Terça-feira, 25 de janeiro de 2022 - 14h32
RETORNO
Após umas boas férias
ao lado da família na minha bucólica João Pessoa, este cabeça-chata retorna com
a coluna para tentar registrar os fatos políticos estaduais e nacionais no ano
em que as disputas eleitorais prometem ser acirradas e violentas.
CENÁRIOS
No plano nacional o
ex-presidente Lula (PT) mantém a dianteira nas primeiras pesquisas divulgadas,
rivalizando com o presidente Jair Bolsonaro (PR) que tem se mantido em segundo
lugar. A terceira via tanto almejada por uma elite decadente, embora com percentuais
ainda baixos em relação aos dois primeiros, aparece o ex-juiz lava-jatista
Sérgio Moro (PODEMOS) empatado com o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT).
Na rabeira aparece o governador do PSDB de São Paulo, João Dória, que nem entre
os tucanos tem conseguido empolgar. O cenário atual revela percentuais
favoráveis para o retorno do ex-presidente petista que venceria todos os
adversários num eventual segundo turno.
MILAGRE
Mas como em eleição e
mineração é preciso aguardar a apuração, os adversários torcem para que haja
uma pedra no meio do caminho de Lula que seja capaz de impedir o seu retorno ao
palácio do planalto, apesar de que os caminhos do petista hoje de retorno à
presidência sejam muito mais planos do que dos adversários. Ao que parece os
concorrentes do ex-presidente vão precisar de um pedregulho na caminhada de
Lula para tentar mudar o atual cenário eleitoral.
GOVERNO
Já para o governo de
Rondônia nem todos os partidos definiram os seus candidatos seja em razão de
barreiras judiciais, seja em razão da viabilidade eleitoral. Léo Moraes
(PODEMOS), Marcos Rocha (União Brasil), Anselmo de Jesus (PT), Marcos Rogério
(PR), Confúcio Moura (MDB), Hildon Chaves (PSDB) e Ivo Cassol (PP) são os nomes
mais especulados. Desta relação pelo menos três deles não devem estar na
disputa motivo pelo qual qualquer pesquisa apurada no momento sirva tão somente
para verificar de que lado o vento sopra para biruta. As definições mesmo das
candidaturas vão ser procrastinadas em sua maioria até perto das convenções que
devem ocorrer entre 20 julho e cinco de agosto.
DESAFIO
O governador Marcos
Rocha, candidato natural a reeleição, terminou o ano contabilizando alguns
avanços no campo político com novas filiações ao seu partido União Brasil.
Entretanto, o maior desafio agora é defender na campanha o legado de sua
administração que, a princípio, não tem muito o que mostrar. O asfalto
executado na capital, por exemplo, por si só, não é capaz de projetar a
administração estadual uma vez que o prefeito Hildon Chaves conseguiu asfaltar
vinte vezes mais que o feito pelo DER. Estas obras dão mais visibilidade ao
governador quando executadas em municípios menores, nos mais densos, se diluem
e confundem com as ações da municipalidade. O próprio Pronto Socorro da capital,
tão festejado pelos governistas, não passou de um projeto inicialmente em
execução que não estará em funcionamento quando a disputa começar pra valer.
Quem olha as pesquisas colhidas internamente e sabe interpretá-las concluirá
que os governistas vão ter que se desdobrar para convencer o eleitor a conceder
ao atual governador mais quatro anos. Embora em política nada seja impossível.
JANELA
Sem as coligações
nestas eleições, a atual realidade conspira contra muitos pré-candidatos a
deputado federal e estadual. A legislação permite a junção destas legendas
através de uma federação, instrumento político cuja função obriga que os
partidos estejam juntos nas eleições por quatro anos consecutivos e ainda assim
por decisão dos diretório nacionais. A exceção à regra, no entanto, denominada
de janela, permite que os atuais parlamentares migrem para outra legenda sem
perder o mandato por infidelidade, entre os dias três de março e 1º de abril. A
partir daí veremos quais partidos ou federações têm mais probabilidade para
levar as vagas de deputado federal e estadual. Hoje são poucas legendas que
sozinhas na disputa têm condições de eleger bancadas.
PIADA
A simples especulação
da transferência do domicílio eleitoral do ex-ministro do Meio Ambiente,
encalacrado no STF, Ricardo Sales, de São Paulo para Rondônia e ser ungido a
candidato a candidato a senador é uma piada, e sem graça.
REFLEXOS
A proposta foi feita
por alguém (um suposto pecuarista de Ji-Paraná) sem nenhum traquejo nos
bastidores partidários e sem respaldo político que garanta ao ex-ministro do
Meio Ambiente a vaga, além de representar um acinte a um estado que sofre ainda
reflexos nas atividades econômicas por políticas equivocadas e tresloucadas de
um cidadão que sequer conhece as demandas de Rondônia. É um daqueles convites
que ninguém com o mínimo de juízo leva a sério.
HORDA
Aliás, o próprio
proponente da candidatura senatorial a Ricardo Salles almeja uma vaga na Câmara
Federal sem a garantia de que ele próprio consiga a vaga. O gado que ele representa
ao que parece não atende aos seus aboios, o que revela que o convite feito ao
ex-ministro seja mais um embuste de uma horda arrogante que surgiu nas urnas
das eleições nacionais passadas. O sujeito pode até sem um grande criador de
chifrudos, mas isto não significa que tenha votos. Esta coluna abre espaço para
comentar este disparate para atender pedido de leitores que exigiram uma
posição.
RENOVAÇÃO
O ex-presidente a
OAB-RO, Andrey Cavalcanti, está sendo sondado por alguns dirigentes de partido
para ingressar na política e assumir uma candidatura a deputado federal. O
jovem advogado tem agradecido a lembrança e resistido as tentações dos
convites, mas seria uma ótima opção para um eleitor ávido na renovação dos
quadros políticos de Rondônia, especialmente da bancada federal. Andrey
Cavalcanti é hoje uma grande liderança entre os advogados de Rondônia e
conhecido em todo o estado.
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