerceu o papel feminino mais importante da Festa, o de Imperatriz. "Uma emoção que nunca mais vou esquecer", conta ela, do alto de seus 67 anos e quase 50 sem perder uma romaria. Porto Velho: jornalista, escritor, funcionário público, o guaporeano Matias Mendes é autêntico embaixador da região e, especialmente, da Festa. Outro personagem é Walter Bártolo, certamente a figura mais festejada pelos guaporeanos e uma espécie de padrinho dos festejos.
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