Sexta-feira, 8 de maio de 2015 - 18h22
A antiguidade conheceu o fogo, a roda, alguns artefatos como a flecha, o arco, a machadinha, e de conquista em conquista, descobriu o papiro, o pergaminho, o papel, a pólvora e a imprensa. Depois, o telégrafo, o rádio, a fotografia, telefone, o cinema, a televisão, o telex e o fax, esse um como equipamento de transferência de dados e documentos, através da telefonia.
Nesse interregno, a propulsão mecânica, a eletricidade, o trem, os balões, o avião foram aproximando os homens e os mercados.
E o homem, que comia raízes e frutos, com o fogo passou a alimentar-se de carne e de peixes.
De nômade, com a experiência do plantio, ele passou a se fixar mais, principalmente próximo de rios e baías ou lagos, pois o momento entre a semeadura e a colheita levava alguns meses. Nesse aprendizado descobriu o arado manual. Com a domesticação dos bois, o arado passou a contar com a força desses animais.
Mas, para mim o machado de pedra, uma invenção pré-histórica, foi determinante para a derivação de novas descobertas. Logo ela, que nasceu do martelo foi evoluindo até que se modificou em arma de guerra; do seu DNA o serrote foi concebido e muito anos depois, foi transformado na motosserra.
Assim, uma idéia se metamoforseia em exuberantes novas idéias e a criatividade humana concebe novas invenções.
Na antiguidade o homem valia-se das paredes de pedra para arquivar suas memórias, como manifestação de seus registros. Em folhas de palmeiras eram inseridos dados, na Índia; ossos de baleia e dentes de foca foram utilizados pelos esquimós como mensagens de sua história. Na China, porém, a evolução da escrita passou pelo uso das conchas, cascos de tartarugas, bambu e seda. Sabe-se que o barro e as cascas das árvores foram instrumentos para gravar um pedaço de informação cultural de povos, que buscavam evoluir.
Até que o homem descobriu o papiro e o pergaminho. O papiro em 3500 a.C os egípcios já o conheciam, com seu preparo a partir de uma planta extraída do rio Nilo. O pergaminho advinha das peles de animais (ovelhas e vacas, por exemplo).
Os chineses, partir do século VI a.C, produziram o papel como o conhecemos hoje, com múltiplos usos, mas principalmente para a escrita e para a pintura.
Com as viagens, os árabes (seriam os fenícios?) conheceram o papel e o seu uso foi dinamizado ensejando a implantação de diversas fábricas para a sua produção, expandindo-as por toda a costa Norte da África, chegando à Península Ibérica.
Até que as árvores passaram a ser pesquisadas como alternativa à fabricação do papel e a celulose, descoberta assim uma pasta adequada a sua produção, desencadeando uma virtuosa atividade, a partir da transformação, cabendo principalmente ao pinheiro e ao eucalipto o seu uso industrial. Porém, sabe-se que há outras essências a serem utilizadas...
O eucalipto, por exemplo, surgindo, passou a ser a grande novidade, tornando-se economicamente falando a mais viável, entre as demais porque o crescimento é mais rápido e o seu aproveitamento, portanto, mais racional.
Outra criação do gênio humano, que me comove, é a da imprensa. Estudiosos dão aos chineses, inventores do papel, o reconhecimento da criação da imprensa, escrita à mão. E ao germânico Johannes Gutenberg (c. 1400-1468) a reinvenção dela, no século XV, haja vista que, ainda de maneira artesanal, passou-se a produzir livros, sendo os primeiros a Bíblia Sagrada em 4 idiomas.
A machadinha, como invenção tem pai e mãe desconhecidos, mas o papel e a imprensa são descobertas que permitiram a evolução da humanidade, através do gênio chinês e alemão. É certo que outras invenções desembocaram noutras descobertas, mas, sem ser versado em história, fico com a machadinha, o papel e a imprensa como os mais revolucionários inventos pela multiplicidade de novas criações que foram concebidas, até que o terceiro milênio recebeu do segundo, a terceira onda – a cibernética.
Gutenberg, erroneamente considerado como o inventor da imprensa, todavia, apenas a revolucionou, modernizando a maneira como asiáticos já vinham praticando, mediante a descoberta do papel. Valendo-se do chumbo, Gutenberg criou caracteres que passaram a reproduzir letras e letras, combinando um tipo de tinta especial que pressionava os caracteres através de uma prensa de ferro.
E, assim, a humanidade evoluiu nas vertentes religiosa, social e econômica, modificando os perfis políticos, a partir de então.
Quando menino trabalhei numa gráfica, como aprendizado. Na Prelazia de Dom Rey ouvi, pela primeira vez, alguém falar nesse tal de Gutenberg, o artesão que fez a impressão da Bíblia Sagrada, em grande escala para a época, editada na Europa, em Mogúncia, cidade alemã, onde Gutenberg mantinha sua oficina, entre 1425 e 1456, quando uma tiragem de 180 unidades foi produzida.
Em face desse trabalho acabei valorizando mais o papel e a imprensa, sem submeter a segundo plano as machadinhas, símbolo da ação do homem que acabou derrubando árvores, ação deletéria, mas que são utilizadas para fazer casas que são transformadas em lares, barcos que singram os rios amazônicos, que, enfim, se transformam em papel para que reine a imprensa soberana e livre, bem como os livros que transformam, concorrendo para que a cultura possa vicejar.
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