Terça-feira, 28 de junho de 2022 - 21h57
PAPAGAIADA
O
“Veio da Havan”, além de conhecido nacionalmente pela empresa, também é
popularmente reconhecido como “Papagaio” pelos trajes verde e amarelo que
sempre veste representando as cores da nossa bandeira, e tem, em Rondônia, uma
imitação folclórica nestas eleições: é o candidato a candidato a deputado
estadual Chico Holanda. Embora ainda não se fantasie de “papagaio”, igual ao
“veio da Havan”, Chico adotou o mesmo discurso de um nacionalismo tosco que o
“Veio” sempre faz nas aparições públicas. Sem a mesma verve, lógico. Mas com a
mesma papagaiada extremada.
ESTULTICE
Desde
o governo temporário de Daniel Pereira, quando alçou Chico Holanda a
supostamente líder empresarial, nomeando-o, inclusive, a funções na Casa Civil,
o nosso “Veio” tem se apresentado em nome de um segmento laboral. É uma
daquelas pessoas que gravitava anos seguidos no subterrâneo governamental e que
rendiam nas rodas políticas algumas menções de estultice em caráter reservado.
Daí para se lançar à vida pública foi somente um pinote.
EXPERTISE
A
postulação do veio Chico a uma cadeira na Assembleia Legislativa não é uma
tarefa fácil para quem não possui expertise na área eleitoral, mas a expertise
no subterrâneo palaciano, caso obtenha êxito nas urnas, tem tudo para que nos
próximos quatro anos lhe rendam boas manchetes. Talvez nem todas
alvissareiras.
OBTUSO
O
discurso extremado e sem conexão ao mundo contemporâneo do nosso dublê de “Veio
da Havan", veiculado nas suas mídias sociais, está bem decorado e
igualmente caduco. E quando a gente pensa que as opções para votar não são tão
boas aí é que a gente percebe que o que está bem ruim pode piorar ainda mais
com o êxito eleitoral de candidato que não sabe o que fala, exceto meia dúzia
de impropérios ideologizados. O nosso dublê consegue ser mais veio que o
original. E mais obtuso.
BOQUIROTO
Ao
declarar que é o único bolsonarista raiz de Rondônia, o empresário Jaime
Bagattoli, pré-candidato ao Senado pelo PL, imagina que todos os eleitores que
sufragarão o atual presidente irão votar automaticamente nele. Lorota. Nem
nestas eleições, como não o fizeram nas eleições de 2018, onde a onda
bolsonarista arrastou ilustres desconhecidos ao Congresso Nacional. É verdade
que nas eleições passadas a onda que também sacudiu as urnas rondonienses tirou
do anonimato o empresário vilhenense com uma votação bem expressiva;
entretanto, insuficiente para elegê-lo a senador. Na ocasião ele esperneou que
teria sido surrupiado, outra lorota, e chegou a ameaçar romper com o coronel
Marcos Rocha nas eleições em segundo turno. Rompimento que se confirmou meses
após a eleição do coronel. De lá para cá passou a tecer críticas acerbas ao
ex-companheiro de chapa.
DESTEMPERADO
É
possível que consiga mesmo a vaga pelo PL para disputar a vaga senatorial,
embora a prole de Bolsonaro já tenha manifestado predileção pela deputada
federal Mariana Carvalho para a vaga. Quem conhece Bagattoli garante que é uma
pessoa imprevisível e que se destempera por qualquer motivo que não seja aquele
da sua vontade.
VAZIO
Milionário
de estatura mediana e voz estridente, mesmo que Jaime Bagattoli seja homologado
pela convenção do PL, para não ser traído pelos pares no decorrer da campanha,
exigirá dele muita firmeza, voz altiva e alguns milhões para tentar levar com
alguma possibilidade de sucesso a postulação. Exceto a suposta amizade com o
presidente, de política o milionário não diz nada com nada que sirva de
justificativa para o eleitor alçá-lo ao cobiçado cargo. O discurso vazio no
Cone Sul até pode vingar, dificilmente ultrapassa com o mesmo ímpeto daquelas
fronteiras. Amém!
