Quarta-feira, 13 de outubro de 2021 - 13h59
PESQUISAS
A coluna já conseguiu
acesso a pelo menos três pesquisas que mensuram o quadro político estadual para
as eleições de 22. Todas revelam um cenário desolador para os nomes mais
conhecidos da política estadual, uma vez que o número de eleitores indecisos e
que não votam nos nomes apresentados é bem maior que os percentuais obtidos
pelos pré-candidatos pesquisados. É natural que assim seja no atual cenário,
especialmente no momento de crise pela qual passamos.
INELEGÍVEL
Não precisamos ser um
gênio para intuir que a pesquisa capta o cenário momentâneo e muda de acordo
com as circunstâncias e com a aproximação do calendário eleitoral propriamente
dito. Neste momento, em todas as pesquisas que a coluna conseguiu informação, o
ex-governador Ivo Cassol (PP) aparece na dianteira. Uma dianteira nada
formidável em relação aos demais, mas o que a maioria do eleitor pesquisado
ainda não sabe é que o ex-governador está inelegível e não poderá registrar
candidatura em 22.
BARULHO
Quem conhece Cassol
sabe que barulho é com ele mesmo e vai fazer a maior algazarra durante todo o
período pré-eleitoral para que seu nome permaneça entre os prováveis
candidatos.
ESTRATÉGIA
Dizer que é candidato
de qualquer maneira é uma estratégia que ele (Cassol) optou em seguir e já
começou a colher resultados, uma vez que ao blefar com a candidatura impossível
de ser registrada evita que outras eventuais postulações avancem sobre as
agremiações partidárias, mantendo sob sua influência as possíveis formações das
federações partidárias, uma invenção legislativa para as eleições de 22 que
substituiu as coligações.
CHARLATÃO
Bobo é o dirigente
partidário que cair na esparrela da candidatura do ex-governador, pois sairá
chamuscado tanto quanto aquele cidadão que ingenuamente acreditou na cura da
Covid através da fumaça da solda elétrica aplicada por Cassol. A candidatura de
Cassol é tão verdadeira quanto a cura da Covid pela aplicação da solda
elétrica: somente ele acredita. Além dos ingênuos.
CIRCUNSTÂNCIAS
É um momento político
interessante a ser analisado, haja vista a repulsa às candidaturas de figuras
carimbadas revelando que o eleitor está aberto para novos nomes e aguardará sem
pressa o momento mais apropriado para escolher em quem descarregar os votos.
Aliás, nas últimas eleições estaduais tais circunstâncias têm definido o
resultado.
VITÓRIA DE
PIRRO
A disputa entre o
governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério pelo domínio absoluto do
Diretório Estadual do novo partido União Brasil, resultado da fusão entre PSL e
DEM, é uma bobagem monumental. O eleitor não vai votar exclusivamente em um dos
dois por razões da filiação na nova legenda. Ademais, uma legenda que, a
princípio, se autodeclara não alinhada ao presidente Jair Bolsonaro. Presidente
que tanto Rocha quanto Rogério se esmeram em agradar e defender com unhas e
dentes. Embora esta disputa vá render novos rounds entre os dois Marcos, quem
vencer no final terá uma vitória de pirro com mais potencial a causar prejuízo
do que render dividendos.
VERVE
Um cenário pesquisado
no estado chama a atenção desta coluna e que tem reflexos diretos nas eleições.
Marcos Rocha e Marcos Rogério, mesmo com percentuais acima de dez por cento,
não ultrapassaram os vinte por cento. Um dado importante e que revela muito já
que ambos duelam entre si para aparecer aos olhos do eleitor bolsonarista –
majoritário ainda em Rondônia – qual dos dois é mais Bolsonaro. Faltam-lhes
verve para arrebanhar a maior fatia de um eleitor conservador, intolerante e
sexista. Apesar de Rogério na oratória ser mais envolvente do que Rocha - visto
que o discurso do governador é de uma mediocridade incomum -, o que atrapalha o
senador é o excesso de arrogância e o exagero nas falas intermináveis, já que
adora ouvir a sonoridade da própria voz.
REFIS
A Federação das
Indústrias do Estado soltou uma nota oficial de apoio à proposta da Associação
dos Prefeitos de Rondônia para que o Executivo Estadual envie ao Legislativo um
projeto de Lei instituindo o Refis, destinado às empresas para que possam
quitar seus débitos fiscais em atraso, sem os juros escorchantes que são
acumulados. A prefeitura da capital já começou a escalonar as dívidas
municipais, o que dará ao setor produtivo e às pessoas físicas a possibilidade
de aderir ao programa de recuperação fiscal depois de dois anos de prejuízos
devido à pandemia. A coluna apurou que as Associações Comerciais também vão
declarar apoio à reivindicação dos prefeitos.
FAZENDA
Dependendo da vontade
do Secretário de Estado da Fazenda o estado lança imediatamente o Refis, após
analisado pelo legislativo estadual. O principal entrave no momento é a
conveniência política para sua adoção uma vez que há entre parlamentares
aqueles que são contra por razões que a própria razão desconhece, embora o
Refis seja um instrumento jurídico amplamente utilizado pela União, estados e
municípios. Recuperando um crédito de forma justa sem a intermediação
jurisdicional que procrastina indefinidamente uma solução.
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