Segunda-feira, 11 de novembro de 2013 - 09h50
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Imagine o uso de insetos por médicos legistas na elucidação de crimes. A chamada Entomologia Forense é uma das que mais avançam na Amazônia Brasileira, facilitando a peritos criminais determinarem o tempo entre a morte de uma pessoa e a descoberta do corpo (intervalo pós-morte), saber se o corpo foi removido ou se houve uso de veneno e de drogas.
Na tela do Amazônias você vê logomarcas que lhe abrem as portas para o conhecimento das mais recentes novidades científicas na Amazônia. Experimente acompanhar o noticiário das agências de notícias do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, com sede em Manaus (AM), do Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém (PA), e do Museu da Amazônia, em Manaus. Você nunca mais dirá: “Não sei”.
Com apoio ministerial e da empresa chinesa Huawei, que doou parte dos equipamentos ao governo brasileiro, o Inpa e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa lançaram recentemente o projeto piloto Centro de Dados Compartilhados (CDC), estimando dar início às suas operações em 2014.
O CDC será um serviço de computação em nuvem para a comunidade acadêmica, “mais flexível e seguro do que os oferecidos por empresas estrangeiras”, assinala a assessoria de imprensa do instituto. Trabalhará nesta primeira fase com a capacidade limitada de aproximadamente um terço de dois petabytes, com o intuito de possibilitar a experimentação da plataforma.
Na segunda edição de 2013 do Boletim de Ciências do Museu Goeldi, os pesquisadores LeandroFerreira, Maria de Nazaré Bastos e Denise Cunha (MPEG), além de João Ubiratan Santos (UFRA), apresentam a primeira ocorrência de uma espécie de planta carnívora, a Drosera cayennensis, em campinas do Baixo Tocantins (Pará). Há somente sete registros da espécie no estado.
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Animais de sangue frio, entre os quais o sapo, são exemplos da relação conturbada entre animais ectotermos e o homem /Foto VANESSA GAMA, Musa, 2013 |
Mídia como universo e a Antropologia em sua capacidade analítico-interpretativa podem caminhar juntas e se complementar na revelação de uma parte do mundo, demonstrou a jornalista Jimena Felipe Beltrão no início de novembro no Goeldi. Para essa PhD, em Ciências Sociais e também analista em ciência e tecnologia, “estudar gente está diretamente relacionado com as possibilidades dos processos comunicativos e enxergar pessoas no ambiente midiático pode ser uma empreitada científica de fôlego e reveladora de estruturas de poder arraigado e de credibilidades forçosas”.
Já no Musa, em Manaus, se destacam duas experiências com a tecnologia a serviço da identidade cultural e do conhecimento local em comunidades tradicionais na Amazônia. Em palestra no dia seis de novembro, o antropólogo Francisco Caminati, doutor em Sociologia na Unicamp, deu exemplos, analisou demandas, limites e desafios.
Laboratório organizado pelo Musa ajudou cerca de 60 indígenas da aldeia Wederã, na Terra Indígena Pimentel Barbosa, município de Canarana (MT), na criação de uma memória e numa educação diferenciada, na medida em que a intervenção dos pesquisadores na produção e edição dos vídeos foi a mínima possível. Os indígenas, jovens e adultos, passaram a resgatar, à sua própria maneira, histórias de vida e rituais.
Pesquisadores do projeto também capacitaram a comunidade para manutenção e montagem dos equipamentos. A opção pelo software livre foi, antes de tudo, uma questão política, pois, além da economia de recursos, permite o acesso ao conhecimento sobre o funcionamento da tecnologia.
Pronto, se você leu até aqui e se interessa pelas conquistas científicas na Amazônia Brasileira, a partir de agora poderá acessá-las diretamente nos sites do Museu Goeldi, do Inpa e do Musa.
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