Terça-feira, 30 de janeiro de 2018 - 18h00
RESENHA POLÍTICA
ROBSON OLIVEIRA
JÁ GANHEI - Embora o governo de Confúcio Moura (PMDB) ainda mantenha um percentual razoável de aprovação, não significa que esta aprovação seja suficiente para comemorar antecipadamente uma eventual eleição ao Senado, conforme alguns prognósticos que pululam por aí. Este cabeça-chata conhece este filme de longe, exemplo claro são as eleições de oito anos atrás quando Ksol (PP), especialista em embustes, no mesmo período para desincompatibilizar no governo, propagava que venceria as eleições e ainda elegeria de lambuja o segundo senador. Venceu, mas levou uma sova de Valdir Raupp (PMDB) que se reelegeu sendo o mais votado naquela eleição. Portanto, aos que propagam que uma vaga senatorial está no papo de Confúcio Moura sugiro o adágio: cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
TRADIÇÃO – Em geral o eleitorado rondoniense tem uma tradição de esperar até o final da campanha para definir os candidatos majoritários, em particular a capital que apronta como todos que inicialmente são favoritos. Uma tradição que vem se mantendo no decorrer do tempo e decerto nestas eleições não será diferente.
LOROTA – Há Quem especule que o senador Valdir Raupp desista de disputar a reeleição senatorial para se aventurar numa eleição para a Câmara dos Deputados como alternativa jurídica para se manter no foro privilegiado, visto que é investigado na “Lava-Jato”. Uma especulação que não passa de uma simples lorota, pois Raupp é pré-candidato ao Senado Federal e tem percorrido o estado anunciando a postulação. Se há um político profissional e conhecedor dos meios para se reinventar eis aí um exemplo. É verdade que as acusações que lhe pesam desgastam qualquer um político e afeta uma campanha, mas também é verdade que ele não está morto ou fora do páreo. Como as barbas estão no molho, o senador se mexe nos bastidores para viabilizar a reeleição. Não vai ser uma campanha fácil e isto ele sabe mais que os críticos, já que monitora o humor dos eleitores a cada dois meses. O maior problema de Raupp hoje é o fogo amigo aboletado no Palácio Vargas. Desistência é lorota!
PREDADOR – Partiu do vice-governador Daniel Pereira (PSB) a ideia do anúncio da pré-candidatura ao Senado de Jesualdo Pires, prefeito de Ji-Paraná. O vice vira titular do governo em abril – Confúcio renuncia para disputar o Senado – e prepara para viabilizar a própria reeleição com a dobradinha Confúcio-Jesualdo. Esta dobradinha é boa para os dois porque terão ao seu favor a máquina estadual com as facilidades que todos conhecem. Os emedebistas não estão nada contentes com as movimentações de Daniel Pereira nos bastidores. Um incômodo que tende a virar dor de cabeça quando Pereira assumir a faixa de governador. Quem o conhece sabe do que é capaz para alcançar os objetivos.
PRESSA – Quem está observando de longe as candidaturas majoritárias anunciadas é o ex-senador Expedito Junior (PSDB). Ora lançam ele ao Senado, ora sugerem o nome ao Governo de Rondônia. A verdade é que Junior vai procrastinar até próximo das convenções o anúncio da candidatura. Dos nomes mais aventados aos cargos majoritários é o único que não tem mandato e nem desavenças partidárias para resolver. Razão pela qual não tem pressa em decidir o cargo que disputará e vai aguardar os acontecimentos que devem surgir no futuro e que podem mudar de vez os rumos políticos. Quem está com pressa em sua decisão são os adversários e os compinchas dos pré-candidatos. Vão ter que aguardar, segundo relatou a coluna.
VESPEIRO – O senador e pré-candidato a governador pelo PDT, Acir Gurgacz, arrumou uma encrenca danada com um pedetista histórico de Vilhena, que reagiu contrário ao convite feito pelo senador ao ex-prefeito Melki Donadon para ingressar nas fileiras do partido e sair candidato a deputado federal. O clã Donadon administra o município e possui influência forte nos municípios do Cone Sul. De olhos nesses votos, Acir tenta atrair o chefe da família para o seu lado. Mas também há uma oposição forte aos Donadons naquela região e que se espalha para os demais municípios rondonienses pelos malfeitos que os três irmãos fizeram (Melki, Marco e Natan) ao erário desde que surgiram na seara política. Dois deles hoje (Marco e Natan) cumprem penas e estão inabilitados para a vida política por um longo tempo.
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