Terça-feira, 20 de fevereiro de 2018 - 16h13
RESENHA POLÍTICA
ROBSON OLIVEIRA
CONFIRMAÇÃO – O anúncio feito pelo Governo Federal de suspender a votação do projeto da Reforma da Previdência confirma o que a coluna antecipou em novembro do ano passado: que não havia clima para o Congresso Nacional votar uma proposta tão rejeitada pela população. Especialmente em ano pré-eleitoral.
MANOBRA - Os votos que o governo dizia possuir no Congresso Nacional para aprovar a Reforma Previdenciária eram lorota, mas o eleitor tem que ficar atento com uma possível manobra do presidente Michel Temer em colocar a proposta em votação assim que as urnas forem apuradas. Parlamentar que perder as eleições vai querer se vingar e a manobra tem tudo para obter sucesso.
FATURA – Com a decisão do governo em suspender a tramitação da reforma da Previdência muito parlamentar oportunista vai querer faturar dizendo que era contra. Os que se opunham ao projeto explicitaram nas reuniões com os sindicatos suas posições sem medo de retaliação do Palácio do Planalto. Os que mantinham silêncio sobre o tema até ontem serão os primeiros a sair dos casulos pensando em faturar eleitoralmente com a suspensão. Olho vivo!
RASTEIRA – Os membros da bancada federal de Rondônia vão escolher o novo coordenador da bancada que ficará responsável pela interlocução com o Palácio do Planalto no trato sobre as emendas parlamentares destinadas a Rondônia. Nos últimos anos o deputado federal Nilton Capixaba (PTB) mantinha as funções com mão de ferro, o que desagradou alguns dos seus pares. Ontem (segunda-feira) os insatisfeitos decidiram passar uma rasteira em Capixaba e articulam o nome de Lindomar Garçon para ser o substituto. A qualquer momento deve ser o anunciado como novo coordenador para uma função que caiu em suas mãos como uma bandeja. Isto caso não haja uma nova rasteira que lhe retire a bandeja das mãos.
FIRME – Em contato com a coluna o deputado estadual Maurão de Carvalho (MDB) confirmou que continua firme na sua pré-candidatura a governador de Rondônia. Instado a falar sobre as movimentações do vice-governador Daniel Pereira (assume as funções de titular em abril) visando a reeleição, Maurão explicou que não está preocupado e que o vice tem reafirmado em solenidades públicas que não é candidato. Informou ainda que no próximo sábado, durante um evento que o MDB vai promover em Jaru, Daniel vai reafirmar que não é candidato. O problema é que o evento foi adiando antes da convocação. Como é um homem firme em suas crenças é possível que Maurão espere dos céus um milagre e seja ungido candidato único do atual grupo ligado a Confúcio Moura. Embora a coluna não creia!
REVOADA - A coluna apurou que o governador Confúcio Moura ainda não descartou a saída do MDB para disputar as eleições ao Senado Federal por outra legenda. Prova disse é que deu sinal verde para auxiliares próximos ingressar em outra legenda e nos próximos dias esta revoada deverá acontecer. PDT e PSB, sob o comando de Moura, se reúnem neste final de semana para traçar estratégias e o caminho a seguir. A ordem é desidratar o MDB.
DIVISÃO – Nas últimas eleições estaduais o grupo de Acir, Confúcio, Maurão, Raupp e quase a totalidade dos prefeitos apoiaram a chapa governista à reeleição contra os tucanos. Ainda assim não foi um passeio e as eleições foram duríssimas exigindo dos governistas muito suor e articulação. Nestas eleições os grupos ‘chapa branca’ estão divididos em três postulações à sucessão de Moura e na medida que o processo eleitoral se aproximar a tendência é dividir cada vez mais porque os interesses dos principais caciques estão se colidindo. Quem viver verá o clima de beligerância!
SQUERDA – Os órfãos da (pseuda) esquerda rondoniense estão manifestando nas redes sociais preferência por uma suposta candidatura ao governo de Daniel Pereira (PSB). Há manifestações de militantes da Rede, Psol, PCdoB e PT. São manifestações ainda pessoais, mas é um indicativo para as convenções.
PREFERÊNCIA - Embora o PT tenha compromisso com o pedetista Acir Gurgacz, há quem defenda no partido o nome do vice-governador como candidato único do campo popular. Aliás, adesão revelada por um dirigente petista que almeja também ser o candidato a governador e que denunciou recentemente que o PT teria aderido (usou uma palavra mais ácida) à candidatura do donatário da União Cascavel. No entanto, a preferência de militantes da esquerda pelo atual vice-governador tem raízes pretéritas já que Daniel Pereira por muitos anos foi do PT e ainda defende muito dos postulados, inclusive exerceu pelo partido um mandato de deputado estadual.
UNÇÃO – Daniel Pereira espertamente, jura publicamente que não é candidato a nada e, em reservado, conspira para ser o ungido pela base que dá apoio a Confúcio Moura como candidato único do PSB, PDT, PCdoB, MDB, PT e uma constelação de outros partidos nanicos, inclusive os de direita, para suceder a si próprio. Só os tolos pensam o contrário.
RENÚNCIA - Na hipótese do prefeito Jesualdo Pires renunciar para disputar as eleições outubro quem perde é a população de Ji-Paraná que perde um dos melhores gestores municipais. O eleitor de Jipa conhece esses filme quando Acir Gurgacz renunciou ao mandato para disputar o governo e deixou na administração municipal um sucessor que é lembrado até hoje como o maior mico político do município. Se depender apenas da vontade do eleitor de Ji-Paraná, Jesualdo cumpre o mandato até o final e evita outra tragédia administrativa.
INTERVENÇÃO – Este cabeça-chata não é simpático que as forças armadas assumam as funções constitucionalmente destinadas à Polícia Militar e à Polícia Civil porque não possuem o preparo exigido para agir em relação ao enfrentamento com civis. Mas o problema de (falta) segurança do Rio de Janeiro tomou dimensões tão agudas que a intervenção das forças armadas é a única solução imediata, seja do ponto de vista da repressão seja psicológica, já que acumularam experiência em manter a paz em outros países, a exemplo do Haiti.
Não é inteligente ser contra esta intervenção tão somente por razões ideológicas ou outro argumento vazio. A população carioca sofre com a violência que assola a cidade maravilhosa e os prejuízos são para toda população brasileira, visto que o Rio de Janeiro é a cidade que mais atrai o turismo internacional. É hora de pacificar a cidade e as forças armadas, de forma excepcional, saberão cumprir este papel. Já fez o mesmo na ECO 92, na Copa do Mundo, entre outros eventos. Bobagem ser contra agora. Embora a intervenção na Segurança Pública por si só não seja a solução para os problemas carioca. Os políticos fluminense possuem pés grandes e metem eles pelas mãos.
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