Terça-feira, 15 de março de 2022 - 14h04
LOROTA
Como
esta coluna havia registrado em novembro do ano passado, a especulação em torno
de uma suposta candidatura a governador de Ivo Cassol era uma lorota, em razão
dos impedimentos judiciais. O Supremo Tribunal Federal, na semana passada,
sequer aceitou reanalisar a matéria. E decidiu por maioria enviar às calendas a
petição interposta pelo PDT que mudaria a interpretação do início do
cumprimento da lei da ficha limpa. A lorota pedetista não colou e os fichas
sujas vão ficar fora das eleições de outubro. A coluna acertou mais uma
vez.
PESQUISAS
Estão
em andamento várias pesquisas sobre o pleito estadual após a confirmação de que
Cassol está fora da disputa. Independentemente do resultado que cada um dos
institutos apurar dificilmente o quadro atual permaneça imutável até as
convenções, quando todos os candidatos a governador e senador tenham os nomes
confirmados. Portanto, para quem entende o mínimo de pesquisa, o dado mais
consistente a ser interpretado é aquele que não aparece nos percentuais dos
candidatos pesquisados, mas é o que indica o humor do eleitor e sua disposição
de mudar de opinião na medida que a disputa afunilar. O que tradicionalmente
tem ocorrido na última semana da eleição.
REVOADA
Depois
que os governistas avançaram vorazmente sobre outras agremiações partidárias e
começaram a reunir um número consistente de adesões, momento que assustou o que
ainda existe de oposição, eis que nem todos os que aderiram abruptamente as
benesses oficial fizeram bom negócio. A oposição voltou a conversar e percebeu
que a “tratoragem” inicialmente inaugurada com o apoio do prefeito da capital
ao governador seria imbatível. Não é. As fissuras das adesões ainda vão ser
reveladas com as convenções quando muitas promessas hoje acertadas não sejam
cumpridas.
PIRATARIA
O
problema dos governistas é que são apoios que mudam conforme as correntezas.
Bastará a divulgação de uma simples pesquisa com um mínimo de credibilidade
revelando que o “Titanic” governamental corre risco de submergir para que os
náufragos mais experientes pulem do barco antes que se afoguem. Embora neste
momento o executivo estadual tenha escalado como navegador o Chefe da Casa
Civil que navega com mais competência do que opositores e embarcando em sua nau
de bons marujos a piratas.
ISOLADO
O presidente
regional do MDB, deputado federal Lúcio Mosquini, está na iminência de ficar
isolado em uma nominata minimamente consistente que garanta a ele mais um
mandato. O deputado tem se esmerado para garantir do velho MDB apoio ao
governador em troca de nomes para sua nominata. Sobrou para o MDB a sugestão
governamental da filiação de Garçon.
COMBINAÇÃO
Inicialmente
as tratativas avançaram, mas na medida que outros acordos de legendas mais
interessantes ao projeto do governo foram surgindo o MDB foi sendo escanteado.
Mosquini fez as contas e percebeu que a filiação de Lindomar Garçon ao MDB
acrescentaria muito pouco aos cálculos que faz para alcançar o quociente
eleitoral e, assim, colocar em risco a reeleição. Já há quem sugira no emedebe
que o deputado se aventure numa candidatura majoritária ao Senado Federal.
Falta agora combinar com os “Russos”, já que as combinações locais estão dando
errado.
CANDIDATURA
Os
partidários do senador Marcos Rogério afirmam que ele deverá confirmar também a
candidatura a governo, apesar de que as candidaturas para valer serão
confirmadas somente em julho, após as convenções. O problema é que o senador
deixou que alimentassem a especulação de que seria convocado para um ministério
com a reforma que o presidente deverá fazer e com isto ficou inerte às
investidas de Marcos Rocha aos partidos. O comportamento do senador irritou
aliados e fez com que as oposições no primeiro momento sentissem o golpe. Caso
anuncie mesmo a candidatura o quadro estadual toma uma nova feição. Daí o
provérbio: eleição e mineração, só depois da apuração.
VACINAÇÃO
O
decreto estadual que afrouxa o uso das máscaras em locais fechados e libera a
exigência da vacinação é visto por especialistas como temerário. As pessoas
querem mesmo voltar ao normal e os governos se movem pelos humores eleitorais
para não afugentar os eleitores. O problema é que um novo pico da Covid com a
descoberta de mais uma nova variante (Deltacron) também pode influenciar as
urnas. O decreto deveria pelo menos ser mais rígido com a exigência do cartão
de vacinados, o que incentivaria a continuidade da vacinação, e não o
contrário.
RETROCESSO
A
investida do Congresso Nacional em mudar a legislação para conceder a
garimpagem nas terras indígenas é um retrocesso monumental às políticas
afirmativas que garantem às diversas etnias as reservas e suas riquezas sem a
ganância da exploração.
EMPULHAÇÃO
Não
passa de empulhação a sustentação de que as riquezas nas terras indígenas devem
ser exploradas de forma ordenada com uma legislação específica. Lorota.
Garimpo, seja em Rondônia, seja na África, não impede o contrabando e os
dividendos arrecadados são infinitamente menores do que os investimentos
governamentais com a esculhambação que historicamente o garimpo causa. É uma
artimanha dizer também de que os índios e os garimpeiros pobres ganham com a liberação.
As multinacionais do ouro e do diamante é que dominam o mercado e impõem aos
mais fracos suas próprias leis. Os congressistas podem até liberar a
garimpagem, mas as sanções ambientais ao país sairão mais onerosas a todos. E
nossas riquezas mais uma vez saqueadas. Aliás, as grandes mineradoras
tornaram público a contrariedade ao projeto de lei o que tornam as defesas da
lei por ai a empulhação.
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t