MDB
Dependendo
apenas da vontade do deputado federal Lúcio Mosquini o MDB cairá nos braços do
governador Marcos Rocha, apesar das resistências de alguns caciques históricos
do partido que têm preferência pelos candidatos de oposição. Não estão claras
as bases das negociações entre Mosquini e o inquilino do Palácio, embora em
privado haja especulações de toda ordem.
PREÇO
A
falta de novas lideranças e o recuo de algumas delas levaram Mosquini a
transformar a história vitoriosa do MDB de Rondônia numa espécie de sublegenda
minúscula. Daquelas que aparecem em eleições e que são anexadas por migalhas. O
preço político que o MDB vai pagar ao perder sua identidade nas eleições
vindouras não será pequeno e exigirá das lideranças históricas mais uma vez
reconstruir o partido. Mosquini não possui uma história de militância na
legenda, venceu o primeiro mandato em razão dos cargos que assumiu pelas mãos
dos velhos emedebistas no DER. Aliás, quando instados a falar sobre o assunto,
os velhos emedebistas dizem que o deputado não sabe sobreviver sem as benesses
palacianas.
CANDIDATOS
Com
o senador Confúcio Moura e o ex-senador Valdir Raupp fora das eleições,
conforme a coluna apurou, Lúcio Mosquini ficou à vontade para negociar o apoio
do MDB com o governador. O partido está isolado e sem a força de outrora para
impor condições boas para coligações na majoritária. Amir Lando, também um
militante histórico da legenda, pensa em dar uma sacudida e colocar o nome para
a vaga senatorial o que pode ser um empecilho nos planos adesistas de Lúcio
Mosquini, mas a salvação da história do partido em Rondônia.
TUCANOS
Diferente
do MDB, o PSDB rondoniense agoniza pela revoada das principais lideranças com
mandato, mas José Guedes, ex-prefeito da capital, fundador do partido, lançou a
candidatura a governador e mantém viva a agremiação. Há quem diga que não tem
chance nem grupo para fazer uma campanha competitiva. Pode ser. No entanto, ele
mostra que ainda há militante que faz política por idealismo e em razão disto
vai à luta indiferente das opiniões contrárias. Nem o prefeito Hildon Chaves,
filiado ao tucanato, pode exigir a desistência de Guedes, visto que optou em
filiar a esposa (Ieda) ao União Brasil e é um dos próceres da campanha de
reeleição do governador. Quem conhece Guedes sabe que ele vai infernizar a vida
do tucano que tentar impedir sua postulação. Aliás, o partido chegou a ser
oferecido ao professor Vinicius Miguel para ser o candidato ao Governo. Vini
optou em se filiar ao PSB e deu de ombros aos tucanos ao perceber que era um
ninho habitado por serpentário.
COERÊNCIA
Esta
coluna nunca poupou o ex-governador Confúcio Moura (MDB) de críticas todas as
vezes que considerou oportunas. Também já fez elogios quando tomou posições
coerentes, mesmo contrário a senso comum. Agora, demonstrando liberdade
política e compromisso com a verdade, Confúcio Moura assinou o pedido de
criação de uma CPI para investigar os fatos supostamentes ilegais no âmbito do
MEC. Ele foi o único senador de Rondônia que quer passar a limpo os malfeitos
que culminaram com a operação policial. Marcos Rogério (o pit bull governista)
e Acir Gugacz (PDT) optaram em não assinar para não contrariar o governo. O
curioso é que Acir ainda é filiado ao PDT, um partido supostamente de oposição
e crítico ao presidente.
AGRADECIMENTOS
Este
cabeça-chata agradece ao vereador Aleks Palitot pela homenagem feita pela
Câmara Municipal da capital em conceder o título de cidadão honorário de Porto
Velho. São homenagens que ninguém esquece e ficamos eternamente
gratos.
RONDONIENSE
Quem
merecidamente recebeu os títulos de rondoniense foram Wilson Dias, Edilson
Silva e Marcelo Thomé. Três cidadãos que possuem uma história robusta em nosso
estado. Não comparecemos ao evento por motivo de viagem, embora convidado pelos
três
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t