Terça-feira, 9 de outubro de 2012 - 11h04
Derrotado
O prefeito da capital, Roberto Sobrinho (PT), é o maior derrotado das eleições. A votação inexpressiva obtida pela candidata petista Fátima Cleide tisna o projeto de Sobrinho em se lançar candidato a candidato ao Senado Federal nas eleições de 2014. A ala petista insatisfeita com Roberto Sobrinho avalia que o prefeito não se empenhou na campanha da 'companheira' do partido o que deve desencadear nas entranhas partidárias retaliações futuras.
Coxias
As relações entre Roberto Sobrinho e Fátima Cleide azedaram ainda nas eleições de 2010, quando a petista disputou e foi derrotada à reeleição no Senado Federal. Dirigentes ligados a tendência dela (Cleide) creditam ao prefeito Roberto Sobrinho o desempenho baixo da ex-senadora nas urnas. De lá para cá as relações entre os dois grupos pioraram e não faltaram acusações acerbas contra um e outro, em especial relacionado a administração municipal da capital. Por várias vezes graduados petistas abordaram este escriba com acusações duras ao prefeito. Algumas impublicáveis porque não foram apresentadas as provas e o clima nas coxias partidárias vai esquentar. É questão de tempo.
Chavões
A menina e candidata tucana barrada no segundo turno, Mariana Carvalho, recebeu uma votação expressiva e arregimentou capilaridade para as eleições proporcionais de 2014. Conseguiu cravar o slogan de “novo”, mesmo não apresentando nenhuma proposta inédita para melhorar Porto Velho. Aliás, a produção legislativa no exercício da vereança é uma prova que de novo ela apresentou só o slogan.
Titanic
Oito em dez observadores políticos apostavam como pule de dez a passagem do candidato do PPS, Mário Português, para o segundo turno contra Lindomar Garçon (PV). Conforme esta coluna havia registrado em colunas anteriores, a postulação era imponente, rica e espetaculosa. No entanto, pesado: naufragou na praia contrariando as apostas.
Reação
Dr. Mauro Nazif conseguiu reagir nos últimos dias das eleições e vai disputar o segundo turno das eleições com amplas chances de bater o líder das pesquisas Lindomar Garçon. Pelo menos é o que intui a coluna. Preparado, franco e com uma ficha política impecável Nazif finalmente conseguiu a maior chance para realizar o sonho de administrar Porto Velho.
Diferenças
As limitações da candidatura de Garçon ficarão mais nítidas agora quando os dois candidatos vão à TV e Rádio apresentar ao eleitor suas propostas sem a pulverização do besteirol que ocorreu no primeiro turno. Em tese Mauro Nazif tem mais portifólio do que o adversário para apresentar ao eleitor. Inclusive no que diz respeito ao desempenho de ambos enquanto deputados federais. A diferença é brutal.
Pueril
Totalmente diferente do Candeias do Jamari, Porto Velho é um município de uma grande complexidade para ser cuidado por um administrador com uma visão pueril. O problema é que nem sempre o eleitor percebe as limitações dos candidatos no primeiro turno. Mas, no segundo, ficam perceptíveis.
Crescimento
A reviravolta protagonizada em Cacoal e a eleição dos prefeitos de Guajará-Mirim, Jaru, Médici, São Miguel e Costa Marques mostraram que no interior o Partido dos Trabalhadores saiu das urnas revigorado. Bem diferente do que ocorreu na capital.
Meca
Cacoal, Médici e Jaru eram municípios em que tradicionalmente o PMDB ganhava as eleições. Exatamente nesses municípios o PT venceu as eleições contra os peemedebistas e aliados. Passou a ser a 'meca' petista.
Clãs
Quem também saiu fragorosamente derrotado das urnas foram os irmãos “Muletas” e os Donadons. Dois clãs que viveram o auge político nos últimos vinte anos com familiares se revezando nas administrações municipais. A exaustão política indica que não retornam em pouco tempo à ribalta. Ou nunca mais!
Epílogo
O deputado estadual Marcos Donadon tentou expandir a influência da família à política portovelhense lançando a esposa candidata a vereadora. A tentativa foi frustada pelo eleitor que impediu que um membro do clã assumisse uma cadeira na combalida Câmara de Vereadores de Porto Velho. Em 2014, quando ocorrerão novas eleições estaduais, o próprio Marcos pode ser barrado pela lei da Ficha Limpa. Pode ser o começo do fim.
Mudanças
O Secretário de Estado da Fazenda, Benedito Alves, está concluindo a proposta de reforma da máquina estadual que o governador encomendou para acabar com os gastos perdulários e dar mais eficiência as ações. Pelo desenho do secretário os cortes atingirão trinta por cento de cada secretaria. Trocando em miúdos: todos os secretários vão ser obrigados a dispensar os “aspones”.
Reestruturação
A Secretaria de Esportes deverá ser extinta e passará a funcionar como um departamento da Secretaria de Educação, assim como a Fundação de Cultura. Transformando a Seduc numa superestrutura. A Secretaria de Agricultura e a Secretaria de Desenvolvimento também vão ser fundidas com a Sedes passando a ser departamento da Agricultura.
Sinecuras
A Coordenadoria Geral de Apoio Administrativo e a Coordenadoria de Apoio Governamental acabam e dão lugar a apenas uma estrutura de apoio ao Governo Estadual na estrutura do Palácio. São sinecuras tão desimportantes que nem os titulares são conhecidos da população.
Saída
O governador aguarda o resultado das eleições, especialmente na capital, para promover as mudanças no primeiro escalão como se prenunciava em julho. Anselmo de Jesus, por exemplo, conseguiu mais uns dias na Seagri porque é o suplente do Dr. Mauro e o governador quis evitar problemas políticos na hipótese dele (Anselmo) assumir a vaga na eventual vitória de Nazif. Mas a demissão do cargo era favas contadas.
Demissionário
Já o atual Secretário de Saúde avisou ao governador que não pretende permanecer no cargo e pediu para ser substituído. Ele alega que os órgãos de controle interferem excessivamente nas ações da pasta. O Coronel Caieiros, Diretor do João Paulo II, é o cotado para assumir o pepino.
Cabeças
Por recomendação do MP quarenta por cento do atual quadro da Emater deverá ser dispensado porque estão trabalhando de forma supostamente irregular. A recomendação é que a Emater abra concurso público para preencher os cargos. A pergunta é: quem vai passar a lâmina nas cabeças?
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