Quarta-feira, 19 de novembro de 2008 - 10h04
Em cumprimento ao cronograma de revezamento das tropas brasileiras em missão no Haiti, desembarcaram esta semana em Manaus alguns dos militares que cumpriram o tempo regulamentar de permanência naquela república centro-americana, entre os quais um velho conhecido nosso aqui nas paragens rondonianas, o Coronel José de Castro Gama, pára-quedista do Exército com brilhante folha de serviços prestados à Amazônia, inclusive o exercício do comando do 6º Batalhão de Infantaria de Selva sediado em Guajará-Mirim.
Coronel Gama é, sem favor algum, um dos mais ilustres oficiais da ativa do Exército e um candidato ao generalato quase certo, considerando seus méritos e suas qualificações. A missão cumprida no Haiti por certo conferiu ao seu currículo a experiência internacional que faltava ao seu perfil de oficial com manifesta vocação para a diplomacia, conforme escrevemos alguns anos atrás a respeito do excelente trabalho por ele desempenhado na fronteira com a Bolívia. De perfil conciliador, a missão de paz no Haiti certamente caiu como uma luva para o oficial carioca, isto para não dizer aller comme um gant, conforme se diz no idioma mais corrente no Haiti, o francês, com perdão dos monoglotas ressentidos.
Ao deixar o comando do 6º BIS, em Guajará-Mirim, em janeiro de 2003, o Coronel Gama foi transferido para uma unidade do Rio de Janeiro e posteriormente assumiu a chefia do Estado-Maior da Brigada de Operações Especiais sediada
Oficial de perfil dinâmico, Coronel Gama, quando comandou o 6º BIS, reuniu à sua volta uma plêiade de brilhantes oficiais intermediários e desenvolveu projetos ousados na área cultural, inclusive promovendo um Seminário de História sobre os Fortes do Guaporé, realizado na sede do Pelotão do Forte do Príncipe da Beira. Durante o seu comando, em colaboração com o atual Capitão Cristiano Ghisio, desenvolvemos os trabalhos de demarcação e mapeamento do sítio histórico denominado Labirinto da Baía Redonda e recebemos lá no Forte do Príncipe a comitiva portuguesa integrada por alguns descendentes de Luiz Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, o Governador da Capitania do Mato Grosso na época da construção da histórica fortaleza localizada no Guaporé. O Coronel José de Castro Gama, a exemplo do Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra, imprimiu a sua marca de grande militar nas barrancas fronteiriças do rio Guaporé com muito trabalho e lições de patriotismo.
Fonte: Matias Mendes/Gentedeopinião
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